Novos bombardeios deixam 25 civis mortos na cidade síria de Aleppo
Beirute, 24 Set 2016 (AFP) - Ao menos 25 civis morreram neste sábado nos bombardeios aéreos sírios e russos contra o setor rebelde da cidade de Aleppo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Entre as vítimas, estão sete pessoas que se encontrava na fila de um mercado no bairro de Bustan Al Qasr, que se encontra ao longo da linha que divide a zona governamental da cidade, oeste, dos bairros controlados pelos rebeldes, no leste.
Um correspondente da AFP descreveu um cenário trágico, com partes de corpos espalhados pelo chão e poças de sangue.
Alepo, antiga capital econômica e segunda maior cidade do país, se converteu no principal eixo da guerra na Síria, e por isso é uma das localidades mais atingidas por um conflito que, em cinco anos, causou mais de 300.000 mortos.
Estados Unidos e Rússia continuavam tentando na véspera chegar a uma nova trégua na Síria no âmbito da Assembleia Geral da ONU.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse na ONU que é necessário salvar o acordo para o fim as hostilidades na Síria, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, mencionou "pequenos progressos" no diálogo.
Kerry e Lavrov se reuniram após o fracasso de uma reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria na véspera. De acordo com o chefe da diplomacia americana, os dois trocaram ideias.
"Eu me encontrei com o chanceler (russo), trocamos algumas ideias e fizemos alguns pequenos avanços. Estamos avaliando algumas ideias mútuas de forma construtiva. Isso é tudo", disse Kerry à imprensa em um hotel de Nova York.
Enquanto isso, na Assembleia Geral da ONU, Lavrov delineou as divergências essenciais com Estados Unidos sobre os requisitos para restabelecer um cessar-fogo, mas disse que é "essencial" manter os esforços para salvar o acordo.
"É essencial prevenir o fracasso desse acordo", disse Lavrov, para quem "não há alternativa" fora do processo conduzido por Moscou e Washington.
Lavrov também afirmou que é necessário conduzir uma investigação "imparcial" sobre o ataque a um comboio de ajuda humanitária da ONU e do Crescente Vermelho nas proximidades de Aleppo, para apontar as responsabilidades.
"Essa é uma condição fundamental para fortalecer um regime de cessar das hostilidades e uma trégua nacional", afirmou.
Pouco depois de seu discurso na Assembleia Geral, Lavrov disse em coletiva de imprensa que os contatos diplomáticos estiveram muito perto de alcançar um entendimento.
De acordo com Lavrov, em um momento da negociação, os Estados Unidos pediram à Rússia que consulte a Síria sobre uma trégua de três dias.
O chanceler russo relatou ter consultado o governo sírio e, pouco mais tarde, retornou com uma resposta positiva.
"Mas, nesse momento, os americanos disseram que agora não queriam três dias, mas sete", acrescentou, sem esconder sua frustração.
Lavrov comentou que os acordos negociados para um cessar-fogo deixam de fora da proteção das tropas e posições do grupo radical Estado Islâmico e da Frente Al-Nusra, mas garante que há grupos rebeldes que atuam junto com a Al-Nusra.
Se os Estados Unidos não conseguirem exercer sua influência sobre esses grupos rebeldes que operam junto à Frente Al-Nusra, os esforços não vão prosperar, acrescentou.
Desde quarta-feira, os Estados Unidos insistem em uma proposta para manter em terra todos os aviões (russos e sírios) que operam nas zonas específicas, como forma de restituir a "credibilidade" a todo o plano de cessar-fogo.
sah-ram/iw/es/me/cn
Entre as vítimas, estão sete pessoas que se encontrava na fila de um mercado no bairro de Bustan Al Qasr, que se encontra ao longo da linha que divide a zona governamental da cidade, oeste, dos bairros controlados pelos rebeldes, no leste.
Um correspondente da AFP descreveu um cenário trágico, com partes de corpos espalhados pelo chão e poças de sangue.
Alepo, antiga capital econômica e segunda maior cidade do país, se converteu no principal eixo da guerra na Síria, e por isso é uma das localidades mais atingidas por um conflito que, em cinco anos, causou mais de 300.000 mortos.
Estados Unidos e Rússia continuavam tentando na véspera chegar a uma nova trégua na Síria no âmbito da Assembleia Geral da ONU.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse na ONU que é necessário salvar o acordo para o fim as hostilidades na Síria, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, mencionou "pequenos progressos" no diálogo.
Kerry e Lavrov se reuniram após o fracasso de uma reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria na véspera. De acordo com o chefe da diplomacia americana, os dois trocaram ideias.
"Eu me encontrei com o chanceler (russo), trocamos algumas ideias e fizemos alguns pequenos avanços. Estamos avaliando algumas ideias mútuas de forma construtiva. Isso é tudo", disse Kerry à imprensa em um hotel de Nova York.
Enquanto isso, na Assembleia Geral da ONU, Lavrov delineou as divergências essenciais com Estados Unidos sobre os requisitos para restabelecer um cessar-fogo, mas disse que é "essencial" manter os esforços para salvar o acordo.
"É essencial prevenir o fracasso desse acordo", disse Lavrov, para quem "não há alternativa" fora do processo conduzido por Moscou e Washington.
Lavrov também afirmou que é necessário conduzir uma investigação "imparcial" sobre o ataque a um comboio de ajuda humanitária da ONU e do Crescente Vermelho nas proximidades de Aleppo, para apontar as responsabilidades.
"Essa é uma condição fundamental para fortalecer um regime de cessar das hostilidades e uma trégua nacional", afirmou.
Pouco depois de seu discurso na Assembleia Geral, Lavrov disse em coletiva de imprensa que os contatos diplomáticos estiveram muito perto de alcançar um entendimento.
De acordo com Lavrov, em um momento da negociação, os Estados Unidos pediram à Rússia que consulte a Síria sobre uma trégua de três dias.
O chanceler russo relatou ter consultado o governo sírio e, pouco mais tarde, retornou com uma resposta positiva.
"Mas, nesse momento, os americanos disseram que agora não queriam três dias, mas sete", acrescentou, sem esconder sua frustração.
Lavrov comentou que os acordos negociados para um cessar-fogo deixam de fora da proteção das tropas e posições do grupo radical Estado Islâmico e da Frente Al-Nusra, mas garante que há grupos rebeldes que atuam junto com a Al-Nusra.
Se os Estados Unidos não conseguirem exercer sua influência sobre esses grupos rebeldes que operam junto à Frente Al-Nusra, os esforços não vão prosperar, acrescentou.
Desde quarta-feira, os Estados Unidos insistem em uma proposta para manter em terra todos os aviões (russos e sírios) que operam nas zonas específicas, como forma de restituir a "credibilidade" a todo o plano de cessar-fogo.
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