Governador de Nova York libera maconha para uso medicinal
NOVA YORK, 08 Jan 2014 (AFP) - O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou nesta quarta-feira a autorização do uso de maconha com fins médicos no estado, que se tornou, assim, o 21º dos Estados Unidos em flexibilizar a legislação sobre esta droga.
"Criaremos um programa que permitirá que até 20 hospitais prescrevam maconha para uso médico", informou o democrata Cuomo em seu discurso anual sobre a situação do estado na capital Albany (220 km ao norte de Nova York).
Cuomo disse que a autorização para o uso médico de canábis tem como objetivo ajudar a combater "a dor e tratar o câncer e outras doenças graves", e responde à opinião fornecida por cientistas do setor da saúde em Nova York.
O programa piloto "será monitorado para avaliar a viabilidade do sistema de maconha medicinal", disse Cuomo.
O governador, que no ano passado já havia se manifestado favorável à despenalização da posse de até 15 gramas da droga para uso privado, assinará o decreto levando em conta que quatro projetos de lei sobre esta questão já fracassaram nos últimos anos.
O anúncio acontece em um contexto de flexibilização crescente da legislação sobre a maconha nos Estados Unidos.
Com Nova York, agora 21 dos 50 estados do país e a capital Washington permitem, em diferentes níveis, o uso desta droga para fins medicinais.
O primeiro estado a adotar a medida foi a Califórnia em 1996.
Avança aceitação da maconha
O Colorado (oeste) foi ainda mais longe e desde 1º de janeiro permite o consumo recreativo da maconha para maiores de 21 anos.
O estado de Washington (noroeste) votou uma medida semelhante, que entrará em vigor na próxima primavera do hemisfério norte.
Numa pesquisa realizada pelo instituto Gallup em outubro de 2013, a maioria dos norte-americanos - 58% dos entrevistados - se disse favorável à legalização da maconha.
Outo estudo, dessa vez feito pelo Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas (NIDA, na sigla em inglês), mostrou que 39,5% dos estudantes do ensino médio nos Estados Unidos consideram a droga prejudicial. Há um ano, essa opinião era compartilhada por 44,1% dos entrevistados.
Em maio de 2013, a Organização dos Estados Americanos (OEA) - que reúne todos os países do continente, com a exceção de Cuba - publicou um informe onde convida a considerar uma eventual legalização da maconha como forma de luta contra o narcotráfico.
No último 10 de dezembro, o Senado uruguaio aprovou uma lei que legaliza a produção e a venda de maconha no país, que passarão a ser controladas pelo Estado já no primeiro semestre de 2014.
A decisão de Cuomo chega num momento interessante da política nova-iorquina, com a eleição do democrata Bill de Blasio para a prefeitura de Nova York - maior cidade dos Estados Unidos, com 19,5 milhões de habitantes.
Cuomo, cujo mandato termina no final deste ano, ainda não anunciou oficialmente se vai tentar a reeleição durante o pleito de 4 de novembro.
O governador já foi cotado como possível candidato presidencial por seu partido para 2016, assim como seu homólogo republicano moderado de Nova Jersey, Chris Christie, que recentemente também autorizou o uso da maconha para fins médicos mediante um controle rígido.
"Criaremos um programa que permitirá que até 20 hospitais prescrevam maconha para uso médico", informou o democrata Cuomo em seu discurso anual sobre a situação do estado na capital Albany (220 km ao norte de Nova York).
Cuomo disse que a autorização para o uso médico de canábis tem como objetivo ajudar a combater "a dor e tratar o câncer e outras doenças graves", e responde à opinião fornecida por cientistas do setor da saúde em Nova York.
O programa piloto "será monitorado para avaliar a viabilidade do sistema de maconha medicinal", disse Cuomo.
O governador, que no ano passado já havia se manifestado favorável à despenalização da posse de até 15 gramas da droga para uso privado, assinará o decreto levando em conta que quatro projetos de lei sobre esta questão já fracassaram nos últimos anos.
O anúncio acontece em um contexto de flexibilização crescente da legislação sobre a maconha nos Estados Unidos.
Com Nova York, agora 21 dos 50 estados do país e a capital Washington permitem, em diferentes níveis, o uso desta droga para fins medicinais.
O primeiro estado a adotar a medida foi a Califórnia em 1996.
Avança aceitação da maconha
O Colorado (oeste) foi ainda mais longe e desde 1º de janeiro permite o consumo recreativo da maconha para maiores de 21 anos.
O estado de Washington (noroeste) votou uma medida semelhante, que entrará em vigor na próxima primavera do hemisfério norte.
Numa pesquisa realizada pelo instituto Gallup em outubro de 2013, a maioria dos norte-americanos - 58% dos entrevistados - se disse favorável à legalização da maconha.
Outo estudo, dessa vez feito pelo Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas (NIDA, na sigla em inglês), mostrou que 39,5% dos estudantes do ensino médio nos Estados Unidos consideram a droga prejudicial. Há um ano, essa opinião era compartilhada por 44,1% dos entrevistados.
Em maio de 2013, a Organização dos Estados Americanos (OEA) - que reúne todos os países do continente, com a exceção de Cuba - publicou um informe onde convida a considerar uma eventual legalização da maconha como forma de luta contra o narcotráfico.
No último 10 de dezembro, o Senado uruguaio aprovou uma lei que legaliza a produção e a venda de maconha no país, que passarão a ser controladas pelo Estado já no primeiro semestre de 2014.
A decisão de Cuomo chega num momento interessante da política nova-iorquina, com a eleição do democrata Bill de Blasio para a prefeitura de Nova York - maior cidade dos Estados Unidos, com 19,5 milhões de habitantes.
Cuomo, cujo mandato termina no final deste ano, ainda não anunciou oficialmente se vai tentar a reeleição durante o pleito de 4 de novembro.
O governador já foi cotado como possível candidato presidencial por seu partido para 2016, assim como seu homólogo republicano moderado de Nova Jersey, Chris Christie, que recentemente também autorizou o uso da maconha para fins médicos mediante um controle rígido.
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