Corpo de Arafat é exumado para esclarecer causas de sua morte
RAMALLAH, Territórios palestinos, 27 Nov 2012 (AFP) - O túmulo de Yasser Arafat foi aberto nesta terça-feira por algumas horas para que fossem coletadas amostras de seus restos, entregues a especialistas internacionais que devem determinar se foi envenenado, o que, se for confirmado, fará com que os líderes palestinos se dirijam ao Tribunal Penal Internacional (TPI), declarou uma autoridade palestina.
"Se tivermos a prova de que Yasser Arafat foi envenenado, iremos ao Tribunal Penal Internacional", declarou o chefe da comissão investigadora palestina, Taufiq Tiraui, durante uma entrevista coletiva à imprensa.
Tiraui fez essas declarações pouco depois da abertura do túmulo de Arafat para a coleta de amostras para que sejam analisadas para verificar se contêm polônio, uma substância radioativa altamente tóxica.
Esta exumação ocorre dois dias antes de uma votação na Assembeia Geral da ONU sobre uma demanda palestina para se converter em Estado observador. Este status, que deve ser aprovado pela Assembleia Geral, permitirá à Palestina pedir sua adesão ao Tribunal Penal Internacional, ao qual poderá recorrer.
"Será o primeiro caso em que os palestinos recorrerão ao TPI depois de obterem o status de Estado observador na ONU", destacou Tiraui em uma coletiva de imprensa após a exumação.
Segundo a comissão de investigação palestina, os resultados levarão ao menos três meses para serem divulgados.
Uma cerimônia militar foi organizada nesta terça-feira em frente ao mausoléu na Muqata, sede da Presidência da Autoridade Palestina em Ramallah (Cisjordânia).
"As amostras foram coletadas sem que os restos fossem retirados do túmulo e foram entregues aos especialistas franceses, suíços e russos", declarou Tiraui, que destacou várias vezes que "nenhum estrangeiro tocou os restos".
Os especialistas internacionais devem tentar determinar se o líder palestino foi envenenado com polônio, hipótese que voltou a ganhar espaço após a divulgação em julho de um documentário da rede de televisão do Qatar, Al-Jazeera, que revelou a presença de restos desta substância em objetos pessoais de Arafat.
O líder palestino morreu aos 75 anos no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital militar perto de Paris, para onde foi levado com a autorização de Israel, que há mais de dois anos o sitiava no interior da Muqata, sede do governo da Autoridade Palestina.
Muitos palestinos acusam Israel de tê-lo envenenado, o que o Estado hebreu sempre negou.
"Estamos convencidos de que os israelenses assassinaram o presidente Arafat", afirmou recentemente Taufiq Tiraui.
"Yasser Arafat faleceu em um hospital francês, todos os elementos estão em seu prontuário médico. Basta consultá-lo", respondeu no domingo o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Yigal Palmor.
O boletim médico que foi publicado pela Fundação Yasser Arafat em seu site www.yasserarafat.ps não fornece informações decisivas.
A exumação também provocou tensões familiares e a oposição do sobrinho de Yasser Arafat, Nasser al-Qidwa.
Convencido de que seu tio morreu envenenado por Israel, ele questiona a lógica da exumação e critica uma profanação. "Não sairá nada bom de tudo isso, não fará bem aos palestinos", declarou recentemente à AFP.
A viúva de Arafat considerou que se trata de uma "prova dolorosa, mas necessária".
Segundo especialistas, as análises levarão várias semanas. Mas mesmo que sejam encontrados traços de polônio - substância radioativa altamente tóxica - não será fácil provar que ela foi administrada por via humana, segundo um funcionário do Instituto francês de proteção radiológica e segurança nuclear (IRSN).
"Se tivermos a prova de que Yasser Arafat foi envenenado, iremos ao Tribunal Penal Internacional", declarou o chefe da comissão investigadora palestina, Taufiq Tiraui, durante uma entrevista coletiva à imprensa.
Tiraui fez essas declarações pouco depois da abertura do túmulo de Arafat para a coleta de amostras para que sejam analisadas para verificar se contêm polônio, uma substância radioativa altamente tóxica.
Esta exumação ocorre dois dias antes de uma votação na Assembeia Geral da ONU sobre uma demanda palestina para se converter em Estado observador. Este status, que deve ser aprovado pela Assembleia Geral, permitirá à Palestina pedir sua adesão ao Tribunal Penal Internacional, ao qual poderá recorrer.
"Será o primeiro caso em que os palestinos recorrerão ao TPI depois de obterem o status de Estado observador na ONU", destacou Tiraui em uma coletiva de imprensa após a exumação.
Segundo a comissão de investigação palestina, os resultados levarão ao menos três meses para serem divulgados.
Uma cerimônia militar foi organizada nesta terça-feira em frente ao mausoléu na Muqata, sede da Presidência da Autoridade Palestina em Ramallah (Cisjordânia).
"As amostras foram coletadas sem que os restos fossem retirados do túmulo e foram entregues aos especialistas franceses, suíços e russos", declarou Tiraui, que destacou várias vezes que "nenhum estrangeiro tocou os restos".
Os especialistas internacionais devem tentar determinar se o líder palestino foi envenenado com polônio, hipótese que voltou a ganhar espaço após a divulgação em julho de um documentário da rede de televisão do Qatar, Al-Jazeera, que revelou a presença de restos desta substância em objetos pessoais de Arafat.
O líder palestino morreu aos 75 anos no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital militar perto de Paris, para onde foi levado com a autorização de Israel, que há mais de dois anos o sitiava no interior da Muqata, sede do governo da Autoridade Palestina.
Muitos palestinos acusam Israel de tê-lo envenenado, o que o Estado hebreu sempre negou.
"Estamos convencidos de que os israelenses assassinaram o presidente Arafat", afirmou recentemente Taufiq Tiraui.
"Yasser Arafat faleceu em um hospital francês, todos os elementos estão em seu prontuário médico. Basta consultá-lo", respondeu no domingo o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Yigal Palmor.
O boletim médico que foi publicado pela Fundação Yasser Arafat em seu site www.yasserarafat.ps não fornece informações decisivas.
A exumação também provocou tensões familiares e a oposição do sobrinho de Yasser Arafat, Nasser al-Qidwa.
Convencido de que seu tio morreu envenenado por Israel, ele questiona a lógica da exumação e critica uma profanação. "Não sairá nada bom de tudo isso, não fará bem aos palestinos", declarou recentemente à AFP.
A viúva de Arafat considerou que se trata de uma "prova dolorosa, mas necessária".
Segundo especialistas, as análises levarão várias semanas. Mas mesmo que sejam encontrados traços de polônio - substância radioativa altamente tóxica - não será fácil provar que ela foi administrada por via humana, segundo um funcionário do Instituto francês de proteção radiológica e segurança nuclear (IRSN).