Irã rejeita confissão do acusado de tentar assassinar embaixador saudita

TEERÃ, 20 Out 2012 (AFP) -O Ministério das Relações Exteriores iraniano questionou neste sábado a confissão de um americano-iraniano acusado de tentar assassinar, em nome do Irã, o embaixador saudita em Washington, qualificando-as de dignas de um "roteiro hollywoodiano".

Mansor Arbasiar se declarou culpado na quarta-feira, no Tribunal Federal de Nova York, reconhecendo ter fomentado um complô com um integrante das Qods (forças especiais dos Guardões da Revolução no Irã) para matar o embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos.

O Ministério das Relações Exteriores pôs em dúvida esta confissão, negando a implicação de uma organização iraniana no complô.

"Se declarar culpado depois de ter negado e após um ano (de detenção) é um sinal revelador das pressões psicológicas (exercidas sobre o acusado) e da situação das prisões nos Estados Unidos", considerou o porta-voz do Ministério, Ramin Mehmanparast, em um comunicado publicado no site da televisão oficial.

"Este roteiro ridículo foi criado há um ano por autoridades norte-americanas, em um momento em que o homem detido negava as acusações. Autoridades e especialistas políticos (estrangeiros) julgaram este roteiro não realista e o compararam a um de Hollywood", disse.

Mehmanparast também condenou o "mal uso do sistema judicial" e "a elaboração de complôs absurdos e sem fundamento nas circunstâncias políticas atuais dos Estados Unidos".

O Irã tinha desmentido firmemente qualquer implicação neste complô que deteriorou suas relações, já tensas, com a Arábia Saudita.

A Assembleia Geral das Nações Unidas tinha pedido em novembro de 2011 ao Irã que cooperasse na investigação norte-americana em curso.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos