Sanders pressiona Clinton nas primárias deste sábado
Washington, 26 Mar 2016 (AFP) - Os estados do Alaska, Havaí e Washington votaram neste sábado para escolher o candidato presidencial democrata com o senador Bernie Sanders forçado a ganhar amplamente para se aproximar de Hillary Clinton.
O reduto mais importante é Washington, que garante 110 delegados à convenção nacional do Partido Democrata que será realizada no final de julho na Filadélfia para escolher o candidato.
As primeiras notícias deste sábado indicaram a presença maciça de eleitores nas assembleias no estado de Washington, enquanto as imagens de TV exibiam filas longas de eleitores em diversos pontos do Alasca.
Segundo as projeções das redes americanas de TV, o senador Bernie Sanders venceu no Alasca, com aproximadamente 79% dos votos, contra 21% da ex-secretária de Estado Hillary Clinton. As redes de TV também apontam vitória de Sandres em Waghington.
- Mudanças de baixo para cima -"Queremos que nossos pais possam se aposentar com dignidade. E honestamente acho que Sanders é quem pode nos levar nessa direção", disse à televisão um jovem eleitor em Seattle, Washington, enquanto esperava a sua de participar de uma assembleia local.
O veterano senador precisa de vitórias contundentes para diminuir sua desvantagem em relação a Clinton. Como os democratas distribuem os delegados de forma proporcional, ainda na derrota a secretária de Estado continua acumulando delegados para a convenção nacional partidária.
Nessa disputa interna entre os democratas, Clinton já conta com o voto de 1.711 delegados, incluindo os "superdelegados", funcionários partidários e legisladores que têm o seu direito assegurado de votar na convenção.
Em comparação, Sanders conta com 952 delegados, de acordo com uma estimativa da CNN.
Em seu último ato de campanha antes da primária em Washington, Sanders pronunciou na sexta-feira um enérgico discurso em que questionou a brutalidade policial, denunciou o nível atual do salário mínimo e a enorme dívida que ameaça estudantes universitários.
"As mudanças políticas reais sempre acontecem de baixo para cima, quando milhões se unem. Precisamos de uma revolução política", disse Sanders a seus eleitores.
De acordo com uma pesquisa da RealClearPolitics, nos restantes dos Estados com maior distribuição de delegados (Califórnia, Nova York e Pensilvânia) Clinton tem uma vantagem que oscila de 9% entre os californianos e 34% entre os nova-iorquinos.
- Um simbolismo escondido -Sanders, no entanto, protagonizou um momento quase mágico na sexta-feira quando um pássaro aterrizou no palco e se instalou sobre o púlpito, junto ao microfone usado pelo senador.
Sanders interrompeu seu discurso por uns instantes sob aplausos do público. "Acho que deve de haver algum simbolismo nisso", comentou Sanders.
Sanders citou pesquisas que o apontam como vencedor folgado caso concorra com o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro.
"Pensar em Trump na Casa Branca provoca reações estranhas (...), que geram náuseas e outros sintomas. Mas a boa notícia é que Donald Trump não vai ser presidente dos Estados Unidos", afirmou.
Clinton parece esperar um resultado honroso em Washington, onde fez campanha na terça-feira e onde também fez campanha de seu marido, Bill, e sua filha, Chelsea.
Em 2008 Barack Obama venceu Hillary com folga em Washington, e em 1992 Bill Clinton terminou em quarto lugar nesse estado.
O governador, dois senadores e seis representantes de Washington democratas já deram seu apoio.
Clinton tem cortejado os sindicatos ao visitar Everett; onde 30.000 trabalhadores da Boeing constroem numa plataforma gigante os aviões 747 e os Dreamliner, entre outras aeronaves.
"Nós fazemos um grave erro de minar o trabalho dos carpinteiros, encanadores, técnicos, eletricistas e soldadores", disse Clinton terça-feira divulgando propostas para aumentar a produção.
