Novas chegadas de migrantes em Idomeni após rumores de abertura da fronteira
Idomeni, Grécia, 27 Mar 2016 (AFP) - Rumores de uma iminente abertura da fronteira entre a Grécia e a Macedônia provocaram neste domingo grande movimentação no acampamento de Idomeni e um novo afluxo de migrantes, enquanto as autoridades gregas tentavam evacuar o local.
No final da manhã, cerca de 250 refugiados se dirigiam pacificamente para os trilhos do trem, cantando, à espera de outros migrantes, constatou um jornalista da AFP.
A polícia grega, equipada com escudos, também estava organizada.
"Sem violência, queremos apenas passar", podia ser lido em um cartaz. "A liberdade de circulação é um direito para todos", lia-se em outro.
"As pessoas estão aqui há bastante tempo. Acredito que é muito perigoso atravessar a fronteira, especialmente com crianças, mas o que podemos fazer?", disse Qasim Mosawy, um afegão de 24 anos.
Dezenas de migrantes chegavam de outros campos de refugiados ao posto fronteiriço de Idomeni, depois de rumores sobre a abertura da fronteira.
Algumas pessoas tentaram avançar em direção aos policiais alinhados, enquanto que, para evitar confrontos, outros migrantes formaram uma corrente humana a poucos metros da polícia.
Alguns confrontos ocorreram entre os próprios migrantes, porque sírios e iraquianos acusaram os afegãos de querer passar à força.
Esta onda de novos refugiados que chegam em Idomeni parece ter sido incentivada por um boato de que neste domingo, ao meio-dia, jornalistas internacionais e membros da Cruz Vermelha viriam ajudá-los a atravessar para a Macedônia, de acordo com informações de um sírio citadas pela agência grega ANA.
"Ouvimos hoje que a fronteira seria aberta (...) e que a Cruz Vermelha e 500 jornalistas de todo o mundo nos acompanhariam", afirmou.
"Pretendemos reforçar a nossa campanha de informação para os refugiados. Mas há pessoas que, por razões desconhecidas, levantam falsas esperanças", declarou neste domingo Giorgos Kyritsis, o porta-voz do SOMP, o órgão de coordenação da política de migração na Grécia.
Há duas semanas, o exército macedônio impediu que centenas de migrantes atravessassem um rio para deixar a Grécia.
Três afegãos e uma mulher grávida morreram na tentativa, e outros imigrantes foram enviados de volta para a Grécia.
Apesar disso, o fluxo de migrantes provenientes da Turquia continua a cair, após a entrada em vigor de um acordo na semana passada entre a União Europeia e a Turquia, supostamente para fechar a rota migratória europeia dos Balcãs.
Antes da implementação deste acordo, o número de entradas diárias chegava a milhares.
As autoridades indicaram no sábado que apenas 78 pessoas chegaram na sexta-feira nas ilhas gregas da costa turca, e 161 na quinta-feira.
No total, o número de migrantes no território grego chega a 50.236.
A implementação do acordo UE-Turquia, fortemente criticado por organizações humanitárias e as Nações Unidas, visa reduzir o fluxo de migrantes no mar Egeu, por onde chegaram cerca de 150.000 pessoas desde o início deste ano, e 850.000 em 2015, segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM).
str-jh/es/me/mb/mr
No final da manhã, cerca de 250 refugiados se dirigiam pacificamente para os trilhos do trem, cantando, à espera de outros migrantes, constatou um jornalista da AFP.
A polícia grega, equipada com escudos, também estava organizada.
"Sem violência, queremos apenas passar", podia ser lido em um cartaz. "A liberdade de circulação é um direito para todos", lia-se em outro.
"As pessoas estão aqui há bastante tempo. Acredito que é muito perigoso atravessar a fronteira, especialmente com crianças, mas o que podemos fazer?", disse Qasim Mosawy, um afegão de 24 anos.
Dezenas de migrantes chegavam de outros campos de refugiados ao posto fronteiriço de Idomeni, depois de rumores sobre a abertura da fronteira.
Algumas pessoas tentaram avançar em direção aos policiais alinhados, enquanto que, para evitar confrontos, outros migrantes formaram uma corrente humana a poucos metros da polícia.
Alguns confrontos ocorreram entre os próprios migrantes, porque sírios e iraquianos acusaram os afegãos de querer passar à força.
Esta onda de novos refugiados que chegam em Idomeni parece ter sido incentivada por um boato de que neste domingo, ao meio-dia, jornalistas internacionais e membros da Cruz Vermelha viriam ajudá-los a atravessar para a Macedônia, de acordo com informações de um sírio citadas pela agência grega ANA.
"Ouvimos hoje que a fronteira seria aberta (...) e que a Cruz Vermelha e 500 jornalistas de todo o mundo nos acompanhariam", afirmou.
"Pretendemos reforçar a nossa campanha de informação para os refugiados. Mas há pessoas que, por razões desconhecidas, levantam falsas esperanças", declarou neste domingo Giorgos Kyritsis, o porta-voz do SOMP, o órgão de coordenação da política de migração na Grécia.
Há duas semanas, o exército macedônio impediu que centenas de migrantes atravessassem um rio para deixar a Grécia.
Três afegãos e uma mulher grávida morreram na tentativa, e outros imigrantes foram enviados de volta para a Grécia.
Apesar disso, o fluxo de migrantes provenientes da Turquia continua a cair, após a entrada em vigor de um acordo na semana passada entre a União Europeia e a Turquia, supostamente para fechar a rota migratória europeia dos Balcãs.
Antes da implementação deste acordo, o número de entradas diárias chegava a milhares.
As autoridades indicaram no sábado que apenas 78 pessoas chegaram na sexta-feira nas ilhas gregas da costa turca, e 161 na quinta-feira.
No total, o número de migrantes no território grego chega a 50.236.
A implementação do acordo UE-Turquia, fortemente criticado por organizações humanitárias e as Nações Unidas, visa reduzir o fluxo de migrantes no mar Egeu, por onde chegaram cerca de 150.000 pessoas desde o início deste ano, e 850.000 em 2015, segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM).
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