Flórida se prepara para dar seu veredicto na corrida presidencial dos EUA
Miami, 9 Mar 2016 (AFP) - O estado chave da Flórida conta os dias para primárias que poderão definir a corrida à Casa Branca: entre os republicanos, Marco Rubio tem em jogo sua permanência na disputa eleitoral contra Donald Trump, enquanto a democrata Hillary Clinton busca um avanço definitivo rumo às presidenciais de novembro.
As primárias da Flórida em 15 de março podem ser decisivas sobretudo para os aspirantes republicanos, já que este será o primeiro estado que concederá todos os seus delegados (99) ao vencedor, diferentemente da divisão proporcional dos estados que já se pronunciaram.
Uma derrota de Marco Rubio, senador pela Flórida nascido há 44 anos em Miami, filho de pais cubanos e que teve grande parte de sua ascensão política meteórica nesse estado, seria um tropeço do qual seria quase impossível se recuperar, sustentam analistas.
"Acredito que, se Rúbio não vencer, ficará fora da disputa, é tudo ou nada em seu caso", indicou à AFP Lance Dehaven-Smith, professor de Ciência Política da Florida State University em Tallahassee, capital da Flórida.
As pesquisas não preveem boas notícias para Rubio: com 27%, está muito atrás do magnata Donald Trump, com 43% neste estado do sudeste dos Estados Unidos, embora à frente do senador ultraconservador Ted Cruz (13,5%) e do governador de Ohio, John Kasich (8,8%), segundo uma média das pesquisas do site RealClearPolitics.com.
VotosA população diversificada da Flórida, onde vivem muitas pessoas que chegaram de outras partes do país e que conta com importantes minorias hispânica e negra, tende a votar em linha com o resto do país, segundo os analistas, o que neste caso favorece Trump, que leva a liderança entre os republicanos após cinco semanas de primárias.
Já Rubio teve até então um desempenho muito medíocre, com apenas duas vitórias, uma em Minnesota e outra em Porto Rico, onde os habitantes não votam nas presidenciais, apenas nas primárias. A sua frente aparece o senador Cruz, que obteve seis vitórias e se delineou como a alternativa mais viável a Trump, a quem as elites do partido resistem em apoiar.
"Será muito difícil (para Rubio), porque vários eleitores mais velhos pensam que Rubio é muito jovem e que ainda tem um longo caminho pela frente, e, claro, há a comunidade hispânica, onde há uma natural fração entre os cubanos e os de outras origens", indicou Susan MacManus, professora da University of South Florida em Tampa.
Uma das incógnitas que ainda precisa ser resolvida é se Jeb Bush, o ex-governador da Flórida que se retirou da disputa em fevereiro, apoiará algum candidato, disse MacManus. Seu apoio pode dar um forte incentivo a Rubio, seu antigo pupilo, mas de quem se afastou após fortes discussões nas primárias.
Comícios e debatesA importância da Flórida, considerado um estado "dobradiça" - que nas presidenciais pode se inclinar tanto pelos democratas quanto pelos republicanos - e o terceiro mais populoso do país, ficou em evidência desde a "Super Terça" de 1º de março, quando Rubio, Trump e Hillary fizeram seu discurso no encerramento deste importante dia neste estado.
Agora, os candidatos começaram a dedicar recursos e tempo ao estado, que verá uma série de comícios que percorrerão seu território, do norte mais conservador até o sul, que costuma ser mais democrata.
Todos convergirão em Miami, para participar de um debate democrata na quarta-feira e para um republicano na quinta-feira.
Entre os democratas, a composição demográfica do estado, com um quarto da população hispânica e mais de 16% negra, pode favorecer Hillary, que de qualquer forma ela está na dianteira nas pesquisas, com 57% das adesões contra 32,8% para seu rival Bernie Sanders.
Uma vitória solidificaria a vantagem da ex-secretária de Estado contra o senador de Vermont. Em jogo estão 214 delegados, que, diferentemente dos republicanos, são divididos de forma proporcional.
