Lava Jato: cronologia da investigação sobre escândalo de corrupção da Petrobras
São Paulo, 4 Mar 2016 (AFP) - A Operação Lava Jato, que investiga a rede de corrupção e pagamento de propina na Petrobras, completa dois anos em março com um novo marco, as buscas na casa do ex-presidente Lula e sua condução para depor na Polícia.
A investigação, considerada a maior da história do Brasil, custou à petroleira mais de dois bilhões de dólares e está centralizada na justiça federal de Curitiba (sul), exceto pelos políticos protegidos por foro privilegiado, cujos processos são analisados na Suprema Corte, em Brasília.
Dezenas de políticos, diretores da petroleira e empresários estão na prisão ou são investigados.
Datas-chave deste escândalo:
- 2016 -
4 de março: a polícia faz buscas na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) em São Paulo e o leva a depor para investigar se cometeu delitos de corrupção e lavagem de dinheiro na 24ª fase da operação Lava Jato.
23 de fevereiro: o principal encarregado pela publicidade das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, João Santana, e sua mulher são detidos para esclarecer se os milionários pagamentos recebidos do exterior provinham de uma construtora e de um operador financeiro ligados ao esquema montado na Petrobras.
3 de fevereiro: O ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada é condenado a doze anos de dois meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
- 2015 -
25 de novembro: o senador do Partido dos Trabalhadores (PT), Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, é detido por obstruir as investigações. Amaral saiu da prisão quase três meses depois e a revista IstoÉ publicou em 3 de março de 2016 supostas declarações dele à Justiça que acusam Dilma Rousseff de interferir nas investigações e Lula de estar a par do esquema.
O banqueiro André Esteves, presidente do BTG, o maior banco de investimentos da América Latina, também foi detido em 25 de novembro, acusado de querer comprar o silêncio de um ex-diretor da Petrobras, acusado de corrupção. Ele foi libertado em 18 de dezembro.
21 de setembro: o tesoureiro do PT José Vaccari Neto, acusado de 44 delitos de lavagem de dinheiro e detido desde abril, é condenado a 15 anos e 4 meses de prisão. Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, é condenado a mais de 20 anos de prisão na mesma data.
20 de agosto: o procurador-geral da República denuncia que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, recebeu pelo menos cinco milhões de dólares em suborno no esquema. Na quinta-feira, 3 de março, a Suprema Corte acolheu as denúncias contra Cunha e este, terceiro na linha sucessória da Presidência do Brasil, se tornou o primeiro político com foro privilegiado a enfrentar uma ação penal no Petrolão.
No mesmo dia, também é acusado o ex-presidente Fernando Collor por suposto envolvimento no esquema. A polícia sequestra carros de luxo de uma de suas residências.
3 de agosto: José Dirceu, ex-chefe de gabinete de Lula, já condenado a sete anos de prisão por um esquema de propina contra legisladores no primeiro governo do ex-presidente, é detido e a procuradoria o acusa de ser um dos líderes do esquema de corrupção na Petrobras.
20 de julho: a justiça condena a mais de 15 anos de prisão os principais diretores da construtora Camargo Correa, Dalton Avancini e Eduardo Leite. Ambos assinaram um acordo de colaboração com a procuradoria para cumprir a sentença em prisão domiciliar.
19 de junho: são detidos os empresários Marcelo Odebrecht e Otavio Marques de Azevedo, presidentes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez, duas das maiores empreiteiras do país, pela suposta participação no esquema de corrupção e pagamento de suborno.
26 de maio: o ex-chefe da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró é condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.
18 de abril: as primeiras condenações da operação contra Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012, e o doleiro Alberto Youssef. Ambos se tornaram delatores para buscar reduções em suas penas em troca de informação.
6 de março: o Supremo Tribunal Federal autoriza a investigação de 12 senadores e 22 deputados por corrupção na Petrobras, entre eles os presidentes das duas câmaras, que integram a coalizão de governo.
