China prende mais de 400 membros de seita por divulgar rumores sobre fim do mundo
Mais de 400 membros da seita cristã Deus Todo-poderoso, que prega cataclismos para o fim do calendário maia em 21 de dezembro, foram detidos em Qinghai, noroeste da China, informou a polícia da província, que também tem uma importante minoria tibetana.
"Até o momento, mais de 400 membros da seita 'Deus Todo-poderoso' foram detidos, vários de seus abrigos foram destruídos, mais de 5.000 bandeiras, CDs, DVDs e livros, assim como computadores, impressoras, megafones, telefones celulares e rádios foram apreendidos", anunciou o canal estatal CCTV.
Nos dias 5 e 6 de dezembro, oito "incidentes" foram registrados na capital da província, Xining, assim como em Golmund, durante os quais membros da seita fizeram "propaganda ilegal" e provocaram "distúrbios em reunião pública", também de acordo com a emissora.
Para as autoridades de Qinghai, o combate à seita está profundamente vinculado à luta atual contra as imolações de tibetanos e constitui um elemento importante do trabalho destinado a "manter a estabilidade" das autoridades, destacou a CCTV.
A seita 'Deus Todo-poderoso' também fez um pedido a seus membros para derrubar o Partido Comunista chinês, a quem chama de "grande dragão vermelho", e promete aos seus fiéis uma nova era dirigida por um Cristo feminino.
As ideias de apocalipses aumentaram na China depois do sucesso do filme "2012", em parte inspirado pela suposta profecia vinculada ao fim do mundo pelo calendário maia.