Presidente francês promete mais ajuda militar ao Iraque
BAGDA, 12 Set 2014 (AFP) - O presidente francês, François Hollande, prometeu nesta sexta-feira, em Bagdá, aumentar a ajuda militar ao Iraque, em meio aos esforços internacionais para conter os jihadistas do Estado Islâmico (EI), responsáveis por inúmeras atrocidades nesse país e na Síria.
Paralelamente, o secretário de Estado americano, John Kerry, deu continuidade à sua missão na Turquia, após obter o apoio de dez países árabes na luta contra o grupo extremista sunita como parte de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
No sábado, o chefe da diplomacia americana viajará ao Cairo, onde se reunirá com o chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi.
Hollande, que se encontrou no Iraque com o presidente Fuad Massum e com o primeiro-ministro Haidar al-Abadi, é o primeiro líder estrangeiro a visitar Bagdá desde o início da ofensiva do EI, que assumiu grandes faixas do território no Iraque a partir de 9 de junho, depois de ter feito o mesmo na vizinha Síria em 2013.
"Vim a Bagdá para afirmar a disponibilidade da França em ajudar ainda mais o Iraque militarmente", declarou Hollande, que também expressou o apoio da França ao governo iraquiano, que "foi capaz de reunir todos os componentes do povo iraquiano".
Enquanto Abadi insistiu na importância do apoio aéreo para ajudar no combate aos jihadistas, o presidente francês declarou "que trabalha com todos aliados em uma série de possibilidades".
A França fornece desde agosto armas para as forças curdas que combatem o EI no norte iraquiano.
Paris também manifestou a sua vontade de utilizar bombardeiros no Iraque se necessário, como parte da estratégia anunciada na noite de quarta-feira pelo presidente americano, Barack Obama, com o objetivo de "aniquilar" o grupo extremista.
Depois da primeira etapa em Bagdá, Hollande viajou à região autônoma do Curdistão iraquiano, onde centenas de milhares de pessoas se refugiaram no início de agosto - em sua maioria das minorias cristã e yazidi - fugindo do avanço dos jihadistas, acusados de crimes contra a Humanidade pelas Nações Unidas.
Na coletiva de imprensa com o presidente do Curdistão iraquiano, Massud Barzani, Hollande garantiu que os países europeus manterão sua ajuda aos refugiados e anunciou o estabelecimento de uma "ponte humanitária" para as pessoas que quiserem deixar o país.
Em Erbil, Hollande entregou 15 toneladas de ajuda humanitária às ONG presentes de voltar de novo a Bagdá.
Ameaça global Onze anos após ter se negado a invadir o Iraque ao lado dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, a França tenta voltar a ter alguma influência no Iraque, com o qual mantém fortes laços históricos.
"A ameaça global (representada pelo EI) requer uma resposta global", ressaltou o chefe de Estado francês, acrescentando que a conferência internacional sobre o Iraque prevista para segunda-feira, em Paris, deve ajudar a "coordenar as ações contra este grupo terrorista".
De acordo com a Agência Americana de Inteligência (CIA), o EI possui entre 20.000 e 31.500 combatentes na Síria e no Iraque, alguns dos quais recrutados a partir do exterior.
Os Estados Unidos pretendem fortalecer suas bases no Golfo e aumentar os voos de vigilância. Por isso, o Pentágono começará a posicionar alguns de seus aviões na base aérea de Erbil.
No total, 1.600 soldados americanos serão enviados ao Iraque para dar apoio às forças iraquianas em termos de equipamento, formação e informação.
Na Europa, a Alemanha anunciou a proibição de atividades de apoio ou promoção do EI em seu território, depois de ter descartado sua participação em eventuais ataques aéreos na Síria, enquanto primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que essa possibilidade será discutida.
A Turquia, vizinha do Iraque e da Síria, informou que não participará das operações armadas, limitando-se a fornecer apenas ajuda humanitária, já que teme colocar em perigo a vida de 46 cidadãos turcos retidos por jihadistas no norte iraquiano.
Já o regime na Síria, apoiado pela Rússia, advertiu para o lançamento de ataques em seu território sem o seu consentimento.
Outro elemento-chave na região, o Irã, expressou esta semana dúvidas em relação à seriedade e à sinceridade de uma coalizão internacional para combater o EI.
John Kerry descartou a participação do Irã na conferência internacional sobre o Iraque.
