Comissão Europeia apoiará a Grécia de todas as maneiras possíveis
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Robin van Lonkhuijsen/Reuters
O ex-líder sérvio bósnio Radovan Karadzic começa a ser julgado por crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda
"Não há dúvida de que a Europa seguirá ajudando a Grécia de todas as maneiras possíveis, para garantir condições de financiamento razoáveis para o Estado grego e facilitar um retorno completo aos mercados", disse o porta-voz da Comissão de Assuntos Econômicos, Simon O'Connor.
O porta-voz fez a declaração em Bruxelas como uma reação às quedas nas Bolsas europeias, motivas em parte pelas dúvidas sobre o futuro imediato da Grécia.
"Trabalharemos para garantir uma evolução progressiva da ajuda europeia ao país, uma vez terminado o programa em curso. Apoiaremos a Grécia para tranquilizar os credores e os mercados financeiros", completou O'Connor.
A Grécia recebeu, em 2010 e 2011, dois programas de ajuda da UE e do Fundo Monetário Internacional para financiar sua dívida, já que os mercados exigiam juros proibitivos.
A ajuda da Eurozona termina este ano, com um valor restante de 1,8 bilhão de euros, mas o auxílio do FMI está previsto até 2016.
O governo grego, no entanto, deseja sair do segundo plano de resgate nos próximos meses e deixar a tutela do FMI, que ao lado da UE impôs desde 2010 um exigente programa de austeridade muito impopular no país.
Os mercados já manifestam nervosismo a respeito da saída da Grécia do plano de resgate.
Além das incertezas econômicas, a Grécia tem problemas políticos. Se o governo de coalizão (conservadores e socialistas) ficar em minoria na eleição para presidente da República, em março, o primeiro-ministro Antonis Samaras terá que dissolver o Parlamento.
Neste caso, o país teria eleições legislativas antecipadas e a esquerda radical, representada pelo partido Syriza, contrária às medidas de austeridade, aparece muito bem nas pesquisas.