Novos confrontos e vários mortos no Iêmen apesar da trégua

Marib, Iêmen, 13 Abr 2016 (AFP) - Um alto oficial do exército morreu, nesta quarta-feira, depois de ser atingido por disparos de insurgentes xiitas no Iêmen, onde novos confrontos deixaram vários mortos neste terceiro dia de trégua em uma guerra que já dura mais de um ano.

Um francoatirador dos rebeldes huthis matou o general Said al-Huri, comandante das forças pró-governamentais na região de Nahm, a nordeste da capital Saana, segundo fontes militares e médicas.

Os rebeldes pró-iranianos também bombardearam com morteiros a mesma região, ferindo seis soldados do exército do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, complementaram estas fontes.

Na província de Marib, ao leste da capital, dois combatentes pró-Hadi morreram e sete ficaram feridos em confrontos esporádicos com os rebeldes, declarou à AFP um oficial pró-governamental, ao comandante Abdallah Hassan. Do lado rebelde, houve ao menos um morto, e vários feridos e capturados pelas forças leais, acrescentaram.

Segundo outra fonte militar, os enfrentamentos tiveram início durante a noite, quando os huthis e seus aliados - unidades do exército fiéis ao ex-presidente Ali Abdala Saleh - tentaram recuperar uma posição na região de Sarwah, onde a estrada até Saana é controlada pelos rebeldes desde setembro de 2014.

No sul, três crianças de 6 a 10 anos faleceram por um morteiro disparado pelos rebeldes sobre uma aldeia da província de Chabwa, segundo as autoridades.

Os bandos continuam combatendo em frentes distintas, apesar da trégua que entrou em vigor por iniciativa da ONU, que busca um cessar das hostilidades para favorecer a retomada dos diálogos de paz desde segunda-feira no Kuwait.

As Nações Unidas e a coalizão militar árabe-sunita liderada pela Arábia Saudita, que apoia o presidente Hadi, minimizou o impacto das violações do cessar-fogo.

O porta-voz do movimento huthi, Mohamed Abdesalam, estimou, nesta quarta-feira, em sua página do Facebook, que "as forças de agressão" não atuam "seriamente para conseguir que a guerra seja detida".

Desde a intervenção da coalizão em maio de 2015, o conflito no Iêmen deixou 6.300 mortos, metade deles civis, e 2,4 milhões de deslocados. Segundo a ONU, 80% da população necessita de assistência humanitária.

faw-lyn/tm/ras/vl/aoc/jz/mp

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos