Negociações prosseguem para resolver caso Assange
LONDRES, 17 Ago 2012 (AFP) -As negociações diplomáticas eram mantidas nesta sexta-feira para tentar encontrar uma solução para o caso Assange, o fundador do Wikileaks que ainda está refugiado na embaixada do Equador em Londres com seu destino incerto, apesar do asilo fornecido por Quito.
Vinte policiais britânicos continuam de guarda em frente ao edifício da representação diplomática equatoriana, que se transformou em uma prisão de luxo para o australiano desde 19 de junho.
Duas viaturas da polícia também estão estacionadas próximo ao prédio, não muito longe de uma dúzia de partidários de Assange que passaram a noite no local, dormindo em caixas de papelão para "montar guarda".
"A tática britânica de intimidação continua", comentou o Wikileaks no Twitter.
Se Assange arriscar sair da embaixada, será imediatamente preso sob um mandado de prisão emitido pela Suécia, no contexto de um caso de estupro e agressão sexual, acusações que ele nega.
De qualquer forma, ele deve se arriscar e fazer uma declaração pública no domingo "às 14h00 (10h00 no horário de Brasília) diante da embaixada", exatamente dois meses depois de sua chegada à representação de Equador, segundo o WikiLeaks.
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta sexta que Assange deve permanecer por tempo indeterminado na embaixada.
Desde o anúncio de Quito de que concederia asilo diplomático a Assange, o Reino Unido advertiu que não iria emitir um salvo-conduto para o australiano e que "nada mudaria" no processo de extradição.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, no entanto, pareceu descartar por enquanto a ameaça de invasão policial na embaixada, autorizada, segundo ele, por uma lei de 1987, salientando que a resolução deste caso poderia "levar um tempo considerável".
Dada a inflexibilidade do Reino Unido, o Equador tentou unir os países sul-americanos à sua causa.
Os equatorianos convocaram os ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Guayaquil, para uma reunião no domingo com o objetivo de discutir a situação.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) deverá decidir hoje se convocará uma reunião para o dia 23 de agosto, em Washington.
Quito também considera apelar à Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Haia para forçar a Grã-Bretanha a emitir um salvo-conduto para Assange.
"Estamos comprometidos a trabalhar com os equatorianos para resolver esta questão amigavelmente", disse um porta-voz do Foreign Office que, no entanto, se recusou a fazer comentários "sobre os contatos ou reuniões" previstas.
Na Suécia, um representante do Ministério das Relações Exteriores se reuniu na quinta-feira à noite com o embaixador do Equador para lembrá-lo "dos princípios fundamentais do sistema judicial" sueco.
O futuro do fundador do Wikileaks, um site especializado na divulgação de documentos confidenciais, ainda é incerto.
A imprensa britânica questionou nesta sexta como ele sairia desta confusão, prevendo cenários de diferentes, caso a diplomacia não chegue a um acordo.
A partida de Assange em um carro da embaixada? Esta possibilidade não excluiria uma possível prisão na hora do embarque.
Uma partida escondido em um contêiner marcado como "mala diplomática"? O subterfúgio já havia sido tentado, sem sucesso, em 1984 no Reino Unido por um ex-ministro nigeriano. Os pacotes diplomáticos passam, de qualquer maneira, pelo raios-X ...
Resta a hipótese de o Equador dar a Assange um estatuto diplomático ou de representante da ONU. Mas Quito "tem a obrigação de respeitar as leis do Reino Unido", como observou o jornal Guardian. E a Scotland Yard "já prendeu muitos diplomatas", lembrou a BBC.
Vinte policiais britânicos continuam de guarda em frente ao edifício da representação diplomática equatoriana, que se transformou em uma prisão de luxo para o australiano desde 19 de junho.
Duas viaturas da polícia também estão estacionadas próximo ao prédio, não muito longe de uma dúzia de partidários de Assange que passaram a noite no local, dormindo em caixas de papelão para "montar guarda".
"A tática britânica de intimidação continua", comentou o Wikileaks no Twitter.
Se Assange arriscar sair da embaixada, será imediatamente preso sob um mandado de prisão emitido pela Suécia, no contexto de um caso de estupro e agressão sexual, acusações que ele nega.
De qualquer forma, ele deve se arriscar e fazer uma declaração pública no domingo "às 14h00 (10h00 no horário de Brasília) diante da embaixada", exatamente dois meses depois de sua chegada à representação de Equador, segundo o WikiLeaks.
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta sexta que Assange deve permanecer por tempo indeterminado na embaixada.
Desde o anúncio de Quito de que concederia asilo diplomático a Assange, o Reino Unido advertiu que não iria emitir um salvo-conduto para o australiano e que "nada mudaria" no processo de extradição.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, no entanto, pareceu descartar por enquanto a ameaça de invasão policial na embaixada, autorizada, segundo ele, por uma lei de 1987, salientando que a resolução deste caso poderia "levar um tempo considerável".
Dada a inflexibilidade do Reino Unido, o Equador tentou unir os países sul-americanos à sua causa.
Os equatorianos convocaram os ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Guayaquil, para uma reunião no domingo com o objetivo de discutir a situação.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) deverá decidir hoje se convocará uma reunião para o dia 23 de agosto, em Washington.
Quito também considera apelar à Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Haia para forçar a Grã-Bretanha a emitir um salvo-conduto para Assange.
"Estamos comprometidos a trabalhar com os equatorianos para resolver esta questão amigavelmente", disse um porta-voz do Foreign Office que, no entanto, se recusou a fazer comentários "sobre os contatos ou reuniões" previstas.
Na Suécia, um representante do Ministério das Relações Exteriores se reuniu na quinta-feira à noite com o embaixador do Equador para lembrá-lo "dos princípios fundamentais do sistema judicial" sueco.
O futuro do fundador do Wikileaks, um site especializado na divulgação de documentos confidenciais, ainda é incerto.
A imprensa britânica questionou nesta sexta como ele sairia desta confusão, prevendo cenários de diferentes, caso a diplomacia não chegue a um acordo.
A partida de Assange em um carro da embaixada? Esta possibilidade não excluiria uma possível prisão na hora do embarque.
Uma partida escondido em um contêiner marcado como "mala diplomática"? O subterfúgio já havia sido tentado, sem sucesso, em 1984 no Reino Unido por um ex-ministro nigeriano. Os pacotes diplomáticos passam, de qualquer maneira, pelo raios-X ...
Resta a hipótese de o Equador dar a Assange um estatuto diplomático ou de representante da ONU. Mas Quito "tem a obrigação de respeitar as leis do Reino Unido", como observou o jornal Guardian. E a Scotland Yard "já prendeu muitos diplomatas", lembrou a BBC.