Chefe da CIA rejeitará uso de tortura mesmo sob ordem presidencial

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Washington, 11 Abr 2016 (AFP) - O diretor da CIA, John Brennan, prometeu que a agência de inteligência não usará as polêmicas técnicas de interrogatório contra os suspeitos de terrorismo, como por exemplo a simulação de afogamento (também conhecida como submarino), mesmo que um novo presidente as ordene.

"Não aceitarei o uso de algumas destas táticas e estas polêmicas técnicas", disse Brennan em uma entrevista à NBC News que será transmitida nesta segunda-feira.

As declarações de Brennan podem ter consequências na corrida pela Casa Branca. O candidato republicano Donald Trump disse que, se for eleito presidente, deseja modificar as leis que proíbem o uso da tortura nos Estados Unidos.

"É claro, não aceitarei que um agente da CIA execute novamente o submarino (simulação de afogamento)", disse Brennan.

O governo de George W. Bush proibiu em 2006 a prática do submarino depois do escândalo por sua utilização, especialmente na CIA, contra suspeitos de terrorismo.

Trump, favorito para conquistar a indicação presidencial republicana, realizou recentemente uma série de comentários polêmicos sobre a luta dos Estados Unidos contra o grupo Estado Islâmico (EI) e outras organizações jihadistas.

O candidato disse que o submarino "está bem, mas não dura tempo suficiente". No ano passado havia afirmado que caso fosse presidente ordenaria eliminar as famílias dos suspeitos de terrorismo.

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