Policía usa jatos de água em manifestação contra estupros na Índia
NOVA DELHI, 02 Jun 2014 (AFP) - A polícia utilizou jatos de água nesta segunda-feira contra manifestantes que participavam em um protesto sobre a violência contra as mulheres, após o recente estupro e assassinato de duas adolescentes.
Centenas de manifestantes, essencialmente mulheres, se reuniram para exigir o fim da violência diante da sede do governo em Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh (norte), onde duas primas de 12 e 14 anos foram violentadas e assassinadas.
"Não vamos dormir, vamos ficar, temos que parar isto", afirmou ao canal NDTV um manifestante.
"Vamos continuar aqui, não vamos sair, mesmo que falte água", disse outra manifestante.
As duas adolescentes foram encontradas na quarta-feira da semana passada enforcadas em uma árvore em uma área humilde do distrito de Badaun. Os exames médicos comprovaram que elas haviam sofrido múltiplas agressões sexuais.
A revolta aumentou depois que os pais das adolescentes afirmaram que a polícia local se negou a procurar os culpados porque as vítimas pertenciam a uma casta inferior.
As duas jovens foram atacadas quando caminhavam para o campo para fazer suas necessidades, no escuro, porque a residência da família não tem banheiro. A polícia informou que elas foram estupradas e depois enforcadas pelos criminosos.
O crime ganhou as manchetes da imprensa, um ano e meio depois do estupro coletivo de uma estudante de classe média de Nova Délhi, que não resistiu aos ferimentos.
Para os defensores dos direitos das mulheres, o episódio mais recente de violência mostra que as autoridades do estado de Uttar Pradesh não atuam com seriedade contra os crimes sexuais. Cinco homens foram detidos no caso e uma investigação foi iniciada pela polícia federal.
Ao ser questionado por uma jornalista na semana passada sobre o número de estupros em Uttar Pradesh, o governador Ajilesh Yadav respondeu: "Você não foi estuprada, verdade? Certo? Muito bem. Obrigado".
O líder do partido que governa o estado, Mulayam Singh Yadav, pai de Ajilesh, provocou polêmica durante a campanha das eleições legislativas ao afirmar que era contrário à condenação à morte por estupro porque "os homens são os homens".
tha-ef/fp
Centenas de manifestantes, essencialmente mulheres, se reuniram para exigir o fim da violência diante da sede do governo em Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh (norte), onde duas primas de 12 e 14 anos foram violentadas e assassinadas.
"Não vamos dormir, vamos ficar, temos que parar isto", afirmou ao canal NDTV um manifestante.
"Vamos continuar aqui, não vamos sair, mesmo que falte água", disse outra manifestante.
As duas adolescentes foram encontradas na quarta-feira da semana passada enforcadas em uma árvore em uma área humilde do distrito de Badaun. Os exames médicos comprovaram que elas haviam sofrido múltiplas agressões sexuais.
A revolta aumentou depois que os pais das adolescentes afirmaram que a polícia local se negou a procurar os culpados porque as vítimas pertenciam a uma casta inferior.
As duas jovens foram atacadas quando caminhavam para o campo para fazer suas necessidades, no escuro, porque a residência da família não tem banheiro. A polícia informou que elas foram estupradas e depois enforcadas pelos criminosos.
O crime ganhou as manchetes da imprensa, um ano e meio depois do estupro coletivo de uma estudante de classe média de Nova Délhi, que não resistiu aos ferimentos.
Para os defensores dos direitos das mulheres, o episódio mais recente de violência mostra que as autoridades do estado de Uttar Pradesh não atuam com seriedade contra os crimes sexuais. Cinco homens foram detidos no caso e uma investigação foi iniciada pela polícia federal.
Ao ser questionado por uma jornalista na semana passada sobre o número de estupros em Uttar Pradesh, o governador Ajilesh Yadav respondeu: "Você não foi estuprada, verdade? Certo? Muito bem. Obrigado".
O líder do partido que governa o estado, Mulayam Singh Yadav, pai de Ajilesh, provocou polêmica durante a campanha das eleições legislativas ao afirmar que era contrário à condenação à morte por estupro porque "os homens são os homens".
tha-ef/fp