Senado italiano debate legalização da união homossexual
Roma, 28 Jan 2016 (AFP) - O Senado italiano iniciou nesta quinta-feira pela primeira vez seu histórico exame de um projeto de lei para a legalização da união civil entre casais do mesmo sexo, um tema que divide profundamente o país.
A Itália, último país da Europa ocidental que não reconhece legalmente os casais homossexuais, tenta cobrir este vácuo lega, cujo resultado é incerto.
No sábado, dezenas de pessoas foram a 90 praças em todas as cidades da península para apoiar a lei que regulariza os casais homossexuais.
Os opositores à lei convocaram uma única manifestação em Roma para sábado, cujo impacto pode afetar o futuro da lei.
Caso aprovada, a lei passará para a Câmara dos Deputados para que seja ratificada.
Na sua forma atual, o texto, resultado de uma mediação parlamentar, estabelece que um funcionário oficial registrará a união civil entre pessoas do mesmo sexo, que se comprometem a ser fiéis e assegurar o apoio moral mútuo e material.
"É inaceitável. Eu acho que nós não podemos ensinar nossos filhos e netos que existem outros tipos de famílias", lamenta Massimo Gandolfini, neurocirurgião e coordenador do "Dia da Família".
O papa Francisco, que costuma ser criticado pelos setores mais conservadores por manter uma atitude menos beligerante sobre esses temas e evita lançar anátemas, nas últimas semanas condenou explicita e reiteradamente qualquer "confusão entre o matrimônio e as uniões homossexuais", explicou.
Os aliados de centro-direita e os católicos ameaçam convocar um referendo para revogar a lei caso os pontos mais controversos sejam mantidos, incluindo a possibilidade de que os casais homossexuais adotem crianças.
Pesquisas recentes indicam que a maioria dos italianos são a favor de regulamentar as uniões civis, mas se opõem à adoção por estes casais.
fcc-kv/jz/mm
A Itália, último país da Europa ocidental que não reconhece legalmente os casais homossexuais, tenta cobrir este vácuo lega, cujo resultado é incerto.
No sábado, dezenas de pessoas foram a 90 praças em todas as cidades da península para apoiar a lei que regulariza os casais homossexuais.
Os opositores à lei convocaram uma única manifestação em Roma para sábado, cujo impacto pode afetar o futuro da lei.
Caso aprovada, a lei passará para a Câmara dos Deputados para que seja ratificada.
Na sua forma atual, o texto, resultado de uma mediação parlamentar, estabelece que um funcionário oficial registrará a união civil entre pessoas do mesmo sexo, que se comprometem a ser fiéis e assegurar o apoio moral mútuo e material.
"É inaceitável. Eu acho que nós não podemos ensinar nossos filhos e netos que existem outros tipos de famílias", lamenta Massimo Gandolfini, neurocirurgião e coordenador do "Dia da Família".
O papa Francisco, que costuma ser criticado pelos setores mais conservadores por manter uma atitude menos beligerante sobre esses temas e evita lançar anátemas, nas últimas semanas condenou explicita e reiteradamente qualquer "confusão entre o matrimônio e as uniões homossexuais", explicou.
Os aliados de centro-direita e os católicos ameaçam convocar um referendo para revogar a lei caso os pontos mais controversos sejam mantidos, incluindo a possibilidade de que os casais homossexuais adotem crianças.
Pesquisas recentes indicam que a maioria dos italianos são a favor de regulamentar as uniões civis, mas se opõem à adoção por estes casais.
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