Para procurador argentino, homicídio é tese mais sólida para morte de Nisman
Buenos Aires, 25 Fev 2016 (AFP) - Um promotor de uma corte de apelações argentina considera que o homicídio é a tese mais sólida no caso da morte de seu colega Alberto Nisman, que investigava o atentado contra o centro judaico AMIA em 1994, informaram nesta quinta-feira fontes judiciais.
Em janeiro de 2015, a mãe de Nisman encontrou o corpo do filho no banheiro do seu apartamento em Buenos Aires, com um tiro na cabeça de uma pistola que tinha pedido emprestada a um colaborador seu, único acusado no caso pelo crime de entregar uma arma sem permissão das autoridades.
Nisman encabeçava a investigação do caso pelo artefato explosivo que destruiu a sede da Associação Mutual Judaica Israelita Argentina (AMIA), que deixou 85 mortos e 300 feridos.
"O objeto processual desta causa de acordo com a prova produzida até o momento é constituído pela hipótese de que Nisman foi vítima do crime de homicídio", disse Ricardo Saénz em seu parecer, a pedido da família demandante, que assegura que a morte resultou de um crime.
Em 2006, com o apoio do falecido presidente Néstor Kirchner (2003-2007), Nisman acusou pelo ataque ex-governantes iranianos, entre eles o ex-presidente Ali Rafsanjani.
O caso não pôde avançar nem mesmo quando a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) assinou um acordo com o Irã para formar uma comissão internacional investigadora. Teerã negou-se a que seus ex-governantes fossem interrogados, apesar de Kirchner tê-lo pedido até o final de seu mandato nas assembleias das Nações Unidas.
Nisman se opôs ao acordo e acusou Kirchner de atrapalhar a investigação mediante o acordo com o Irã. Quatro dias depois, apareceu morto em circunstâncias estranhas.
O governo informou na ocasião que a denúncia do procurador teve motivações políticas, destinadas a envolver o país na guerra do Oriente Médio e na postura de enfrentamento dos países desenvolvidos contra o governo iraniano.
Nisman devia depor ante uma comissão do Congresso para explicar sua denúncia. A justiça argentina informou, então, que a acusação contra Kirchner carecia completamente de contexto.
O caso da morte do procurador está nas mãos da juíza Fabiana Palmaghini. Saénz afirma que ela deve ser afastada do caso e a investigação, transferida ao foro federal, caso se prove que foi um crime. A corte deverá se pronunciar.
Perícias oficiais determinaram que ninguém estava com Nisman no momento em que ocorreu o disparo, mas a família e um setor da comunidade judaica sustentam que se tratou de um assassinato.
A Argentina tem a maior comunidade judaica da América Latina, com 300 mil membros.
Em janeiro de 2015, a mãe de Nisman encontrou o corpo do filho no banheiro do seu apartamento em Buenos Aires, com um tiro na cabeça de uma pistola que tinha pedido emprestada a um colaborador seu, único acusado no caso pelo crime de entregar uma arma sem permissão das autoridades.
Nisman encabeçava a investigação do caso pelo artefato explosivo que destruiu a sede da Associação Mutual Judaica Israelita Argentina (AMIA), que deixou 85 mortos e 300 feridos.
"O objeto processual desta causa de acordo com a prova produzida até o momento é constituído pela hipótese de que Nisman foi vítima do crime de homicídio", disse Ricardo Saénz em seu parecer, a pedido da família demandante, que assegura que a morte resultou de um crime.
Em 2006, com o apoio do falecido presidente Néstor Kirchner (2003-2007), Nisman acusou pelo ataque ex-governantes iranianos, entre eles o ex-presidente Ali Rafsanjani.
O caso não pôde avançar nem mesmo quando a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) assinou um acordo com o Irã para formar uma comissão internacional investigadora. Teerã negou-se a que seus ex-governantes fossem interrogados, apesar de Kirchner tê-lo pedido até o final de seu mandato nas assembleias das Nações Unidas.
Nisman se opôs ao acordo e acusou Kirchner de atrapalhar a investigação mediante o acordo com o Irã. Quatro dias depois, apareceu morto em circunstâncias estranhas.
O governo informou na ocasião que a denúncia do procurador teve motivações políticas, destinadas a envolver o país na guerra do Oriente Médio e na postura de enfrentamento dos países desenvolvidos contra o governo iraniano.
Nisman devia depor ante uma comissão do Congresso para explicar sua denúncia. A justiça argentina informou, então, que a acusação contra Kirchner carecia completamente de contexto.
O caso da morte do procurador está nas mãos da juíza Fabiana Palmaghini. Saénz afirma que ela deve ser afastada do caso e a investigação, transferida ao foro federal, caso se prove que foi um crime. A corte deverá se pronunciar.
Perícias oficiais determinaram que ninguém estava com Nisman no momento em que ocorreu o disparo, mas a família e um setor da comunidade judaica sustentam que se tratou de um assassinato.
A Argentina tem a maior comunidade judaica da América Latina, com 300 mil membros.