Advogados do fundador do WikiLeaks pedem retirada de ordem de captura

Estocolmo, 22 Fev 2016 (AFP) - Os advogados de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, pediram ao Tribunal de Estocolmo que retire a ordem de captura contra seu cliente, indicaram nesta segunda-feira.

Os advogados suecos se baseiam na decisão de 5 de fevereiro de um grupo de trabalho da ONU, que considera que Assange - refugiado na embaixada equatoriana em Londres - é vítima de uma ordem de detenção arbitrária.

Indicaram ter pedido, com base neste novo elemento, o reinício do procedimento para questionar a ordem de captura europeia, que já perderam uma primeira vez ante o tribunal e a corte de apelações de Estocolmo, assim como ante a Suprema Corte sueca.

"Queremos que reexaminem a decisão e a anulem", declarou à AFP Tomas Olsson.

"Penso que (a decisão do grupo de trabalho da ONU) é um fato importante e deve ser levado em conta", acrescentou.

A ordem de captura europeia foi emitida em novembro de 2010 para interrogar o australiano pelas acusações de estupro apresentadas três meses antes por parte de uma sueca. Depois de ter negado em vão estas acusações ante a justiça britânica, Assange se refugiou na embaixada do Equador em Londres em junho de 2012.

Em março de 2015, os magistrados suecos aceitaram a ideia de um interrogatório em Londres, que ainda não ocorreu por complicações de procedimento.

Assange, que nega as acusações, considera que a opinião do grupo de trabalho da ONU é uma "vitória de importância histórica" e pede o retorno de sua liberdade de movimento.

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