Governador de São Paulo anuncia plano conjunto de combate ao crime organizado
SAO PAULO, 6 Nov 2012 (AFP) -O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou nesta terça-feira medidas conjuntas entre o Governo Federal e o governo do estado para combater os assassinatos de policiais militares ligados ao crime organizado.
Ao menos 33 pessoas morreram nos últimos cinco dias, muitas das vítimas eram policiais militares, em uma onda de homicídios ligados à organização criminosa PCC.
Após se reunir com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Alckmin afirmou durante uma coletiva de imprensa que será criada uma nova agência com recursos federais e estatais para fortalecer a luta contra o crime organizado.
A agência começará a funcionar na próxima segunda-feira, afirmou.
O plano inclui a eventual transferência de criminosos envolvidos nos assassinatos de policiais e agentes penitenciários para prisões federais de segurança máxima, informou o governador.
Também prevê intensificar a vigilância nas estradas, portos e aeroportos, assim como aumentar as ações contra o tráfico de crack, como, por exemplo, com a utilização de câmeras de segurança.
Cardozo informou que as agências de inteligência federais e estatais devem aumentar os esforços para combater a lavagem de dinheiro por grupos criminosos.
"A asfixia financeira (desses grupos) é fundamental", indicou.
A imprensa local havia afirmado que Cardozo ofereceu até 300 celas em prisões federais fortemente vigiadas para receber os bandidos provenientes das carceragens paulistas.
O PCC está envolvido em vários dos 90 homicídios de policiais militares e de três agentes penitenciários no estado este ano.
Dezenas de civis morreram no fogo cruzado entre policiais e bandidos ou em ataques indiscriminados contra supostos criminosos, segundo familiares das vítimas mortas por policiais como represália pela morte de seus colegas.
Em setembro, o número de homicídios no estado foi de 144, 27% a mais do que em agosto.
O PCC foi criado em 1993 por oito prisioneiros que cumpriam sua pena na prisão de segurança máxima de Taubaté, interior paulista.
Entre os documentos encontrados pela polícia durante uma operação realizada na semana passada na favela de Paraisópolis, a maior de São Paulo, está uma lista com nomes, características físicas e endereços de mais de 40 policiais militares marcados para morrer.
Também foi encontrada uma carta com ordens para matar dois policiais militares por cada "execução covarde" de um membro do PCC.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, negou as informações da imprensa que afirmam que o PCC possui quase 1.350 membros, e assegura que "não chaga a 30 ou 40 o número de indivíduos que estão presos há muito tempo e que se dedicam a vender drogas".
Camila Dias, uma especialista do Núcleo para o Estudo da Violência da Universidade de São Paulo (USP), afirmou à AFP que o PCC domina o crime organizado nesse estado, controlando o tráfico de drogas e de armas, assim como os assaltos a bancos.
Durante esta madrugada, mais sete pessoas morreram de forma violenta e três ônibus foram incendiados em São Paulo, segundo a secretaria de Segurança do estado.
Alarmada com o aumento da violência na capital econômica e cidade mais populosa do Brasil, a presidenta Dilma Rousseff telefonou na semana passada para Alckmin e os dois decidiram por uma resposta conjunta ao problema.
Ao menos 33 pessoas morreram nos últimos cinco dias, muitas das vítimas eram policiais militares, em uma onda de homicídios ligados à organização criminosa PCC.
Após se reunir com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Alckmin afirmou durante uma coletiva de imprensa que será criada uma nova agência com recursos federais e estatais para fortalecer a luta contra o crime organizado.
A agência começará a funcionar na próxima segunda-feira, afirmou.
O plano inclui a eventual transferência de criminosos envolvidos nos assassinatos de policiais e agentes penitenciários para prisões federais de segurança máxima, informou o governador.
Também prevê intensificar a vigilância nas estradas, portos e aeroportos, assim como aumentar as ações contra o tráfico de crack, como, por exemplo, com a utilização de câmeras de segurança.
Cardozo informou que as agências de inteligência federais e estatais devem aumentar os esforços para combater a lavagem de dinheiro por grupos criminosos.
"A asfixia financeira (desses grupos) é fundamental", indicou.
A imprensa local havia afirmado que Cardozo ofereceu até 300 celas em prisões federais fortemente vigiadas para receber os bandidos provenientes das carceragens paulistas.
O PCC está envolvido em vários dos 90 homicídios de policiais militares e de três agentes penitenciários no estado este ano.
Dezenas de civis morreram no fogo cruzado entre policiais e bandidos ou em ataques indiscriminados contra supostos criminosos, segundo familiares das vítimas mortas por policiais como represália pela morte de seus colegas.
Em setembro, o número de homicídios no estado foi de 144, 27% a mais do que em agosto.
O PCC foi criado em 1993 por oito prisioneiros que cumpriam sua pena na prisão de segurança máxima de Taubaté, interior paulista.
Entre os documentos encontrados pela polícia durante uma operação realizada na semana passada na favela de Paraisópolis, a maior de São Paulo, está uma lista com nomes, características físicas e endereços de mais de 40 policiais militares marcados para morrer.
Também foi encontrada uma carta com ordens para matar dois policiais militares por cada "execução covarde" de um membro do PCC.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, negou as informações da imprensa que afirmam que o PCC possui quase 1.350 membros, e assegura que "não chaga a 30 ou 40 o número de indivíduos que estão presos há muito tempo e que se dedicam a vender drogas".
Camila Dias, uma especialista do Núcleo para o Estudo da Violência da Universidade de São Paulo (USP), afirmou à AFP que o PCC domina o crime organizado nesse estado, controlando o tráfico de drogas e de armas, assim como os assaltos a bancos.
Durante esta madrugada, mais sete pessoas morreram de forma violenta e três ônibus foram incendiados em São Paulo, segundo a secretaria de Segurança do estado.
Alarmada com o aumento da violência na capital econômica e cidade mais populosa do Brasil, a presidenta Dilma Rousseff telefonou na semana passada para Alckmin e os dois decidiram por uma resposta conjunta ao problema.