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Atentados em antigo reduto da Al-Qaeda no Iêmen deixam 35 mortos

27/06/2016 19h27

Adem, 27 Jun 2016 (AFP) - Pelo menos 35 pessoas morreram nesta segunda-feira (27) em uma série de atentados contra militares em Mukala, no sul do Iêmen, reduto da Al-Qaeda até abril passado.

"Em Mukalam, houve cinco atentados suicidas em quatro setores", disse à AFP Ahmed Said ben Breyk, governador da província de Hadramut, da qual Mukala é capital.

Os ataques mataram 33 soldados, uma mulher e uma criança, declarou o secretário de Saúde dessa província, Riad al-Jalili, acrescentando que 25 pessoas ficaram feridas.

Ao anoitecer, no momento em que as tropas quebravam o jejum do Ramadã, três bombas explodiram simultaneamente nos postos de controle dessa cidade portuária.

No primeiro ataque, um suicida, que estava de moto, perguntou aos soldados se podia encerrar o jejum com eles e, então, detonou-se. Em outros dois bairros da cidade, dois suicidas se aproximaram a pé dos soldados, detonando seus cinturões de explosivos em seguida.

Pouco depois, dois homens lançaram um novo ataque suicida na entrada de um acampamento militar, acrescentaram autoridades locais.

Apoiadas pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, as forças do governo iemenita retomaram o controle de Mukala em 24 de abril, depois de um ano nas mãos dos extremistas da Al-Qaeda. Os radicais mantêm, porém, forte presença e controlam várias localidades na província de Hadramut.

O Estado Islâmico, organização extremista rival da Al-Qaeda, reivindicou os ataques suicidas, segundo o centro de vigilância americana de páginas jihadistas na web (Site).

A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), baseada no Iêmen desde 2009, e o Estado Islâmico aproveitaram a guerra civil entre os rebeldes xiitas huthis e as forças governamentais iemenitas para ampliar sua influência no sul e no sudeste do país.

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