Papa Francisco visitará ilha grega de Lesbos em 16 de abril
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Alexander Zemlianichenko/AP
Velas são colocadas no local onde Boris Nemtsov foi morto em Moscou, em fevereiro
Convidado por Bartolomeu I, o patriarca de Constantinopla e líder espiritual dos ortodoxos, e pela presidência grega, Francisco visitará a ilha "para reunir-se com os migrantes acolhidos ali", explicou o Vaticano.
O pontífice argentino, filho de imigrantes italianos, é muito sensível ao tema e desde que foi eleito em março de 2013 para liderar a Igreja Católica tem expressado solidariedade aos imigrantes de todo o mundo, que arriscam a própria vida em busca de uma situação melhor ou que se viram obrigados a fugir da fome e dos conflitos.
O papa deve permanecer apenas algumas horas em Lesbos, como aconteceu em julho de 2013 durante sua primeira viagem dentro da Itália, quando visitou a ilha de Lampedusa, onde denunciou a indiferença da Europa ante o drama dos emigrantes e refugiados após vários naufrágios dramáticos.
Em Lesbos, atual símbolo da tragédia, o papa denunciará a política de devolução dos refugiados e dará seu apoio aos sírios que estão sendo expulsos da Europa.
A ilha grega é atualmente a principal porta de entrada dos imigrantes na Europa e abriga 3.000 pessoas, em grande parte no campo de Moria.
Francisco voltará a denunciar a situação dos imigrantes e refugiados, a quem recordou durante a Via Crucis da Semana Santa.
A visita acontecerá uma semana depois do início das deportações de imigrantes de Lesbos para a Turquia, em virtude do acordo assinado entre a União Europeia e Ancara para tentar conter a crise de refugiados.
O papa deve viajar à Armênia em junho e para a Polônia em julho.