Presidente da Ucrânia negocia 'parceria estratégica' com Putin
KIEV, 06 dez 2013 (AFP) - O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, reuniu-se nesta sexta-feira com o russo Vladimir Putin em Sóchi, no sul da Rússia, para discutir uma futura "parceria estratégica", apesar da mobilização da oposição ucraniana pró-europeia.
A oposição prepara uma nova manifestação no domingo para exigir sua renúncia.
"Os chefes de Estado abordaram as questões de cooperação comercial e econômica em diferentes setores da economia e a preparação de um futuro acordo de parceria estratégica", segundo o gabinete de Yanukovich.
Seu encontro com Putin não havia sido anunciado, mas foi confirmado pelas agências de notícias russas e pelo porta-voz do Kremlin.
A reunião acontece após uma visita de Yanukovich à China, muito criticada pela oposição. Em contrapartida, o chefe de Estado cancelou uma viagem a Malta, prevista para a próxima semana para "tratar de questões de política interna".
Nesta sexta, a oposição reiterou sua firme oposição a qualquer aproximação com a união aduaneira das ex-repúblicas soviéticas conduzida por Moscou.
"As tentativas do poder de vender a Ucrânia à Rússia vão fracassar (...). Ele terá de enfrentar uma onda de contestação ainda maior", declarou Arseni Iatseniuk, um dos líderes da oposição.
A oposição, que recebeu nos últimos dias o apoio dos ocidentais, convocou uma nova manifestação para domingo, às 8h (horário de Brasília), na Praça da Independência. O local é símbolo da Revolução Laranja de 2004, que derrubou o governo e levou ao poder políticos pró-ocidentais nessa ex-república soviética.
A praça está ocupada há dias por milhares de manifestantes pró-europeus, que protestam contra a decisão do governo de não assinar um acordo de associação com a União Europeia. O texto foi preparado durante meses, para assumir uma posição mais favorável à Rússia.
Já a opositora ucraniana presa Yulia Timoshenko decidiu acabar com a greve de fome que chegou a 12 dias, segundo sua filha Evguénia.
Na quinta-feira, ela pediu aos manifestantes que derrubem "pacificamente" o presidente que ela compara a Stalin.
Apesar de vários líderes europeus e ocidentais terem expressado apoio aos opositores em uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE) em Kiev, o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, disse nesta sexta que teme novos episódios de violência contra os manifestantes após a partida dos europeus.
"Temo que as forças que desejam que a Ucrânia abandone o caminho europeu não hesite em recorrer à violência", escreveu em sua conta no Twitter.
Já o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, criticou a interferência de políticos ocidentais nos assuntos ucranianos.
"Nossos parceiros vieram à Ucrânia em nível de ministros das Relações Exteriores (...) e vão ao centro da contestação política participar de ações para além do enquadramento legal", disse ele na televisão russa.
Na quarta à noite, o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, e o secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, reuniram-se com manifestantes na Praça da Independência.
O governo já agiu contra os ativistas: 14 acusados de distúrbios em 1º de dezembro foram detidos. Nesse dia, centenas de pessoas foram feridas em confrontos com a polícia registrados em Bankova, rua onde se localiza a administração presidencial.
Hoje, a Anistia Internacional lançou uma campanha em apoio aos "prisioneiros de Bankova".
O governo e a oposição também aceitaram o estabelecimento de um painel de especialistas, promovido pelo Conselho da Europa, para investigar os incidentes violentos no país, de acordo com a organização pan-europeia com sede em Estrasburgo.
neo-gmo/nm/mr/tt
A oposição prepara uma nova manifestação no domingo para exigir sua renúncia.
"Os chefes de Estado abordaram as questões de cooperação comercial e econômica em diferentes setores da economia e a preparação de um futuro acordo de parceria estratégica", segundo o gabinete de Yanukovich.
Seu encontro com Putin não havia sido anunciado, mas foi confirmado pelas agências de notícias russas e pelo porta-voz do Kremlin.
A reunião acontece após uma visita de Yanukovich à China, muito criticada pela oposição. Em contrapartida, o chefe de Estado cancelou uma viagem a Malta, prevista para a próxima semana para "tratar de questões de política interna".
Nesta sexta, a oposição reiterou sua firme oposição a qualquer aproximação com a união aduaneira das ex-repúblicas soviéticas conduzida por Moscou.
"As tentativas do poder de vender a Ucrânia à Rússia vão fracassar (...). Ele terá de enfrentar uma onda de contestação ainda maior", declarou Arseni Iatseniuk, um dos líderes da oposição.
A oposição, que recebeu nos últimos dias o apoio dos ocidentais, convocou uma nova manifestação para domingo, às 8h (horário de Brasília), na Praça da Independência. O local é símbolo da Revolução Laranja de 2004, que derrubou o governo e levou ao poder políticos pró-ocidentais nessa ex-república soviética.
A praça está ocupada há dias por milhares de manifestantes pró-europeus, que protestam contra a decisão do governo de não assinar um acordo de associação com a União Europeia. O texto foi preparado durante meses, para assumir uma posição mais favorável à Rússia.
Já a opositora ucraniana presa Yulia Timoshenko decidiu acabar com a greve de fome que chegou a 12 dias, segundo sua filha Evguénia.
Na quinta-feira, ela pediu aos manifestantes que derrubem "pacificamente" o presidente que ela compara a Stalin.
Apesar de vários líderes europeus e ocidentais terem expressado apoio aos opositores em uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE) em Kiev, o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, disse nesta sexta que teme novos episódios de violência contra os manifestantes após a partida dos europeus.
"Temo que as forças que desejam que a Ucrânia abandone o caminho europeu não hesite em recorrer à violência", escreveu em sua conta no Twitter.
Já o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, criticou a interferência de políticos ocidentais nos assuntos ucranianos.
"Nossos parceiros vieram à Ucrânia em nível de ministros das Relações Exteriores (...) e vão ao centro da contestação política participar de ações para além do enquadramento legal", disse ele na televisão russa.
Na quarta à noite, o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, e o secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, reuniram-se com manifestantes na Praça da Independência.
O governo já agiu contra os ativistas: 14 acusados de distúrbios em 1º de dezembro foram detidos. Nesse dia, centenas de pessoas foram feridas em confrontos com a polícia registrados em Bankova, rua onde se localiza a administração presidencial.
Hoje, a Anistia Internacional lançou uma campanha em apoio aos "prisioneiros de Bankova".
O governo e a oposição também aceitaram o estabelecimento de um painel de especialistas, promovido pelo Conselho da Europa, para investigar os incidentes violentos no país, de acordo com a organização pan-europeia com sede em Estrasburgo.
neo-gmo/nm/mr/tt
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