"Ninguém me ligou e perguntou sobre a presença do Irã, mas creio que, nas atuais circunstâncias, não seria apropriado, levando-se em consideração outros muitos assuntos e tendo em vista seu envolvimento na Síria e em outros lugares", afirmou Kerry durante uma entrevista coletiva à imprensa em Istambul.
Paralelamente, o secretário de Estado americano, John Kerry, deu continuidade à sua missão na Turquia, após obter o apoio de dez países árabes na luta contra o grupo extremista sunita como parte de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
No sábado, o chefe da diplomacia americana viajará ao Cairo, onde se reunirá com o chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi.
Hollande, que se encontrou no Iraque com o presidente Fuad Massum e com o primeiro-ministro Haidar al-Abadi, é o primeiro líder estrangeiro a visitar Bagdá desde o início da ofensiva do EI, que assumiu grandes faixas do território no Iraque a partir de 9 de junho, depois de ter feito o mesmo na vizinha Síria em 2013.
"Vim a Bagdá para afirmar a disponibilidade da França em ajudar ainda mais o Iraque militarmente", declarou Hollande, que também expressou o apoio da França ao governo iraquiano, que "foi capaz de reunir todos os componentes do povo iraquiano".
Enquanto Abadi insistiu na importância do apoio aéreo para ajudar no combate aos jihadistas, o presidente francês declarou "que trabalha com todos aliados em uma série de possibilidades".
A França fornece desde agosto armas para as forças curdas que combatem o EI no norte iraquiano.
Paris também manifestou a sua vontade de utilizar bombardeiros no Iraque se necessário, como parte da estratégia anunciada na noite de quarta-feira pelo presidente americano, Barack Obama, com o objetivo de "aniquilar" o grupo extremista.
Depois da primeira etapa em Bagdá, Hollande viajou à região autônoma do Curdistão iraquiano, onde centenas de milhares de pessoas se refugiaram no início de agosto - em sua maioria das minorias cristã e yazidi - fugindo do avanço dos jihadistas, acusados de crimes contra a Humanidade pelas Nações Unidas.
Na coletiva de imprensa com o presidente do Curdistão iraquiano, Massud Barzani, Hollande garantiu que os países europeus manterão sua ajuda aos refugiados e anunciou o estabelecimento de uma "ponte humanitária" para as pessoas que quiserem deixar o país.
Em Erbil, Hollande entregou 15 toneladas de ajuda humanitária às ONG presentes de voltar de novo a Bagdá.
Ameaça global Onze anos após ter se negado a invadir o Iraque ao lado dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, a França tenta voltar a ter alguma influência no Iraque, com o qual mantém fortes laços históricos.
"A ameaça global (representada pelo EI) requer uma resposta global", ressaltou o chefe de Estado francês, acrescentando que a conferência internacional sobre o Iraque prevista para segunda-feira, em Paris, deve ajudar a "coordenar as ações contra este grupo terrorista".
De acordo com a Agência Americana de Inteligência (CIA), o EI possui entre 20.000 e 31.500 combatentes na Síria e no Iraque, alguns dos quais recrutados a partir do exterior.
Os Estados Unidos pretendem fortalecer suas bases no Golfo e aumentar os voos de vigilância. Por isso, o Pentágono começará a posicionar alguns de seus aviões na base aérea de Erbil.
No total, 1.600 soldados americanos serão enviados ao Iraque para dar apoio às forças iraquianas em termos de equipamento, formação e informação.
Na Europa, a Alemanha anunciou a proibição de atividades de apoio ou promoção do EI em seu território, depois de ter descartado sua participação em eventuais ataques aéreos na Síria, enquanto primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que essa possibilidade será discutida.
A Turquia, vizinha do Iraque e da Síria, informou que não participará das operações armadas, limitando-se a fornecer apenas ajuda humanitária, já que teme colocar em perigo a vida de 46 cidadãos turcos retidos por jihadistas no norte iraquiano.
Já o regime na Síria, apoiado pela Rússia, advertiu para o lançamento de ataques em seu território sem o seu consentimento.
Outro elemento-chave na região, o Irã, expressou esta semana dúvidas em relação à seriedade e à sinceridade de uma coalizão internacional para combater o EI.
John Kerry descartou a participação do Irã na conferência internacional sobre o Iraque.
"Ninguém me ligou e perguntou sobre a presença do Irã, mas creio que, nas atuais circunstâncias, não seria apropriado, levando-se em consideração outros muitos assuntos e tendo em vista seu envolvimento na Síria e em outros lugares", afirmou Kerry durante uma entrevista coletiva à imprensa em Istambul.