Ofensiva em Mossul avança, mas Estado Islâmico resiste
Erbil, Iraque, 24 Out 2016 (AFP) - Uma semana depois de seu lançamento, a ofensiva em Mossul se desenrola de acordo com o previsto, mas a resistência dos extremistas aumentará à medida que as forças iraquianas se aproximarem da segunda cidade do Iraque, afirmaram nesta segunda-feira autoridades americanas.
"Após uma semana de operações em Mossul, foram alcançados todos os objetivos até agora", comemorou no Twitter Brett McGurk, emissário do presidente americano para a coalizão internacional anti-extremista que apoia as forças iraquianas.
Dezenas de milhares de homens avançam a partir de vários fronts em direção ao reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI), onde seu chefe, Abub Bakr al Baghdadi, proclamou a instauração de um califado em junho de 2014.
Estas forças estão apoiadas pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que dirigiu "mais bombardeios" aéreos desde 17 de outubro que "durante qualquer semana desde o início da guerra contra o EI", disse McGurk.
Em sete dias, 32 bombardeios aéreos destruíram 136 posições do EI, 18 túneis e 26 veículos bomba, segundo a coalizão.
Na primeira linha de frente, os combatentes curdos peshmerga estavam posicionados na cidade de Bashiqa, a 25 quilômetros de Mossul.
A sudeste de Mossul, as forças de elite federais combatiam para reconquistar Qaraqosh, outrora a maior cidade cristã do Iraque.
"Esperamos que a resistência aumente à medida que nos aproximamos" de Mossul, alertou um oficial do Estado-Maior americano em Bagdá.
No entanto, segundo a estratégia dos Estados Unidos, o EI ainda não está tentando bloquear o avanço das tropas iraquianas e peshmerga, limitando-se unicamente a "infligir perdas".
As tropas iraquianas ainda estão na "zona de perturbação" idealizada pelo EI, uma tática com a marca dos ex-oficiais do exército iraquiano, que têm um papel chave no comando do EI, explicou um militar americano em Bagdá.
- "Bem preparados" -Paralelamente, o EI tenta distrair as forças iraquianas em Mossul.
Seu ataque surpresa lançado na sexta-feira em Kirkuk, a 170 quilômetros de Mossul, acabou em fracasso e a "vida voltou à normalidade", indicou nesta segunda-feira o governador da província, Najmeddin Karin. Segundo ele, 74 extremistas morreram, assim como outras 46 pessoas, em sua maioria membros das forças de segurança.
O EI também lançou no domingo um ataque em Rutba, uma cidade do oeste, onde executou ao menos cinco iraquianos, segundo fontes militares.
O avanço destes últimos dias permitiu conhecer um pouco mais a defesa do EI: aterros, valas cheias de petróleo, veículos repletos de explosivos, túneis e aberturas entre edifícios para avançar sem sair às ruas.
"Prepararam muito bem sua defesa" ao redor de Mossul, resumiu um oficial americano.
Segundo ele, entre "3.000 e 5.0000 combatentes" extremistas estariam dentro de Mossul, enquanto os arredores estariam protegidos por entre "1.000 e 1.500/2.000" extremistas.
Segundo os militares americanos, os mil combatentes estrangeiros ainda não teriam passado à ação, já que o EI os reservaria "para a parte mais importante da batalha", segundo um segundo oficial.
De acordo com o exército americano, uma parte dos extremistas combaterá até a morte, enquanto outros tentarão fugir ou se misturar à população "cortando a barba ou vestindo camisetas".
Por outro lado, o ataque contra "responsáveis intermediários (do EI) provocou muita confusão nas fileiras dos defensores de Mossul", disse np domingo em Erbil o general Stephen Townsend, no comando da coalizão, depois de ter se reunido com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter.
Fica no ar tanto a duração dos combates, que pode ser de semanas ou meses, quanto a participação da Turquia na ofensiva.
No domingo, Ancara afirmou que havia apoiado militarmente os peshmerga em Bashiqa, embora, nesta segunda-feira, Bagdá tenha desmentido que "a Turquia participe de alguma forma nas operações".
bur-lby/jri/iw/jvb.
"Após uma semana de operações em Mossul, foram alcançados todos os objetivos até agora", comemorou no Twitter Brett McGurk, emissário do presidente americano para a coalizão internacional anti-extremista que apoia as forças iraquianas.
Dezenas de milhares de homens avançam a partir de vários fronts em direção ao reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI), onde seu chefe, Abub Bakr al Baghdadi, proclamou a instauração de um califado em junho de 2014.
Estas forças estão apoiadas pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que dirigiu "mais bombardeios" aéreos desde 17 de outubro que "durante qualquer semana desde o início da guerra contra o EI", disse McGurk.
Em sete dias, 32 bombardeios aéreos destruíram 136 posições do EI, 18 túneis e 26 veículos bomba, segundo a coalizão.
Na primeira linha de frente, os combatentes curdos peshmerga estavam posicionados na cidade de Bashiqa, a 25 quilômetros de Mossul.
A sudeste de Mossul, as forças de elite federais combatiam para reconquistar Qaraqosh, outrora a maior cidade cristã do Iraque.
"Esperamos que a resistência aumente à medida que nos aproximamos" de Mossul, alertou um oficial do Estado-Maior americano em Bagdá.
No entanto, segundo a estratégia dos Estados Unidos, o EI ainda não está tentando bloquear o avanço das tropas iraquianas e peshmerga, limitando-se unicamente a "infligir perdas".
As tropas iraquianas ainda estão na "zona de perturbação" idealizada pelo EI, uma tática com a marca dos ex-oficiais do exército iraquiano, que têm um papel chave no comando do EI, explicou um militar americano em Bagdá.
- "Bem preparados" -Paralelamente, o EI tenta distrair as forças iraquianas em Mossul.
Seu ataque surpresa lançado na sexta-feira em Kirkuk, a 170 quilômetros de Mossul, acabou em fracasso e a "vida voltou à normalidade", indicou nesta segunda-feira o governador da província, Najmeddin Karin. Segundo ele, 74 extremistas morreram, assim como outras 46 pessoas, em sua maioria membros das forças de segurança.
O EI também lançou no domingo um ataque em Rutba, uma cidade do oeste, onde executou ao menos cinco iraquianos, segundo fontes militares.
O avanço destes últimos dias permitiu conhecer um pouco mais a defesa do EI: aterros, valas cheias de petróleo, veículos repletos de explosivos, túneis e aberturas entre edifícios para avançar sem sair às ruas.
"Prepararam muito bem sua defesa" ao redor de Mossul, resumiu um oficial americano.
Segundo ele, entre "3.000 e 5.0000 combatentes" extremistas estariam dentro de Mossul, enquanto os arredores estariam protegidos por entre "1.000 e 1.500/2.000" extremistas.
Segundo os militares americanos, os mil combatentes estrangeiros ainda não teriam passado à ação, já que o EI os reservaria "para a parte mais importante da batalha", segundo um segundo oficial.
De acordo com o exército americano, uma parte dos extremistas combaterá até a morte, enquanto outros tentarão fugir ou se misturar à população "cortando a barba ou vestindo camisetas".
Por outro lado, o ataque contra "responsáveis intermediários (do EI) provocou muita confusão nas fileiras dos defensores de Mossul", disse np domingo em Erbil o general Stephen Townsend, no comando da coalizão, depois de ter se reunido com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter.
Fica no ar tanto a duração dos combates, que pode ser de semanas ou meses, quanto a participação da Turquia na ofensiva.
No domingo, Ancara afirmou que havia apoiado militarmente os peshmerga em Bashiqa, embora, nesta segunda-feira, Bagdá tenha desmentido que "a Turquia participe de alguma forma nas operações".
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