Homem que atacou delegacia em Paris viveu em centro para refugiados na Alemanha

Em Montpellier (França)

  • Sylvain Thomas/AFP

    O incidente foi "um assalto a mão armada", sem relação com os ataques na região de Paris, disse o promotor Christophe Barret

    O incidente foi "um assalto a mão armada", sem relação com os ataques na região de Paris, disse o promotor Christophe Barret

Berlim, 10 Jan 2016 (AFP) - O homem que foi morto na quinta-feira depois de tentar atacar uma delegacia em Paris viveu "em uma moradia para refugiados" no oeste da Alemanha, que foi invadida no sábado, afirmou a polícia judicial alemã.

Não foi encontrado "qualquer indício de outros possíveis ataques" durante o registro realizado nesse centro da cidade alemã de Recklinghausen, na Renania do Norte-Westfalia.

A polícia não informou se o homem que tentou atacar há dois dias a delegacia em Paris, gritando Alah Akbar (Alah é grande), solicitou asilo na Alemanha, mas uma fonte disse à AFP que o pedido foi feito.

Na quinta-feira, data em que os atentados contra o semanário Charlie Hebdo completou um ano, um homem se apresentou a uma delegacia em um bairro popular do norte de Paris com uma faca na mão e um cinto com explosivos, que depois foi constatado ser falso.

O homem, que não obedeceu às ordens da polícia de parar, foi morto.

Em um papel escrito em árabe, o homem declarava sua a Abu Bakr al Bagdadi, líder do grupo Estado Islâmico (EI) e explicava seu ato como uma vingança pelos "ataques à Síria".

Em seu bolso também foi encontrado um chip alemão para celular.

De acordo com a revista alemán Welt am Sonntag, o homem teria pintado um símbolo do Estado Islâmico em uma parede do abrigo de Recklingshausen.

O home havia sido considerado potencialmente perigoso pelas autoridades locais depois que apareceu no abrigo com uma bandeira do, segundo o site da revista Spiegel.

Mas ele desapareceu de Recklingshausen em dezembro, de acordo com a revista.

O Welt am Sonntag informa que o homem se registrou na Alemanha com quatro identidades diferentes e diversas nacionalidades como síria, marroquina ou georgiana.

O pedido de asilo foi realizado com o nome de Walid Salihi, segundo a publicação.

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