Dilma Rousseff convoca brasileiros a se mobilizar contra o 'golpe'
Brasília, 12 Mai 2016 (AFP) - A presidente Dilma Rousseff convocou nesta quinta-feira os brasileiros a se mobilizar para resistir ao que considerou um golpe contra ela, em seu primeiro discurso depois de ter sido suspensa pelo Senado para ser submetida a um julgamento de impeachment.
"Aos brasileiros que se opõem ao golpe, independente de posições partidárias, faço um chamado: mantenham-se mobilizados, unidos e em paz", declarou Dilma a jornalistas e funcionários no Palácio do Planalto.
"A luta pela democracia não tem data para terminar. É luta permanente que exige de nós dedicação constante", afirmou.
Dilma, que foi substituída de maneira interina na presidência por seu ex-aliado e agora inimigo Michel Temer, seu vice por mais de cinco anos, deve abandonar nesta quinta-feira o Palácio do Planalto.
Enquanto o julgamento de impeachment por "maquiar" as contas públicas durar, no máximo 180 dias, ela permanecerá no Palácio da Alvorada, a residência oficial.
"O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas meu mandato. Está em jogo o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição", afirmou uma desafiadora Dilma, vestida com um impecável terninho branco.
"O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos, os ganhos das pessoas mais pobres e da classe média", acrescentou em referência aos programas sociais impulsionados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o Brasil desde 2003.
A ex-guerrilheira de 68 anos, que foi torturada e detida durante a ditadura militar e que se converteu em 2011 na primeira mulher presidente do Brasil, confessou que sofre "mais uma vez a dor igualmente inominável da injustiça".
"O que mais me dói neste momento é perceber que sou vítima de uma farsa política e jurídica", afirmou.
Dilma é acusada de "crime de responsabilidade" por cobrir déficits orçamentários e abastecer os cofres com empréstimos de bancos estatais durante a sua campanha de reeleição em 2014.
A presidente afirma, no entanto, que é vítima de um "golpe moderno" liderado pelo "traidor" Temer e pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por obstruir investigações de corrupção contra ele. Ambos pertencem ao PMDB.
"O maior risco para o país neste momento é ser dirigido por um governo dos 'sem voto' (...) que não terá legitimidade para implementar soluções para os desafios do Brasil", disse após lembrar que foi eleita com 54 milhões de votos para governar até o fim de 2018.
"Aos brasileiros que se opõem ao golpe, independente de posições partidárias, faço um chamado: mantenham-se mobilizados, unidos e em paz", declarou Dilma a jornalistas e funcionários no Palácio do Planalto.
"A luta pela democracia não tem data para terminar. É luta permanente que exige de nós dedicação constante", afirmou.
Dilma, que foi substituída de maneira interina na presidência por seu ex-aliado e agora inimigo Michel Temer, seu vice por mais de cinco anos, deve abandonar nesta quinta-feira o Palácio do Planalto.
Enquanto o julgamento de impeachment por "maquiar" as contas públicas durar, no máximo 180 dias, ela permanecerá no Palácio da Alvorada, a residência oficial.
"O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas meu mandato. Está em jogo o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição", afirmou uma desafiadora Dilma, vestida com um impecável terninho branco.
"O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos, os ganhos das pessoas mais pobres e da classe média", acrescentou em referência aos programas sociais impulsionados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o Brasil desde 2003.
A ex-guerrilheira de 68 anos, que foi torturada e detida durante a ditadura militar e que se converteu em 2011 na primeira mulher presidente do Brasil, confessou que sofre "mais uma vez a dor igualmente inominável da injustiça".
"O que mais me dói neste momento é perceber que sou vítima de uma farsa política e jurídica", afirmou.
Dilma é acusada de "crime de responsabilidade" por cobrir déficits orçamentários e abastecer os cofres com empréstimos de bancos estatais durante a sua campanha de reeleição em 2014.
A presidente afirma, no entanto, que é vítima de um "golpe moderno" liderado pelo "traidor" Temer e pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por obstruir investigações de corrupção contra ele. Ambos pertencem ao PMDB.
"O maior risco para o país neste momento é ser dirigido por um governo dos 'sem voto' (...) que não terá legitimidade para implementar soluções para os desafios do Brasil", disse após lembrar que foi eleita com 54 milhões de votos para governar até o fim de 2018.