Ex-ditador guatemalteco é levado para hospital após desmaiar no tribunal
CIDADE DA GUATEMALA, 13 Mai 2013 (AFP) - O ex-ditador guatemalteco Efraín Ríos Montt, condenado na sexta-feira a 80 anos de prisão por genocídio, foi levado com urgência nesta segunda para um hospital, após desmaiar na Suprema Corte de Justiça, pouco antes de comparecer a uma audiência sobre reparação às vítimas, informaram fontes oficiais.
Ríos Montt, de 86 anos, chegou ao Tribunal Supremo de Justiça com uma crise de pressão alta e desmaiou antes de entrar na sala de audiências. Ele foi levado com urgência para o Hospital Militar, explicou seu advogado Fernando García, na sala de audiências.
Carlos Álvarez, médico plantonista do Hospital Militar, confirmou que Ríos Montt foi internado na manhã desta segunda-feira nesse centro médico devido à hipertensão causada pelo estresse.
"Tenho um paciente de quase 87 anos de idade que foi submetido a um grande estresse nos últimos dias, nestas últimas semanas, e isso deteriorou sua saúde", declarou Álvarez a jornalistas.
Ríos Montt tinha sido levado sob custódia ao tribunal, vindo da prisão do centro militar de Matamoros. Ele estava preso nesse local desde sexta-feira à noite, quando o Tribunal Primeiro A de Maior Risco o condenou a uma pena de 50 anos por genocídio e a outra de 30 por crimes contra a Humanidade durante seu governo (1982-83).
"Ele sofre uma crise de hipertensão que afetou seu estômago e seus rins", explicou o médico.
-- Perdão público --
Ríos Montt foi considerado responsável por 15 massacres cometidos pelo Exército, nos quais morreram 1.771 indígenas maias-ixiles no Departamento de Quiché (norte), durante seu regime repressor (1982-1983). Já seu chefe de inteligência militar na época, José Mauricio Rodríguez, foi absolvido das mesmas acusações.
Na audiência desta segunda, o Tribunal de Risco, presidido pela juíza Jazmín Barrios, ordenou que o Estado da Guatemala peça perdão publicamente aos indígenas maias-ixiles.
De acordo com a ordem da juíza, os atos de perdão devem ser realizados no Palácio Nacional da Cultura, no centro da capital, e nos municípios de Nebaj, Chajul e Cotzal, que integram a região ixil em Quiché. A data não foi fixada.
Outra medida estabelece a construção de centros de educação nas comunidades ixiles, e a inclusão do crime de genocídio no Programa Nacional de Ressarcimento, que deve estabelecer as indenizações.
Também ordenou que a presidência do país promova uma lei no Congresso para que o dia 23 de março, dia em que Ríos Montt tomou o poder em 1982, seja declarado "Dia Nacional contra o Genocídio".
O governo de Ríos Montt, que terminou em 8 de agosto de 1983, foi um dos mais sangrentos da guerra civil que assolou o país de 1960 a 1996, deixando 200.000 mortos ou desparecidos, segundo a ONU.
Ríos Montt, de 86 anos, chegou ao Tribunal Supremo de Justiça com uma crise de pressão alta e desmaiou antes de entrar na sala de audiências. Ele foi levado com urgência para o Hospital Militar, explicou seu advogado Fernando García, na sala de audiências.
Carlos Álvarez, médico plantonista do Hospital Militar, confirmou que Ríos Montt foi internado na manhã desta segunda-feira nesse centro médico devido à hipertensão causada pelo estresse.
"Tenho um paciente de quase 87 anos de idade que foi submetido a um grande estresse nos últimos dias, nestas últimas semanas, e isso deteriorou sua saúde", declarou Álvarez a jornalistas.
Ríos Montt tinha sido levado sob custódia ao tribunal, vindo da prisão do centro militar de Matamoros. Ele estava preso nesse local desde sexta-feira à noite, quando o Tribunal Primeiro A de Maior Risco o condenou a uma pena de 50 anos por genocídio e a outra de 30 por crimes contra a Humanidade durante seu governo (1982-83).
"Ele sofre uma crise de hipertensão que afetou seu estômago e seus rins", explicou o médico.
-- Perdão público --
Ríos Montt foi considerado responsável por 15 massacres cometidos pelo Exército, nos quais morreram 1.771 indígenas maias-ixiles no Departamento de Quiché (norte), durante seu regime repressor (1982-1983). Já seu chefe de inteligência militar na época, José Mauricio Rodríguez, foi absolvido das mesmas acusações.
Na audiência desta segunda, o Tribunal de Risco, presidido pela juíza Jazmín Barrios, ordenou que o Estado da Guatemala peça perdão publicamente aos indígenas maias-ixiles.
De acordo com a ordem da juíza, os atos de perdão devem ser realizados no Palácio Nacional da Cultura, no centro da capital, e nos municípios de Nebaj, Chajul e Cotzal, que integram a região ixil em Quiché. A data não foi fixada.
Outra medida estabelece a construção de centros de educação nas comunidades ixiles, e a inclusão do crime de genocídio no Programa Nacional de Ressarcimento, que deve estabelecer as indenizações.
Também ordenou que a presidência do país promova uma lei no Congresso para que o dia 23 de março, dia em que Ríos Montt tomou o poder em 1982, seja declarado "Dia Nacional contra o Genocídio".
O governo de Ríos Montt, que terminou em 8 de agosto de 1983, foi um dos mais sangrentos da guerra civil que assolou o país de 1960 a 1996, deixando 200.000 mortos ou desparecidos, segundo a ONU.