O extremista de direita norueguês Anders Behring Breivik disse estar disposto a realizar uma greve de fome até morrer se não receber um melhor tratamento na prisão, segundo sua mais recente carta aos jornalistas.

Breivik, de 36 anos, cumpre uma pena de 21 anos de prisão que pode ser prolongada enquanto for considerado perigoso, depois de ter assassinado 77 pessoas em julho de 2011 em nome da luta contra o multiculturalismo.

O site norueguês Nettavisen indica ter recebido uma carta aberta, também dirigida a outros meios de comunicação e à administração penitenciária, na qual se queixa mais uma vez de suas condições entre as grades.

"Se não voltarem atrás com o endurecimento de 2 de setembro de 2015, acabarei fazendo uma greve de fome até morrer. Não aguento mais", afirma a carta.

A AFP não conseguiu contatar a o advogado de Breivik.

Por sua vez, as autoridades penitenciárias norueguesas se negam por costume a dar explicações sobre as condições de detenção dos presos.

Anders Behring Breivik taxa de "tortura" o regime de isolamento a que está submetido na prisão de Skien.

Em 2014, esgotou seus recursos jurídicos quando a polícia arquivou uma denúncia que ele apresentou neste sentido.

Desde então, seu único meio de protesto são as cartas à imprensa, nas quais, inclusive, faz exigências debochadas, como reclamar que seu Playstation 2 fosse substituído por um Playstation 3 se não faria greve de fome.