Atentado reivindicado pelo EI deixa mais de 70 mortos no Iêmen
Adem, 29 Ago 2016 (AFP) - Ao menos 71 pessoas morreram e 98 ficaram feridas nesta segunda-feira no Iêmen em um atentado reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) contra jovens recrutas do exército, que luta contra os rebeldes xiitas e os grupos jihadistas sunitas.
O ataque, com carro-bomba, é o mais violento na cidade de Aden, sul do Iêmen, desde que ela foi retomada pelo governo em julho de 2015.
O atentado ilustra as dificuldades do governo para restabelecer a segurança na localidade, que foi declarada "capital provisória" do país.
O EI reivindicou rapidamente o ataque desta segunda-feira.
"Quase 60 mortos em uma operação mártir de um combatente do Estado Islâmico contra um centro de recrutamento do exército em Aden", publicou a agência Amaq, órgão de propaganda do grupo extremista.
O balanço do massacre subiu de 11 mortos para 18, antes de passar a 40, depois a 60 e chegar a 71 vítimas fatais, de acordo com os três principais hospitais da cidade.
O hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou que recebeu 45 mortos e 60 feridos.
De acordo com fontes oficiais, a explosão do carro-bomba aconteceu no pátio da escola "Sanafir", na zona norte de Aden.
Os recrutas, reunidos no local, estavam no fim das formalidades para ingressar nas Forças Armadas iemenitas, que o governo, exilado na Arábia Saudita, pretende reforçar com a ajuda da coalizão árabe.
De acordo com testemunhas, um homem-bomba aproveitou a entrada de uma caminhonete para avançar com seu veículo contra os recrutas.
A explosão foi tão intensa que provocou o desabamento do teto de uma sala de aula sobre vários recrutas, informou uma fonte das forças de segurança.
- Aumento dos ataques extremistas -Os extremistas aumentaram os ataques contra as forças de segurança e autoridades políticas de Aden, apesar das medidas e dos programas para tentar garantir a segurança da cidade.
O atentado anterior reivindicado pelo EI matou quatro policiais em Aden no dia 20 de julho.
No dia 6 de julho, as forças do governo, apoiadas pela coalizão militar árabe, expulsaram os extremistas de uma base militar de Aden que havia sido atacada após dois atentados contra o local.
A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) reivindicou os atentados suicidas e o ataque posterior à base militar, próxima ao aeroporto internacional, onde morreram 10 soldados.
Em maio, o EI reivindicou dois atentados contra recrutas do exército e uma base militar em Aden (41 mortos), assim como um ataque suicida contra jovens recrutas da polícia em Mukalla, sudeste do país, que também deixou 41 mortos.
- Processo de paz bloqueado -O Iêmen enfrenta, desde 2014, um conflito entre os huthis, rebeldes xiitas procedentes do norte, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, que foi expulso da capital, Sanaa, e cujas forças se reagruparam no sul.
Em março de 2015 a Arábia Saudita passou a liderar uma coalizão militar árabe para conter o avanço dos huthis, que se aliaram aos simpatizantes do ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
Aproveitando o caos gerado pelo conflito, os extremistas da Al-Qaeda e seus rivais do grupo Estado Islâmico reforçaram sua influência no sul e sudeste do Iêmen.
No sul do país, as forças do governo organizam desde março operações que permitiram recuperar vários municípios que estavam sob poder dos jihadistas.
O governo dos Estados Unidos, que considera a AQPA como o braço mais perigoso da Al-Qaeda, realiza bombardeios com frequência, geralmente com drones, contra os líderes do grupo e seus combatentes no Iêmen.
Ao mesmo tempo, o processo de paz entre rebeldes e o governo está bloqueado desde 6 de agosto, quando fracassaram as negociações organizadas no Kuwait pela ONU.
O secretário de Estado americano, John Kerry, propôs na semana passada um novo enfoque para resolver o conflito, com base na formação de um governo de união nacional.
O ataque, com carro-bomba, é o mais violento na cidade de Aden, sul do Iêmen, desde que ela foi retomada pelo governo em julho de 2015.
O atentado ilustra as dificuldades do governo para restabelecer a segurança na localidade, que foi declarada "capital provisória" do país.
O EI reivindicou rapidamente o ataque desta segunda-feira.
"Quase 60 mortos em uma operação mártir de um combatente do Estado Islâmico contra um centro de recrutamento do exército em Aden", publicou a agência Amaq, órgão de propaganda do grupo extremista.
O balanço do massacre subiu de 11 mortos para 18, antes de passar a 40, depois a 60 e chegar a 71 vítimas fatais, de acordo com os três principais hospitais da cidade.
O hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou que recebeu 45 mortos e 60 feridos.
De acordo com fontes oficiais, a explosão do carro-bomba aconteceu no pátio da escola "Sanafir", na zona norte de Aden.
Os recrutas, reunidos no local, estavam no fim das formalidades para ingressar nas Forças Armadas iemenitas, que o governo, exilado na Arábia Saudita, pretende reforçar com a ajuda da coalizão árabe.
De acordo com testemunhas, um homem-bomba aproveitou a entrada de uma caminhonete para avançar com seu veículo contra os recrutas.
A explosão foi tão intensa que provocou o desabamento do teto de uma sala de aula sobre vários recrutas, informou uma fonte das forças de segurança.
- Aumento dos ataques extremistas -Os extremistas aumentaram os ataques contra as forças de segurança e autoridades políticas de Aden, apesar das medidas e dos programas para tentar garantir a segurança da cidade.
O atentado anterior reivindicado pelo EI matou quatro policiais em Aden no dia 20 de julho.
No dia 6 de julho, as forças do governo, apoiadas pela coalizão militar árabe, expulsaram os extremistas de uma base militar de Aden que havia sido atacada após dois atentados contra o local.
A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) reivindicou os atentados suicidas e o ataque posterior à base militar, próxima ao aeroporto internacional, onde morreram 10 soldados.
Em maio, o EI reivindicou dois atentados contra recrutas do exército e uma base militar em Aden (41 mortos), assim como um ataque suicida contra jovens recrutas da polícia em Mukalla, sudeste do país, que também deixou 41 mortos.
- Processo de paz bloqueado -O Iêmen enfrenta, desde 2014, um conflito entre os huthis, rebeldes xiitas procedentes do norte, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, que foi expulso da capital, Sanaa, e cujas forças se reagruparam no sul.
Em março de 2015 a Arábia Saudita passou a liderar uma coalizão militar árabe para conter o avanço dos huthis, que se aliaram aos simpatizantes do ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
Aproveitando o caos gerado pelo conflito, os extremistas da Al-Qaeda e seus rivais do grupo Estado Islâmico reforçaram sua influência no sul e sudeste do Iêmen.
No sul do país, as forças do governo organizam desde março operações que permitiram recuperar vários municípios que estavam sob poder dos jihadistas.
O governo dos Estados Unidos, que considera a AQPA como o braço mais perigoso da Al-Qaeda, realiza bombardeios com frequência, geralmente com drones, contra os líderes do grupo e seus combatentes no Iêmen.
Ao mesmo tempo, o processo de paz entre rebeldes e o governo está bloqueado desde 6 de agosto, quando fracassaram as negociações organizadas no Kuwait pela ONU.
O secretário de Estado americano, John Kerry, propôs na semana passada um novo enfoque para resolver o conflito, com base na formação de um governo de união nacional.
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