EUA: condenação de Karadzic fecha capítulo doloroso na história da ex-Iugoslávia
Washington, 24 Mar 2016 (AFP) - Os Estados Unidos responderam nesta quinta-feira com moderação à condenação por genocídio do ex-líder sérvio-bósnio, Radovan Karadzic, afirmando que se está encerrando um "capítulo doloroso" na história da antiga Iugoslávia.
O Departamento de Estado não emitiu um comunicado após o veredicto do Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII) em Haia, como é habitual.
A diplomacia americana limitou-se a uma breve exposição de seu porta-voz durante sua coletiva diária: "demos um passo para o encerramento de outro doloroso capítulo da história do conflito na antiga Iugoslávia", disse Mark Toner.
"Nunca nos esqueceremos dos horrores do genocídio na Bósnia e os muitos outros crimes cometidos por todas as partes do conflito na antiga Iugoslávia e nunca deixaremos de honrar as vítimas e os sobreviventes", acrescentou o diplomata.
A embaixadora americana na ONU, Samantha Power, foi mais eloquente, ao destacar, em um comunicado, o final da "impunidade" de Karadzic, cujos "crimes incontáveis alteram a consciência".
"Era um homem que pensava que podia fazer o que quisesse quando quisesse", escreveu Power, lembrando que ela foi jornalista na ex-Iugoslávia entre 1993 e 1995 e que havia coberto coletivas de imprensa com o ex-líder sérvio-bósnio.
"Duvido que considerasse seriamente que algum dia poderia ser considerado responsável", disse a ex-repórter, que se tornou representante do governo dos Estados Unidos nas Nações Unidas.
Nesta quinta-feira, o TPII condenou Karadzic a 40 anos de prisão pelo genocídio de Srebenica e crimes contra a Humanidade durante o conflito da Bósnia, após um longo processo.
O tribunal, criado pela ONU para julgar crimes durante esta sangrenta guerra civil, considerou provado que Karadzic desempenhou um papel relevante na exacerbação do conflito que custou mais de cem mil vidas entre 1992 e 1995.
O sérvio-bósnio, agora com 70 anos, foi considerado culpado particularmente pelo massacre de oito mil muçulmanos, muitos deles crianças, em Srebenica, ao leste da Bósnia, assim como de outras nove acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.
Karadzic é até o momento o dirigente de mais alto posto sentenciado pelo TPII, após a morte, em 2006, durante seu julgamento, do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic.
O Departamento de Estado não emitiu um comunicado após o veredicto do Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII) em Haia, como é habitual.
A diplomacia americana limitou-se a uma breve exposição de seu porta-voz durante sua coletiva diária: "demos um passo para o encerramento de outro doloroso capítulo da história do conflito na antiga Iugoslávia", disse Mark Toner.
"Nunca nos esqueceremos dos horrores do genocídio na Bósnia e os muitos outros crimes cometidos por todas as partes do conflito na antiga Iugoslávia e nunca deixaremos de honrar as vítimas e os sobreviventes", acrescentou o diplomata.
A embaixadora americana na ONU, Samantha Power, foi mais eloquente, ao destacar, em um comunicado, o final da "impunidade" de Karadzic, cujos "crimes incontáveis alteram a consciência".
"Era um homem que pensava que podia fazer o que quisesse quando quisesse", escreveu Power, lembrando que ela foi jornalista na ex-Iugoslávia entre 1993 e 1995 e que havia coberto coletivas de imprensa com o ex-líder sérvio-bósnio.
"Duvido que considerasse seriamente que algum dia poderia ser considerado responsável", disse a ex-repórter, que se tornou representante do governo dos Estados Unidos nas Nações Unidas.
Nesta quinta-feira, o TPII condenou Karadzic a 40 anos de prisão pelo genocídio de Srebenica e crimes contra a Humanidade durante o conflito da Bósnia, após um longo processo.
O tribunal, criado pela ONU para julgar crimes durante esta sangrenta guerra civil, considerou provado que Karadzic desempenhou um papel relevante na exacerbação do conflito que custou mais de cem mil vidas entre 1992 e 1995.
O sérvio-bósnio, agora com 70 anos, foi considerado culpado particularmente pelo massacre de oito mil muçulmanos, muitos deles crianças, em Srebenica, ao leste da Bósnia, assim como de outras nove acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.
Karadzic é até o momento o dirigente de mais alto posto sentenciado pelo TPII, após a morte, em 2006, durante seu julgamento, do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic.