Alemanha convoca embaixador americano por suspeita de espionagem de Merkel
BERLIM, 24 Out 2013 (AFP) - A Alemanha convocou o embaixador americano em Berlim nesta quinta-feira ante as suspeitas de que Washington espionou o telefone celular da chanceler Angela Merkel, informou a porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
"É correto que o embaixador americano foi convocado para uma reunião esta tarde com o ministro das Relações Exteriores (Guido) Westerwelle. No momento será apresentada claramente a posição do governo alemão", afirmou a porta-voz, confirmando uma informação divulgada pelo site da revista Der Spiegel.
Angela Merkel ligou na quarta-feira para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para exigir uma explicação, depois da revelação sobre a possível espionagem do telefone celular da chanceler pelo serviço secreto americano.
Mas Obama garantiu que Washington "não espionam nem espionarão suas comunicações".
Merkel indicou que se a informação fosse confirmada, ela consideraria algo "totalmente inaceitável" e seria um "golpe duro para a confiança" entre os países.
As informações provocaram reações irritadas na Alemanha, um dos aliados mais fiéis dos Estados Unidos, sobretudo porque desde que as atividades de espionagem de Washington foram reveladas pelo ex-consultor Edward Snowden, Merkel teve uma reação compreensiva.
O ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, disse que "caso as informações sejam exatas, seria realmente grave".
"Há anos suspeito que meu telefone está sob escuta. Mas nunca pensei que seriam os Estados Unidos", declarou Maizière ao canal público alemão.
"Os americanos são e continuam sendo nossos melhores amigos, mas isto não é correto", completou Maizière, antes de pedir ao governo dos Estados Unido "o fim imediato" das práticas.
Para a imprensa alemã, as informações sobre a possível espionagem do celular de Merkel são um golpe duro para a chanceler.
Os jornais lembram que desde o início das revelações sobre a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, Merkel teve uma atitude de compreensão.
"O governo americano reagiu de maneira ofensiva, afirmando que tudo é normal, tudo é necessário, tudo é útil, tudo se sabe, tudo é legal. A Alemanha se mostrou até agora mais defensiva e Merkel se ridicularizou", afirma o jornal Tagesspiegel.
Merkel declarou há alguns meses em uma entrevista a um canal de televisão que tinha certeza de não sr objeto de espionagem americana.
"Os Estados Unidos traíram o melhor aliado no caso", afirma o jornal Die Welt.
"Angela Merkel havia feito um favor ao mostrar-se tão moderada e complacente, repetindo que a Alemanha precisava da cooperação com os Estados Unidos e que as informações dos serviços secretos americanos haviam permitido evitar atentados", recorda o jornal.
O Süddeutsche Zeitung afirma que os europeus tampouco são exemplares e, portanto, não podem dar nenhuma lição aos Estados Unidos sobre o tema.
"Quem pode dize aos americanos, olhando nos olhos, que não fazemos o mesmo?", questiona o jornal.
"É correto que o embaixador americano foi convocado para uma reunião esta tarde com o ministro das Relações Exteriores (Guido) Westerwelle. No momento será apresentada claramente a posição do governo alemão", afirmou a porta-voz, confirmando uma informação divulgada pelo site da revista Der Spiegel.
Angela Merkel ligou na quarta-feira para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para exigir uma explicação, depois da revelação sobre a possível espionagem do telefone celular da chanceler pelo serviço secreto americano.
Mas Obama garantiu que Washington "não espionam nem espionarão suas comunicações".
Merkel indicou que se a informação fosse confirmada, ela consideraria algo "totalmente inaceitável" e seria um "golpe duro para a confiança" entre os países.
As informações provocaram reações irritadas na Alemanha, um dos aliados mais fiéis dos Estados Unidos, sobretudo porque desde que as atividades de espionagem de Washington foram reveladas pelo ex-consultor Edward Snowden, Merkel teve uma reação compreensiva.
O ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, disse que "caso as informações sejam exatas, seria realmente grave".
"Há anos suspeito que meu telefone está sob escuta. Mas nunca pensei que seriam os Estados Unidos", declarou Maizière ao canal público alemão.
"Os americanos são e continuam sendo nossos melhores amigos, mas isto não é correto", completou Maizière, antes de pedir ao governo dos Estados Unido "o fim imediato" das práticas.
Para a imprensa alemã, as informações sobre a possível espionagem do celular de Merkel são um golpe duro para a chanceler.
Os jornais lembram que desde o início das revelações sobre a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, Merkel teve uma atitude de compreensão.
"O governo americano reagiu de maneira ofensiva, afirmando que tudo é normal, tudo é necessário, tudo é útil, tudo se sabe, tudo é legal. A Alemanha se mostrou até agora mais defensiva e Merkel se ridicularizou", afirma o jornal Tagesspiegel.
Merkel declarou há alguns meses em uma entrevista a um canal de televisão que tinha certeza de não sr objeto de espionagem americana.
"Os Estados Unidos traíram o melhor aliado no caso", afirma o jornal Die Welt.
"Angela Merkel havia feito um favor ao mostrar-se tão moderada e complacente, repetindo que a Alemanha precisava da cooperação com os Estados Unidos e que as informações dos serviços secretos americanos haviam permitido evitar atentados", recorda o jornal.
O Süddeutsche Zeitung afirma que os europeus tampouco são exemplares e, portanto, não podem dar nenhuma lição aos Estados Unidos sobre o tema.
"Quem pode dize aos americanos, olhando nos olhos, que não fazemos o mesmo?", questiona o jornal.
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