Papa aceita renúncia do arcebispo da Paraíba por escândalo de pedofilia
Cidade do Vaticano, 6 Jul 2016 (AFP) - O Vaticano anunciou nesta quarta-feira que o papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba (Brasil) Aldo di Cillo Pagotto, após uma investigação da Santa Sé sobre um escândalo de pedofilia.
"O papa aceitou a renúncia de Aldo Di Cillo Pagotto", afirma o comunicado divulgado pelo Vaticano, sem revelar mais detalhes.
De acordo com a imprensa italiana, o religioso ítalo-brasileiro de 66 anos é suspeito de ter abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores e expulsos por outros bispos.
A renúncia do arcebispo da Paraíba foi aceita com base no artigo 401/2 do Código de Direito Canônico, indica a nota do Vaticano.
Este artigo se aplica a "causas graves", segundo as normas jurídicas que regulam a Igreja católica.
O Vaticano não informou quais foram as razões que levaram o bispo a renunciar.
O prelado brasileiro, conhecido por suas posições conservadoras, figurava entre os signatários de uma petição internacional lançada em 2015 por um grupo de cardeais ultraconservadores contra as medidas de abertura do papa frente as mudanças da família moderna.
Sua saída parece ser o resultado de uma série de conflitos e acusações relacionados com a pedofilia dentro da Igreja, um tema que o bispo se negava a discutir.
Desde que foi nomeado bispo em 2004 na arquidiocese da Paraíba, teve problemas por sua gestão.
A Conferência Episcopal do Brasil chamou a atenção do religioso em várias ocasiões depois de queixas feitas por fiéis, e por isso ele foi submetido a duas visitas canônicas ordenadas por Roma.
Depois do início da investigação do Vaticano, em 2015, Di Cillo Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas.
Segundo a imprensa italiana, o caso teria vindo à tona com a carta de denúncia de uma mulher, que o acusou de manter relações com um rapaz de 18 anos.
O bispo levou o caso aos tribunais e conseguiu que todo o material com as denúncias fosse retirado da internet, segundo a agência de notícias católica Zenit.
O processo canônico contra o bispo esteve sob a responsabilidade de Fernando Monteiro Guimarães, ex-bispo da diocese brasileira de Garanhuns e que teve vários cargos na Cúria Romana.
Com um novo decreto emitido em junho pelo papa Francisco e incorporado no direito canônico em forma de "motu proprio", o pontífice argentino anunciou que os bispos culpados de negligência frente a casos de abusos sexuais contra menores poderiam ser destituídos.
Isso abriu caminho para o afastamento de padres culpados por negligência envolvendo casos de pedofilia dentro da Igreja.
Francisco criou uma instância judiciária para julgar os padres pedófilos e instituiu uma comissão internacional de especialistas encarregados de propor medidas de prevenção desses casos.
Além do mais, se reuniu com vítimas de abusos sexuais em Roma e nos Estados Unidos.
Desde que se converteu papa em 2013, Francisco vem lutando contra a pedofilia dentro da Igreja, com medidas que as associações de vítimas consideram ainda insuficientes, pois acreditam que o Vaticano continua encobrindo casos de abusos dentro da Igreja.
"O papa aceitou a renúncia de Aldo Di Cillo Pagotto", afirma o comunicado divulgado pelo Vaticano, sem revelar mais detalhes.
De acordo com a imprensa italiana, o religioso ítalo-brasileiro de 66 anos é suspeito de ter abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores e expulsos por outros bispos.
A renúncia do arcebispo da Paraíba foi aceita com base no artigo 401/2 do Código de Direito Canônico, indica a nota do Vaticano.
Este artigo se aplica a "causas graves", segundo as normas jurídicas que regulam a Igreja católica.
O Vaticano não informou quais foram as razões que levaram o bispo a renunciar.
O prelado brasileiro, conhecido por suas posições conservadoras, figurava entre os signatários de uma petição internacional lançada em 2015 por um grupo de cardeais ultraconservadores contra as medidas de abertura do papa frente as mudanças da família moderna.
Sua saída parece ser o resultado de uma série de conflitos e acusações relacionados com a pedofilia dentro da Igreja, um tema que o bispo se negava a discutir.
Desde que foi nomeado bispo em 2004 na arquidiocese da Paraíba, teve problemas por sua gestão.
A Conferência Episcopal do Brasil chamou a atenção do religioso em várias ocasiões depois de queixas feitas por fiéis, e por isso ele foi submetido a duas visitas canônicas ordenadas por Roma.
Depois do início da investigação do Vaticano, em 2015, Di Cillo Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas.
Segundo a imprensa italiana, o caso teria vindo à tona com a carta de denúncia de uma mulher, que o acusou de manter relações com um rapaz de 18 anos.
O bispo levou o caso aos tribunais e conseguiu que todo o material com as denúncias fosse retirado da internet, segundo a agência de notícias católica Zenit.
O processo canônico contra o bispo esteve sob a responsabilidade de Fernando Monteiro Guimarães, ex-bispo da diocese brasileira de Garanhuns e que teve vários cargos na Cúria Romana.
Com um novo decreto emitido em junho pelo papa Francisco e incorporado no direito canônico em forma de "motu proprio", o pontífice argentino anunciou que os bispos culpados de negligência frente a casos de abusos sexuais contra menores poderiam ser destituídos.
Isso abriu caminho para o afastamento de padres culpados por negligência envolvendo casos de pedofilia dentro da Igreja.
Francisco criou uma instância judiciária para julgar os padres pedófilos e instituiu uma comissão internacional de especialistas encarregados de propor medidas de prevenção desses casos.
Além do mais, se reuniu com vítimas de abusos sexuais em Roma e nos Estados Unidos.
Desde que se converteu papa em 2013, Francisco vem lutando contra a pedofilia dentro da Igreja, com medidas que as associações de vítimas consideram ainda insuficientes, pois acreditam que o Vaticano continua encobrindo casos de abusos dentro da Igreja.
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