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Ebola pode se espalhar como um rastilho de pólvora, alertam EUA

Médicos cuidam de paciente com ebola em hospital de Monrovia, na Libéria - Reuters
Médicos cuidam de paciente com ebola em hospital de Monrovia, na Libéria Imagem: Reuters

Em Washington (EUA)

28/07/2014 19h50

O mortal vírus Ebola pode se propagar como rastilho de pólvora, alertaram nesta segunda-feira (28) autoridades de saúde americanas, que pediram aos viajantes da África ocidental que tomem as maiores precauções frente à maior epidemia da doença na História.

Desde março, foram registrados 1.201 casos de Ebola e 672 mortes em Guiné, Libéria e Serra Leoa, informaram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americanos.

"A probabilidade de que esta epidemia se propague fora da África ocidental é muito baixa", avaliou Stephan Monroe, do CDC. Mas a situação "evolui rapidamente" e os CDC têm que estar prontos para fazer frente à possibilidade de que um viajante leve a doença para os Estados Unidos.

"Nossa preocupação é que a epidemia pegue fogo no exterior, como um incêndio florestal que pode se propagar a partir de uma única árvore, só com as faíscas", disse Monroe.


"Isto foi claramente o que aconteceu na Libéria", acrescentou, observando que naquele país não tinha sido registrado nenhum caso do Ebola em 21 dias, período máximo de incubação, até que surgiram novos casos.

"Até que possamos identificar e interromper cada fonte de transmissão, não seremos capazes de controlar a epidemia", insistiu.

Nesta segunda-feira, a Libéria anunciou o fechamento de parte de suas fronteiras para tentar deter a propagação da febre hemorrágica. Na semana passada foi confirmado o primeiro caso na Nigéria.

A epidemia, detectada desde o começo do ano, foi declarada na Guiné, depois afetou a Libéria e em seguida, Serra Leoa, três países vizinhos.

O vírus Ebola é transmitido por contato direto com sangue, fluidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados. A febre que provoca se manifesta com hemorragias, vômitos e diarreia. A taxa de mortalidade varia entre 25% e 90% entre os humanos e não há vacina que evite o contágio.