Uribe diz que processo de paz transforma Farc em paramilitares
Bogotá, 26 Ago 2016 (AFP) - A guerrilha das Farc se tornará um "grupo paramilitar" na Colômbia com um acordo alcançado com o governo de Juan Manuel Santos, que põe fim a mais de meio século de conflito armado, disse nesta sexta-feira o ex-presidente Álvaro Uribe.
"Este processo transforma as Farc em grupo paramilitar, sócio do Estado para combater outros delinquentes", informou o ex-presidente, ferrenho opositor do pacto negociado por considerar que dará "impunidade" aos insurgentes, a quem combateu durante seu governo (2002-2010).
O atual senador disse que o que foi negociado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas) em Havana, sede dos diálogos desde novembro de 2012, associa o Estado com rebeldes, aos quais tachou de traficantes de drogas "com a desculpa de enfrentar outros narcotraficantes e com dano irreparável às instituições".
"O governo utilizou este processo para estimular o descrédito da nossa democracia ante próprios e perante a comunidade internacional", assegurou Uribe, destacando que o partido de direita Centro Democrático, que lidera, fará uma campanha "austera" pelo "não", com vistas ao plebiscito de 2 de outubro, no qual os colombianos se pronunciarão sobre o que foi acordado.
Para o ex-presidente, que durante o seu mandato buscou negociar a paz com as Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN, ainda ativo), o acordo de Havana "premia o terrorismo" porque os responsáveis por "crimes atrozes" não irão para a prisão e poderão ter a elegibilidade política.
"Nossa democracia lhes deu todas as oportunidades e preferiram continuar com o assassinato", acrescentou Uribe, fortemente enfrentado com Santos, seu ministro da Defesa entre 2006 e 2009.
Segundo o acordo de paz, que confessem crimes atrozes diante de um tribunal especial poderá evitar a prisão e receber penas alternativas. Se não o fizerem e forem declarados culpados, serão condenados a penas de oito a 20 anos de prisão.
Como vem fazendo nos últimos meses, Uribe reiterou que, com o pactuado, o governo "abre o caminho" ao "castro-chavismo" na Colômbia, em alusão ao regime dos irmãos Castro, em Cuba, e à Revolução Bolivariana do falecido Hugo Chávez, na Venezuela.
Uribe promoveu durante seu governo a desmobilização dos grupos paramilitares de direita, surgidos na década de 1980 para combater as guerrilhas que se levantaram contra o Estado 20 anos antes e muito vinculados ao tráfico de drogas. Muitos de seus líderes foram, por isso, extraditados aos Estados Unidos, onde cumprem penas de prisão.
"Este processo transforma as Farc em grupo paramilitar, sócio do Estado para combater outros delinquentes", informou o ex-presidente, ferrenho opositor do pacto negociado por considerar que dará "impunidade" aos insurgentes, a quem combateu durante seu governo (2002-2010).
O atual senador disse que o que foi negociado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas) em Havana, sede dos diálogos desde novembro de 2012, associa o Estado com rebeldes, aos quais tachou de traficantes de drogas "com a desculpa de enfrentar outros narcotraficantes e com dano irreparável às instituições".
"O governo utilizou este processo para estimular o descrédito da nossa democracia ante próprios e perante a comunidade internacional", assegurou Uribe, destacando que o partido de direita Centro Democrático, que lidera, fará uma campanha "austera" pelo "não", com vistas ao plebiscito de 2 de outubro, no qual os colombianos se pronunciarão sobre o que foi acordado.
Para o ex-presidente, que durante o seu mandato buscou negociar a paz com as Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN, ainda ativo), o acordo de Havana "premia o terrorismo" porque os responsáveis por "crimes atrozes" não irão para a prisão e poderão ter a elegibilidade política.
"Nossa democracia lhes deu todas as oportunidades e preferiram continuar com o assassinato", acrescentou Uribe, fortemente enfrentado com Santos, seu ministro da Defesa entre 2006 e 2009.
Segundo o acordo de paz, que confessem crimes atrozes diante de um tribunal especial poderá evitar a prisão e receber penas alternativas. Se não o fizerem e forem declarados culpados, serão condenados a penas de oito a 20 anos de prisão.
Como vem fazendo nos últimos meses, Uribe reiterou que, com o pactuado, o governo "abre o caminho" ao "castro-chavismo" na Colômbia, em alusão ao regime dos irmãos Castro, em Cuba, e à Revolução Bolivariana do falecido Hugo Chávez, na Venezuela.
Uribe promoveu durante seu governo a desmobilização dos grupos paramilitares de direita, surgidos na década de 1980 para combater as guerrilhas que se levantaram contra o Estado 20 anos antes e muito vinculados ao tráfico de drogas. Muitos de seus líderes foram, por isso, extraditados aos Estados Unidos, onde cumprem penas de prisão.
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