Prefeito de San Cristóbal é preso por fomentar protestos na Venezuela
CARACAS, 20 Mar 2014 (AFP) - O prefeito de San Cristóbal - capital do estado de Táchira e foco da onda de protestos que sacode a Venezuela - foi detido nesta quarta-feira pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) por fomentar uma "rebelião civil" e instigar à violência, informou o ministro do Interior, Miguel Rodríguez.
"O I Tribunal do estado de Táchira, através do Ministério Público, decretou a captura do prefeito Daniel Ceballos (...), o que já foi efetuado pelo Serviço Bolivariano de Inteligência", disse Rodríguez ao canal estatal VTV.
Ceballos é o segundo dirigente da Vontade Popular a ser detido por promover a violência na onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, iniciada em San Cristóbal no dia 4 de fevereiro.
Leopoldo López, máximo líder da Vontade Popular, está em uma prisão militar desde 18 de fevereiro, também por promover a violência ligada aos protestos.
Rodríguez explicou que o Sebin realizará a "respectiva apresentação (de Ceballos) ao tribunal".
Ceballos foi detido em Caracas, informou a Vontade Popular no Twitter.
Eleito nas municipais de dezembro de 2013, Ceballos denunciou nas últimas semanas que grupos ilegais armados, ligados ao governo, estavam atirando contra as barricadas montadas por estudantes em San Cristóbal.
Segundo o ministro Rodríguez, a prisão de Ceballos "é um ato de justiça diante de um prefeito que não apenas deixou de cumprir as obrigações impostas pela lei e a Constituição, mas que também facilitou e apoiou toda violência irracional desatada na cidade de San Cristóbal".
Na terça-feira, a maioria chavista da Assembleia Nacional aprovou um pedido de investigação da Procuradoria contra a deputada opositora María Corina Machado, também acusada de promover a violência na onda de protestos.
María Machado e Leopoldo López são os principais promotores da "Saída", a estratégia de ocupar as ruas da Venezuela para obter o fim do governo de Nicolás Maduro.
López, acusado inicialmente de homicídio e terrorismo, foi detido por ordem da Procuradoria sob a acusação de "incêndio intencional, instigação pública, dano à propriedade pública e formação de quadrilha".
Machado é acusada pelos deputados chavistas de "instigação ao crime, traição à pátria e homicídio".
A Venezuela vive desde o início de fevereiro um período de agitação social que já deixou 29 mortos e 400 feridos. As manifestações contra o governo de Maduro apontam diretamente para a inflação fora de controle, a falta de produtos básicos e a alta criminalidade no país.
Nesta quarta-feira, dezenas de moradores do distrito de Chacao - foco da oposição no leste de Caracas - protestaram contra a presença da Guarda Nacional na região, determinada diretamente por Maduro para acabar com as manifestações.
Com a chegada da noite, a Praça Altamira de Chacao foi ocupada por cerca de 500 pessoas, que fizeram uma corrente humana e lembraram os mortos nos protestos.
"Não acredito que o povo esteja cansado de protestar. Vou permanecer nas ruas por meses se for preciso (...). Acredito que as manifestações estão tomando outra projeção e outras pessoas estão vindo (...), gente que não é estudante", disse à AFP Vilma Molina, uma pedagoga de 53 anos.
"O I Tribunal do estado de Táchira, através do Ministério Público, decretou a captura do prefeito Daniel Ceballos (...), o que já foi efetuado pelo Serviço Bolivariano de Inteligência", disse Rodríguez ao canal estatal VTV.
Ceballos é o segundo dirigente da Vontade Popular a ser detido por promover a violência na onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, iniciada em San Cristóbal no dia 4 de fevereiro.
Leopoldo López, máximo líder da Vontade Popular, está em uma prisão militar desde 18 de fevereiro, também por promover a violência ligada aos protestos.
Rodríguez explicou que o Sebin realizará a "respectiva apresentação (de Ceballos) ao tribunal".
Ceballos foi detido em Caracas, informou a Vontade Popular no Twitter.
Eleito nas municipais de dezembro de 2013, Ceballos denunciou nas últimas semanas que grupos ilegais armados, ligados ao governo, estavam atirando contra as barricadas montadas por estudantes em San Cristóbal.
Segundo o ministro Rodríguez, a prisão de Ceballos "é um ato de justiça diante de um prefeito que não apenas deixou de cumprir as obrigações impostas pela lei e a Constituição, mas que também facilitou e apoiou toda violência irracional desatada na cidade de San Cristóbal".
Na terça-feira, a maioria chavista da Assembleia Nacional aprovou um pedido de investigação da Procuradoria contra a deputada opositora María Corina Machado, também acusada de promover a violência na onda de protestos.
María Machado e Leopoldo López são os principais promotores da "Saída", a estratégia de ocupar as ruas da Venezuela para obter o fim do governo de Nicolás Maduro.
López, acusado inicialmente de homicídio e terrorismo, foi detido por ordem da Procuradoria sob a acusação de "incêndio intencional, instigação pública, dano à propriedade pública e formação de quadrilha".
Machado é acusada pelos deputados chavistas de "instigação ao crime, traição à pátria e homicídio".
A Venezuela vive desde o início de fevereiro um período de agitação social que já deixou 29 mortos e 400 feridos. As manifestações contra o governo de Maduro apontam diretamente para a inflação fora de controle, a falta de produtos básicos e a alta criminalidade no país.
Nesta quarta-feira, dezenas de moradores do distrito de Chacao - foco da oposição no leste de Caracas - protestaram contra a presença da Guarda Nacional na região, determinada diretamente por Maduro para acabar com as manifestações.
Com a chegada da noite, a Praça Altamira de Chacao foi ocupada por cerca de 500 pessoas, que fizeram uma corrente humana e lembraram os mortos nos protestos.
"Não acredito que o povo esteja cansado de protestar. Vou permanecer nas ruas por meses se for preciso (...). Acredito que as manifestações estão tomando outra projeção e outras pessoas estão vindo (...), gente que não é estudante", disse à AFP Vilma Molina, uma pedagoga de 53 anos.