Netanyahu se defende das críticas de Washington à colonização de Jerusalém Oriental

JERUSALEM, 02 Out 2014 (AFP) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rebateu as críticas dos Estados Unidos à colonização em Jerusalém Oriental anexada e ocupada, informou a rádio pública israelense.

Netanyahu, citado pela rádio, aconselhou o governo americano a "estudar os fatos e os detalhes antes de fazer declarações", em um encontro com jornalistas israelenses em Washington após uma reunião na quarta-feira com o presidente americano Barack Obama.

Esta foi a reação do premier israelense às declarações do porta-voz do governo americano, Josh Earnest, de que Obama transmitiu a Netanyahu sua grande preocupação com a autorização para 2.610 novas casas em Jerusalém Oriental.

Earnest advertiu que o projeto poderia distanciar Israel de seus aliados mais próximos e prejudicar as relações que "afirma querer construir" com os governos árabes.

Netanyahu ressaltou aos jornalistas que o projeto existe há dois anos, segundo a emissora. O ministro da Habitação, Uri Ariel, afirmou à rádio militar que das 2.610 residências, "mil estão destinadas a árabes".

Também defendeu os colonos israelenses que na terça-feira assumiram pela força o controle de 25 apartamentos em Silwan, um bairro palestino de Jerusalém Oriental.

"O governo não tem nada a ver com estes apartamentos, que foram comprados legalmente por judeus", disse o primeiro-ministro.

Israel considera Jerusalém sua capital "indivisível".

A comunidade internacional não reconhece a anexação de Jerusalém Oriental, onde os palestinos desejam estabelecer a capital do Estado que aspiram.

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