Atraso em repatriação de vítimas do acidente da Germanwings irrita parentes
Familiares das vítimas do avião da Germanwings que foi lançado deliberadamente nos Alpes franceses enviaram uma carta de descontentamento à Lufthansa (companhia matriz) pelo atraso na repatriação, comunicou seu advogado nesta sexta-feira (5).
Os corpos deveriam ser repatriados entre os dias 9 e 10 de junho, mas a Lufthansa já comunicou a existência de um atraso aos familiares nesta semana, disse Elmar Giemulla, advogado de vítimas da cidade alemã de Haltern (noroeste).
"A raiva e o desespero aumentam", escreveram as famílias dos 16 adolescentes que estavam entre as 150 pessoas mortas no drama de 24 de março (passageiros e tripulação).
O primeiro funeral dos estudantes de Haltern, que voltavam de uma viagem de intercâmbio na Espanha quando o copiloto derrubou o avião, estava previsto para 12 de junho.
No entanto, a Lufthansa informou nesta semana que "novos requisitos administrativos" representaram um atraso temporário na repatriação dos restos das vítimas, segundo as famílias.
Contactada pela AFP na quinta-feira, a Germanwings confirmou que ocorreram erros na emissão das certidões de óbito, cuja validade expirou e precisaram ser reemitidas, o que gerou um atraso.
"Estamos trabalhando intensamente para encontrar uma solução o mais rápido possível", disse o porta-voz da Germanwings, sem especificar um prazo.
O jornal local Cologne Express disse que os erros no envio das certidões de óbito procedentes da França atrasaram o processo.
Os investigadores terminaram no mês passado de identificar os restos dos passageiros do voo acidentado na rota entre Barcelona e Duesseldorf.
O copiloto alemão de 27 anos Andreas Lubitz, que tinha um histórico de depressão aguda, derrubou intencionalmente o avião, confirmaram os investigadores.
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