Brexit impacta fim da campanha para legislativas espanholas
Madri, 24 Jun 2016 (AFP) - O Brexit impactou em cheio nesta sexta-feira o fim da campanha eleitoral para as eleições de domingo na Espanha, onde a direita no poder se posicionou garantindo a estabilidade diante do partido anti-austeridade Podemos.
"É particularmente importante transmitir uma mensagem de estabilidade institucional e econômica. Não são momentos para alimentar ou adicionar incerteza", advertiu o chefe do governo conservador, Mariano Rajoy, em uma mensagem sobre a saída dos britânicos da União Europeia.
Rajoy, no poder desde o final de 2011, cuidou para não nomear diretamente o Podemos, mas outros líderes de sua formação, o Partido Popular, se encarregaram de fazê-lo.
"Existem movimentos eurocéticos não só na direita, mas também na esquerda", afirmou o ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García Margallo.
"Unidos Podemos disse milhares de vezes que teria que abandonar o euro porque não podíamos viver com a política de austeridade que em seu julgamento supõe a participação de uma união monetária", acrescentou.
Pouco depois, o PP lançava um novo vídeo eleitoral com imagens de arquivo do líder do Podemos, Pablo Iglesias, chamando a "tomar o controle da política monetária".
Uma porta-voz do Podemos, contactada pela AFP, explicou que eram palavras pronunciadas em um programa de televisão em outubro de 2013, antes da criação do partido em janeiro de 2014.
Hoje é "um dia triste para a Europa. Devemos mudar o rumo. De uma Europa justa e solidária ninguém quer sair. Temos que mudar a Europa", escreveu Iglesias no Twitter.
A dois dias das eleições, ainda não se viu o impacto real do Brexit nos 36 milhões de eleitores convocados às urnas no domingo.
Na opinião do cientista político Pablo Simón, da Universidade Carlos III, uma situação de incerteza "tende a favorecer o partido no governo". Entretanto, Sara Morais do instituto de pesquisas GAD3 considera que o Brexit pode reforçar a polarização, beneficiando o Podemos e o PP.
bur-acc/mck/cb/mvv
"É particularmente importante transmitir uma mensagem de estabilidade institucional e econômica. Não são momentos para alimentar ou adicionar incerteza", advertiu o chefe do governo conservador, Mariano Rajoy, em uma mensagem sobre a saída dos britânicos da União Europeia.
Rajoy, no poder desde o final de 2011, cuidou para não nomear diretamente o Podemos, mas outros líderes de sua formação, o Partido Popular, se encarregaram de fazê-lo.
"Existem movimentos eurocéticos não só na direita, mas também na esquerda", afirmou o ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García Margallo.
"Unidos Podemos disse milhares de vezes que teria que abandonar o euro porque não podíamos viver com a política de austeridade que em seu julgamento supõe a participação de uma união monetária", acrescentou.
Pouco depois, o PP lançava um novo vídeo eleitoral com imagens de arquivo do líder do Podemos, Pablo Iglesias, chamando a "tomar o controle da política monetária".
Uma porta-voz do Podemos, contactada pela AFP, explicou que eram palavras pronunciadas em um programa de televisão em outubro de 2013, antes da criação do partido em janeiro de 2014.
Hoje é "um dia triste para a Europa. Devemos mudar o rumo. De uma Europa justa e solidária ninguém quer sair. Temos que mudar a Europa", escreveu Iglesias no Twitter.
A dois dias das eleições, ainda não se viu o impacto real do Brexit nos 36 milhões de eleitores convocados às urnas no domingo.
Na opinião do cientista político Pablo Simón, da Universidade Carlos III, uma situação de incerteza "tende a favorecer o partido no governo". Entretanto, Sara Morais do instituto de pesquisas GAD3 considera que o Brexit pode reforçar a polarização, beneficiando o Podemos e o PP.
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