Rajoy renuncia por enquanto a formar um governo (oficial)
Em Sanaa
Madri, 22 Jan 2016 (AFP) - O chefe de governo espanhol em fim de mandato, o conservador Mariano Rajoy, renunciou nesta sexta-feira postular-se a formar um governo, como propôs o rei Felipe VI, após uma rodada de consultas com os diferentes partidos do Congresso, informou a Casa Real.
"Dom Mariano Rajoy agradeceu à sua majestade, o rei, por tal oferta, que declinou", destacou a Casa Real em um comunicado emitido um mês após as eleições legislativas que terminaram com vitória apertada para Rajoy, mas que não conta com apoio suficiente para ser reeleito.
"Mantenho minha candidatura, mas não posso apresentá-la hoje porque não só não tenho a maioria, como tenho uma maioria contra", explicou em coletiva de imprensa Rajoy, que atualmente conta com apenas 119 votos a favor do seu partido e cerca de 180 contra em um Congresso com 350 cadeiras.
O líder conservador encerrou a rodada de consultas do rei Felipe VI para nomear um candidato a chefiar o governo. A declinação de Rajoy fará com que estas consultas voltem a ser retomadas na próxima semana.
"Devemos dar tempo e margem ao diálogo pelo interesse geral da Espanha", assegurou Rajoy, que busca uma aliança de seu Partido Popular, com os socialistas do PSOE (89 assentos) e os liberais dos Cidadãos (40). "Daria uma boa mensagem aos investidores de fora da Espanha, aos mercados", disse.
A renúncia de Rajoy ocorreu poucas horas depois das primeiras manobras para formar um governo de coalizão de esquerdas entre os socialistas do PSOE e a esquerda radical do Podemos, cujos líderes se reuniram com o monarca esta manhã.
Ao final da reunião, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, mostrou-se aberto pela primeira vez a formar "um governo de mudança com o PSOE e a Esquerda Unida" (comunistas-verdes com dois deputados), o que foi recebido com satisfação pelo líder socialista Pedro Sánchez.
"Os eleitores do Podemos não entenderiam, como tampouco o fariam os eleitores socialistas, que não nos entendamos", disse Sánchez.
"Não faria sentido que eu continuasse com o meu debate de posso quando outros já estão negociando a distribuição do governo", assegurou Rajoy, destacando que o governo proposto pelos socialistas "não é nem moderado, nem de centro" e se encontraria com uma maioria absoluta conservadora de bloqueio no Senado espanhol.
lbx-pmr/fjb/mvv
"Dom Mariano Rajoy agradeceu à sua majestade, o rei, por tal oferta, que declinou", destacou a Casa Real em um comunicado emitido um mês após as eleições legislativas que terminaram com vitória apertada para Rajoy, mas que não conta com apoio suficiente para ser reeleito.
"Mantenho minha candidatura, mas não posso apresentá-la hoje porque não só não tenho a maioria, como tenho uma maioria contra", explicou em coletiva de imprensa Rajoy, que atualmente conta com apenas 119 votos a favor do seu partido e cerca de 180 contra em um Congresso com 350 cadeiras.
O líder conservador encerrou a rodada de consultas do rei Felipe VI para nomear um candidato a chefiar o governo. A declinação de Rajoy fará com que estas consultas voltem a ser retomadas na próxima semana.
"Devemos dar tempo e margem ao diálogo pelo interesse geral da Espanha", assegurou Rajoy, que busca uma aliança de seu Partido Popular, com os socialistas do PSOE (89 assentos) e os liberais dos Cidadãos (40). "Daria uma boa mensagem aos investidores de fora da Espanha, aos mercados", disse.
A renúncia de Rajoy ocorreu poucas horas depois das primeiras manobras para formar um governo de coalizão de esquerdas entre os socialistas do PSOE e a esquerda radical do Podemos, cujos líderes se reuniram com o monarca esta manhã.
Ao final da reunião, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, mostrou-se aberto pela primeira vez a formar "um governo de mudança com o PSOE e a Esquerda Unida" (comunistas-verdes com dois deputados), o que foi recebido com satisfação pelo líder socialista Pedro Sánchez.
"Os eleitores do Podemos não entenderiam, como tampouco o fariam os eleitores socialistas, que não nos entendamos", disse Sánchez.
"Não faria sentido que eu continuasse com o meu debate de posso quando outros já estão negociando a distribuição do governo", assegurou Rajoy, destacando que o governo proposto pelos socialistas "não é nem moderado, nem de centro" e se encontraria com uma maioria absoluta conservadora de bloqueio no Senado espanhol.
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