Estima-se que 3 milhões dos quase 12 milhões de eleitores registrados na Flórida (4,2 registrados como republicanos, 4,5 milhões democratas e quase 3 milhões independentes) participarão das primárias do estado, onde os eleitores podem votar por correio ou antecipadamente, o que já estão fazendo.
As primárias da Flórida em 15 de março podem ser decisivas sobretudo para os aspirantes republicanos, já que este será o primeiro estado que concederá todos os seus delegados (99) ao vencedor, diferentemente da divisão proporcional dos estados que já se pronunciaram.
Uma derrota de Marco Rubio, senador pela Flórida nascido há 44 anos em Miami, filho de pais cubanos e que teve grande parte de sua ascensão política meteórica nesse estado, seria um tropeço do qual seria quase impossível se recuperar, sustentam analistas.
"Acredito que, se Rúbio não vencer, ficará fora da disputa, é tudo ou nada em seu caso", indicou à AFP Lance Dehaven-Smith, professor de Ciência Política da Florida State University em Tallahassee, capital da Flórida.
As pesquisas não preveem boas notícias para Rubio: com 27%, está muito atrás do magnata Donald Trump, com 43% neste estado do sudeste dos Estados Unidos, embora à frente do senador ultraconservador Ted Cruz (13,5%) e do governador de Ohio, John Kasich (8,8%), segundo uma média das pesquisas do site RealClearPolitics.com.
VotosA população diversificada da Flórida, onde vivem muitas pessoas que chegaram de outras partes do país e que conta com importantes minorias hispânica e negra, tende a votar em linha com o resto do país, segundo os analistas, o que neste caso favorece Trump, que leva a liderança entre os republicanos após cinco semanas de primárias.
Já Rubio teve até então um desempenho muito medíocre, com apenas duas vitórias, uma em Minnesota e outra em Porto Rico, onde os habitantes não votam nas presidenciais, apenas nas primárias. A sua frente aparece o senador Cruz, que obteve seis vitórias e se delineou como a alternativa mais viável a Trump, a quem as elites do partido resistem em apoiar.
"Será muito difícil (para Rubio), porque vários eleitores mais velhos pensam que Rubio é muito jovem e que ainda tem um longo caminho pela frente, e, claro, há a comunidade hispânica, onde há uma natural fração entre os cubanos e os de outras origens", indicou Susan MacManus, professora da University of South Florida em Tampa.
Uma das incógnitas que ainda precisa ser resolvida é se Jeb Bush, o ex-governador da Flórida que se retirou da disputa em fevereiro, apoiará algum candidato, disse MacManus. Seu apoio pode dar um forte incentivo a Rubio, seu antigo pupilo, mas de quem se afastou após fortes discussões nas primárias.
Comícios e debatesA importância da Flórida, considerado um estado "dobradiça" - que nas presidenciais pode se inclinar tanto pelos democratas quanto pelos republicanos - e o terceiro mais populoso do país, ficou em evidência desde a "Super Terça" de 1º de março, quando Rubio, Trump e Hillary fizeram seu discurso no encerramento deste importante dia neste estado.
Agora, os candidatos começaram a dedicar recursos e tempo ao estado, que verá uma série de comícios que percorrerão seu território, do norte mais conservador até o sul, que costuma ser mais democrata.
Todos convergirão em Miami, para participar de um debate democrata na quarta-feira e para um republicano na quinta-feira.
Entre os democratas, a composição demográfica do estado, com um quarto da população hispânica e mais de 16% negra, pode favorecer Hillary, que de qualquer forma ela está na dianteira nas pesquisas, com 57% das adesões contra 32,8% para seu rival Bernie Sanders.
Uma vitória solidificaria a vantagem da ex-secretária de Estado contra o senador de Vermont. Em jogo estão 214 delegados, que, diferentemente dos republicanos, são divididos de forma proporcional.
Estima-se que 3 milhões dos quase 12 milhões de eleitores registrados na Flórida (4,2 registrados como republicanos, 4,5 milhões democratas e quase 3 milhões independentes) participarão das primárias do estado, onde os eleitores podem votar por correio ou antecipadamente, o que já estão fazendo.