Tropas do regime sírio preparam assalto a Palmira
Beirute, 23 Mar 2016 (AFP) - As tropas do regime sírio, apoiadas pela aviação russa, estavam nesta quarta-feira no limite da cidade histórica de Palmira, ainda sob o controle do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
As forças leais a Damasco, apoiadas pela aviação russa, "estão a 800 metros de Palmira", conhecida como a "Pérola do Deserto", segundo um oficial sírio. "O Exército está para lançar a ofensiva final de libertação da cidade".
A retomada de Palmira é vital para os planos do regime, já que permitiria recuperar o controle do deserto e chegar à fronteira com o Iraque, situada mais ao leste e nas mãos dos jihadistas.
Mais cedo, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) havia informado que "as forças do regime se encontravam a dois quilômetros do lado sul da cidade e a cinco quilômetros da parte oeste".
De acordo com o OSDH, o Exército "avançou depois de ter assumido o controle da colina de Al Hiyal, situada do lado sudoeste" de Palmira.
O Exército, com a ajuda da aviação russa, iniciou me 7 de março uma batalha para reconquistar a cidade, que está na lista de patrimônio mundial da humanidade da Unesco. O EI controla a localidade desde maio de 2015.
Desde então, o grupo jihadista destruiu vários tesouros arqueológicos como o conhecido Arco do Triunfo, os templos de Bel e de Balshamin e as torres funerárias, símbolo da importância da cidade nos primeiros séculos do cristianismo.
Na frente diplomática, o secretário americano de Estado, John Kerry, chegou a Moscou para se reunir nesta quinta-feira com o presidente Vladimir Putin visando promover uma solução para o conflito, que já deixou mais de 270 mil mortos e milhões de refugiados desde 2011.
As negociações de Genebra, iniciadas há dez dias e que serão concluídas nesta quinta-feira, foram possíveis graças a um cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos e a Rússia, que é observado há cerca de quatro semanas. A trégua não se aplica aos grupos jihadistas.
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, pediu "a ajuda de Kerry e de Lavrov" para solucionar o conflito. "Conseguiram no passado e espero que possam fazê-lo no futuro. Quando compartilham as mesmas perspectivas, isto ajuda muito no processo".
Apesar da posição comum sobre certos pontos do processo de paz, Estados Unidos e Rússia não concordam sobre o futuro de Assad.
Washington considera que a renúncia de Assad é uma condição para o sucesso das negociações de paz. Para Moscou, apenas os eleitores sírios têm o direito de decidir sobre o futuro do presidente.
O opositor ACN (Alto Comitê de Negociações) espera que "uma mensagem firme seja enviada ao presidente Bashar Al Assad: não pode seguir paralisando a transição política que o povo sírio quer".
Para o chefe dos negociadores do regime sírio, Bashar al Jaafari, as grandes potências não podem interferir no destino de Assad. "Quando concordamos que o diálogo é inter-sírio e sem a interferência externa, isto se aplica aos russos e aos americanos".
Segundo o plano fixado pela ONU, as negociações de Genebra devem levar a criação, nos próximos meses, de um "órgão de transição" capaz de elaborar uma nova Constituição e de organizar eleições no prazo de 18 meses.
As forças leais a Damasco, apoiadas pela aviação russa, "estão a 800 metros de Palmira", conhecida como a "Pérola do Deserto", segundo um oficial sírio. "O Exército está para lançar a ofensiva final de libertação da cidade".
A retomada de Palmira é vital para os planos do regime, já que permitiria recuperar o controle do deserto e chegar à fronteira com o Iraque, situada mais ao leste e nas mãos dos jihadistas.
Mais cedo, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) havia informado que "as forças do regime se encontravam a dois quilômetros do lado sul da cidade e a cinco quilômetros da parte oeste".
De acordo com o OSDH, o Exército "avançou depois de ter assumido o controle da colina de Al Hiyal, situada do lado sudoeste" de Palmira.
O Exército, com a ajuda da aviação russa, iniciou me 7 de março uma batalha para reconquistar a cidade, que está na lista de patrimônio mundial da humanidade da Unesco. O EI controla a localidade desde maio de 2015.
Desde então, o grupo jihadista destruiu vários tesouros arqueológicos como o conhecido Arco do Triunfo, os templos de Bel e de Balshamin e as torres funerárias, símbolo da importância da cidade nos primeiros séculos do cristianismo.
Na frente diplomática, o secretário americano de Estado, John Kerry, chegou a Moscou para se reunir nesta quinta-feira com o presidente Vladimir Putin visando promover uma solução para o conflito, que já deixou mais de 270 mil mortos e milhões de refugiados desde 2011.
As negociações de Genebra, iniciadas há dez dias e que serão concluídas nesta quinta-feira, foram possíveis graças a um cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos e a Rússia, que é observado há cerca de quatro semanas. A trégua não se aplica aos grupos jihadistas.
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, pediu "a ajuda de Kerry e de Lavrov" para solucionar o conflito. "Conseguiram no passado e espero que possam fazê-lo no futuro. Quando compartilham as mesmas perspectivas, isto ajuda muito no processo".
Apesar da posição comum sobre certos pontos do processo de paz, Estados Unidos e Rússia não concordam sobre o futuro de Assad.
Washington considera que a renúncia de Assad é uma condição para o sucesso das negociações de paz. Para Moscou, apenas os eleitores sírios têm o direito de decidir sobre o futuro do presidente.
O opositor ACN (Alto Comitê de Negociações) espera que "uma mensagem firme seja enviada ao presidente Bashar Al Assad: não pode seguir paralisando a transição política que o povo sírio quer".
Para o chefe dos negociadores do regime sírio, Bashar al Jaafari, as grandes potências não podem interferir no destino de Assad. "Quando concordamos que o diálogo é inter-sírio e sem a interferência externa, isto se aplica aos russos e aos americanos".
Segundo o plano fixado pela ONU, as negociações de Genebra devem levar a criação, nos próximos meses, de um "órgão de transição" capaz de elaborar uma nova Constituição e de organizar eleições no prazo de 18 meses.