- 2014 -
17 de março: a polícia lança a primeira fase da operação com 17 detenções incluído Alberto Youssef. No dia seguinte, é detido Paulo Roberto Costa.
A investigação, considerada a maior da história do Brasil, custou à petroleira mais de dois bilhões de dólares e está centralizada na justiça federal de Curitiba (sul), exceto pelos políticos protegidos por foro privilegiado, cujos processos são analisados na Suprema Corte, em Brasília.
Dezenas de políticos, diretores da petroleira e empresários estão na prisão ou são investigados.
Datas-chave deste escândalo:
- 2016 -
4 de março: a polícia faz buscas na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) em São Paulo e o leva a depor para investigar se cometeu delitos de corrupção e lavagem de dinheiro na 24ª fase da operação Lava Jato.
23 de fevereiro: o principal encarregado pela publicidade das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, João Santana, e sua mulher são detidos para esclarecer se os milionários pagamentos recebidos do exterior provinham de uma construtora e de um operador financeiro ligados ao esquema montado na Petrobras.
3 de fevereiro: O ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada é condenado a doze anos de dois meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
- 2015 -
25 de novembro: o senador do Partido dos Trabalhadores (PT), Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, é detido por obstruir as investigações. Amaral saiu da prisão quase três meses depois e a revista IstoÉ publicou em 3 de março de 2016 supostas declarações dele à Justiça que acusam Dilma Rousseff de interferir nas investigações e Lula de estar a par do esquema.
O banqueiro André Esteves, presidente do BTG, o maior banco de investimentos da América Latina, também foi detido em 25 de novembro, acusado de querer comprar o silêncio de um ex-diretor da Petrobras, acusado de corrupção. Ele foi libertado em 18 de dezembro.
21 de setembro: o tesoureiro do PT José Vaccari Neto, acusado de 44 delitos de lavagem de dinheiro e detido desde abril, é condenado a 15 anos e 4 meses de prisão. Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, é condenado a mais de 20 anos de prisão na mesma data.
20 de agosto: o procurador-geral da República denuncia que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, recebeu pelo menos cinco milhões de dólares em suborno no esquema. Na quinta-feira, 3 de março, a Suprema Corte acolheu as denúncias contra Cunha e este, terceiro na linha sucessória da Presidência do Brasil, se tornou o primeiro político com foro privilegiado a enfrentar uma ação penal no Petrolão.
No mesmo dia, também é acusado o ex-presidente Fernando Collor por suposto envolvimento no esquema. A polícia sequestra carros de luxo de uma de suas residências.
3 de agosto: José Dirceu, ex-chefe de gabinete de Lula, já condenado a sete anos de prisão por um esquema de propina contra legisladores no primeiro governo do ex-presidente, é detido e a procuradoria o acusa de ser um dos líderes do esquema de corrupção na Petrobras.
20 de julho: a justiça condena a mais de 15 anos de prisão os principais diretores da construtora Camargo Correa, Dalton Avancini e Eduardo Leite. Ambos assinaram um acordo de colaboração com a procuradoria para cumprir a sentença em prisão domiciliar.
19 de junho: são detidos os empresários Marcelo Odebrecht e Otavio Marques de Azevedo, presidentes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez, duas das maiores empreiteiras do país, pela suposta participação no esquema de corrupção e pagamento de suborno.
26 de maio: o ex-chefe da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró é condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.
18 de abril: as primeiras condenações da operação contra Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012, e o doleiro Alberto Youssef. Ambos se tornaram delatores para buscar reduções em suas penas em troca de informação.
6 de março: o Supremo Tribunal Federal autoriza a investigação de 12 senadores e 22 deputados por corrupção na Petrobras, entre eles os presidentes das duas câmaras, que integram a coalizão de governo.
- 2014 -
17 de março: a polícia lança a primeira fase da operação com 17 detenções incluído Alberto Youssef. No dia seguinte, é detido Paulo Roberto Costa.