As próximas semanas serão relativamente calmas. Em abril haverá primárias em Wisconsin (5), Wyoming (9) e Nova York (19) antes de um novo "Super Tuesday" no dia 26, com primárias em cinco estados.
ico/faa/mba/gm.
O reduto mais importante é Washington, que garante 110 delegados à convenção nacional do Partido Democrata que será realizada no final de julho na Filadélfia para escolher o candidato.
As primeiras notícias deste sábado indicaram a presença maciça de eleitores nas assembleias no estado de Washington, enquanto as imagens de TV exibiam filas longas de eleitores em diversos pontos do Alasca.
Segundo as projeções das redes americanas de TV, o senador Bernie Sanders venceu no Alasca, com aproximadamente 79% dos votos, contra 21% da ex-secretária de Estado Hillary Clinton. As redes de TV também apontam vitória de Sandres em Waghington.
- Mudanças de baixo para cima -"Queremos que nossos pais possam se aposentar com dignidade. E honestamente acho que Sanders é quem pode nos levar nessa direção", disse à televisão um jovem eleitor em Seattle, Washington, enquanto esperava a sua de participar de uma assembleia local.
O veterano senador precisa de vitórias contundentes para diminuir sua desvantagem em relação a Clinton. Como os democratas distribuem os delegados de forma proporcional, ainda na derrota a secretária de Estado continua acumulando delegados para a convenção nacional partidária.
Nessa disputa interna entre os democratas, Clinton já conta com o voto de 1.711 delegados, incluindo os "superdelegados", funcionários partidários e legisladores que têm o seu direito assegurado de votar na convenção.
Em comparação, Sanders conta com 952 delegados, de acordo com uma estimativa da CNN.
Em seu último ato de campanha antes da primária em Washington, Sanders pronunciou na sexta-feira um enérgico discurso em que questionou a brutalidade policial, denunciou o nível atual do salário mínimo e a enorme dívida que ameaça estudantes universitários.
"As mudanças políticas reais sempre acontecem de baixo para cima, quando milhões se unem. Precisamos de uma revolução política", disse Sanders a seus eleitores.
De acordo com uma pesquisa da RealClearPolitics, nos restantes dos Estados com maior distribuição de delegados (Califórnia, Nova York e Pensilvânia) Clinton tem uma vantagem que oscila de 9% entre os californianos e 34% entre os nova-iorquinos.
- Um simbolismo escondido -Sanders, no entanto, protagonizou um momento quase mágico na sexta-feira quando um pássaro aterrizou no palco e se instalou sobre o púlpito, junto ao microfone usado pelo senador.
Sanders interrompeu seu discurso por uns instantes sob aplausos do público. "Acho que deve de haver algum simbolismo nisso", comentou Sanders.
Sanders citou pesquisas que o apontam como vencedor folgado caso concorra com o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro.
"Pensar em Trump na Casa Branca provoca reações estranhas (...), que geram náuseas e outros sintomas. Mas a boa notícia é que Donald Trump não vai ser presidente dos Estados Unidos", afirmou.
Clinton parece esperar um resultado honroso em Washington, onde fez campanha na terça-feira e onde também fez campanha de seu marido, Bill, e sua filha, Chelsea.
Em 2008 Barack Obama venceu Hillary com folga em Washington, e em 1992 Bill Clinton terminou em quarto lugar nesse estado.
O governador, dois senadores e seis representantes de Washington democratas já deram seu apoio.
Clinton tem cortejado os sindicatos ao visitar Everett; onde 30.000 trabalhadores da Boeing constroem numa plataforma gigante os aviões 747 e os Dreamliner, entre outras aeronaves.
"Nós fazemos um grave erro de minar o trabalho dos carpinteiros, encanadores, técnicos, eletricistas e soldadores", disse Clinton terça-feira divulgando propostas para aumentar a produção.
As próximas semanas serão relativamente calmas. Em abril haverá primárias em Wisconsin (5), Wyoming (9) e Nova York (19) antes de um novo "Super Tuesday" no dia 26, com primárias em cinco estados.
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