EUA e Coreia do Sul iniciam manobras; Pyongyang faz ameaça nuclear
Seul, 7 Mar 2016 (AFP) - As forças sul-coreanas e americanas iniciaram nesta segunda-feira as manobras conjuntas mais importantes organizadas até a data na península coreana, e Pyongyang ameaçou responder com ataques nucleares "às cegas".
Estes exercícios anuais dos dois aliados agravam sistematicamente as tensões entre o Norte e o Sul.
Neste ano ocorrem em um momento particularmente tenso, dois meses após o quarto teste nuclear da Coreia do Norte e um mês após o lançamento norte-coreano de um foguete de longo alcance, duas ações condenadas pelo Conselho de Segurança da ONU, que acaba de adotar uma nova série de sanções contra o regime mais isolado do mundo.
As manobras conjuntas, batizadas de "Key Resolve" e "Foal Eagle", têm desta vez uma envergadura nunca antes vista na Coreia do Sul, com a participação de 15.000 americanos, quatro vezes mais que em 2015.
Também estão mobilizados 300.000 militares sul-coreanos, assim como elementos chave do exército americano, entre eles uma brigada de combate e uma esquadra conduzida por um porta-aviões e submarinos de propulsão nuclear.
Em um comunicado divulgado horas antes do início dos exercícios, a poderosa Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte disse estar pronta para uma contraofensiva total.
- Em nome da justiça - "As manobras militares conjuntas organizadas pelos inimigos são encaradas como exercícios de guerra nuclear não dissimulados destinados a minar a soberania (da Coreia do Norte), sua resposta militar será efetuar ataques nucleares preventivos e ofensivos", adverte o comunicado.
Em uma declaração recolhida na sexta-feira pela agência oficial KCNA, o líder norte-coreano Kim Jong-un já deu o tom, depois da adoção de sanções na ONU: "Devemos estar sempre prontos, a cada instante, para utilizar nosso arsenal nuclear".
A retórica belicosa é uma constante do regime mais isolado do mundo quando as tensões aumentam com Seul. Pyongyang dispõe certamente de um pequeno arsenal de ogivas nucleares, mas os especialistas estão divididos quanto a sua capacidade para instalá-las em mísseis.
A Comissão de Defesa Nacional afirma que planos de "ataque nuclear preventivo em nome da justiça" foram elaborados pelo Comando Supremo do Exército Popular Coreano, validados por Kim, e estão prontos para ser aplicados "mesmo no caso da mínima ação militar" dos inimigos do Norte.
"O ataque nuclear às cegas (...) mostrará claramente aos entusiastas da agressão e da guerra a determinação" do Norte, prossegue a Comissão.
- Oceanos de chamas - Os alvos, afirma, podem ser sul-coreanos, mas os ataques também podem apontar contra as bases americanas da região Ásia-Pacífico e inclusive Estados Unidos.
"Se apertarmos os botões para aniquilar nossos inimigos (...), todas as origens das provocações ficarão reduzidas em um instante a oceanos de chamas e cinzas", acrescenta.
Os lançamentos de foguetes permitiram avançar com o programa norte-coreano de mísseis balísticos, mas a maioria dos especialistas pensam que Pyongyang não domina a tecnologia de entrada na atmosfera, depois da fase de voo balístico, que seria necessária para alcançar um território tão distante quanto os Estados Unidos.
sh-gh/jac/mba/jmr/ma
Estes exercícios anuais dos dois aliados agravam sistematicamente as tensões entre o Norte e o Sul.
Neste ano ocorrem em um momento particularmente tenso, dois meses após o quarto teste nuclear da Coreia do Norte e um mês após o lançamento norte-coreano de um foguete de longo alcance, duas ações condenadas pelo Conselho de Segurança da ONU, que acaba de adotar uma nova série de sanções contra o regime mais isolado do mundo.
As manobras conjuntas, batizadas de "Key Resolve" e "Foal Eagle", têm desta vez uma envergadura nunca antes vista na Coreia do Sul, com a participação de 15.000 americanos, quatro vezes mais que em 2015.
Também estão mobilizados 300.000 militares sul-coreanos, assim como elementos chave do exército americano, entre eles uma brigada de combate e uma esquadra conduzida por um porta-aviões e submarinos de propulsão nuclear.
Em um comunicado divulgado horas antes do início dos exercícios, a poderosa Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte disse estar pronta para uma contraofensiva total.
- Em nome da justiça - "As manobras militares conjuntas organizadas pelos inimigos são encaradas como exercícios de guerra nuclear não dissimulados destinados a minar a soberania (da Coreia do Norte), sua resposta militar será efetuar ataques nucleares preventivos e ofensivos", adverte o comunicado.
Em uma declaração recolhida na sexta-feira pela agência oficial KCNA, o líder norte-coreano Kim Jong-un já deu o tom, depois da adoção de sanções na ONU: "Devemos estar sempre prontos, a cada instante, para utilizar nosso arsenal nuclear".
A retórica belicosa é uma constante do regime mais isolado do mundo quando as tensões aumentam com Seul. Pyongyang dispõe certamente de um pequeno arsenal de ogivas nucleares, mas os especialistas estão divididos quanto a sua capacidade para instalá-las em mísseis.
A Comissão de Defesa Nacional afirma que planos de "ataque nuclear preventivo em nome da justiça" foram elaborados pelo Comando Supremo do Exército Popular Coreano, validados por Kim, e estão prontos para ser aplicados "mesmo no caso da mínima ação militar" dos inimigos do Norte.
"O ataque nuclear às cegas (...) mostrará claramente aos entusiastas da agressão e da guerra a determinação" do Norte, prossegue a Comissão.
- Oceanos de chamas - Os alvos, afirma, podem ser sul-coreanos, mas os ataques também podem apontar contra as bases americanas da região Ásia-Pacífico e inclusive Estados Unidos.
"Se apertarmos os botões para aniquilar nossos inimigos (...), todas as origens das provocações ficarão reduzidas em um instante a oceanos de chamas e cinzas", acrescenta.
Os lançamentos de foguetes permitiram avançar com o programa norte-coreano de mísseis balísticos, mas a maioria dos especialistas pensam que Pyongyang não domina a tecnologia de entrada na atmosfera, depois da fase de voo balístico, que seria necessária para alcançar um território tão distante quanto os Estados Unidos.
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