Ataque à Academia de Polícia no Paquistão deixa 58 mortos
Quetta, Paquistão, 25 Out 2016 (AFP) - Um ataque cometido por homens armados na noite desta segunda-feira (24) contra uma Escola de Cadetes de Polícia no Paquistão deixou 58 mortos e dezenas de feridos - informou uma fonte médica.
"No início da manhã temos um boletim de 58 mortos, que foram atingidos no atentado da noite de ontem", declarou à AFP Nasir Sumalani, diretor do hospital público de Quetta, capital da província do Baluchistão.
O boletim precedente, revelado pelo ministro provincial de Assuntos Internos do Baluchistão, Mir Sarfaraz Ahmed Bugti, informava 44 mortos após o fim do ataque.
"Primeiro se dirigiram contra a torre de vigilância e após um tiroteio conseguiram entrar no prédio da academia", informou Ahmed Bugti.
A Academia de Polícia do Baluchistão está situada 20 km ao sul de Quetta.
"O local está 99% sob controle, vamos terminar isto quando o sol sair", declarou Sarfaraz Bugti ainda de madrugada, acrescentando que o ataque utilizou três homens armados.
Segundo o ministro, o prédio atacado habitualmente abriga cerca de 700 pessoas, mas vários cadetes se graduaram recentemente, o que dificulta uma avaliação.
Imagens de TV mostraram soldados entrando na academia e ambulâncias evacuando feridos, em uma operação apoiada por helicópteros.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque até agora, mas se sabe que os separatistas atuam há vários anos no Baluchistão, província abalada por conflitos intercomunitários frequentes e por atos de violência cometidos por extremistas islâmicos.
O general Sher Afgan, comandante do grupo paramilitar Frontier Corps, encarregado de operações contraofensivas, atribuiu o ataque ao grupo armado Lashkar-e-Jhangvi, aliado aos talibãs. "Estavam em comunicação com efetivos no Afeganistão".
"Vi três homens com roupas camufladas, os rostos cobertos e fuzis Kalashnikov", disse à TV uma testemunha que se identificou como um dos cadetes. "Começaram a atirar e conseguiram entrar nos alojamentos. Eu fugi pulando um muro".
No domingo, um homem armado do Exército de Libertação do Baluchistão em uma motocicleta matou dois guardas e um civil em uma zona remota da costa desta província.
Em agosto, um ataque suicida contra um hospital de Quetta deixou 73 mortos, incluindo vários advogados que protestavam contra a morte de um colega em um tiroteio.
O atentado de agosto foi reivindicado por uma facção talibã, a Jammat-ul-Ahrar (JuA), e depois pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
A província do Baluchistão é uma zona-chave para as ambições regionais da China, que quer completar um corredor que lhe permita acesso ao Mar da Arábia.
mak-ia/bds/mvv/tt/lr
"No início da manhã temos um boletim de 58 mortos, que foram atingidos no atentado da noite de ontem", declarou à AFP Nasir Sumalani, diretor do hospital público de Quetta, capital da província do Baluchistão.
O boletim precedente, revelado pelo ministro provincial de Assuntos Internos do Baluchistão, Mir Sarfaraz Ahmed Bugti, informava 44 mortos após o fim do ataque.
"Primeiro se dirigiram contra a torre de vigilância e após um tiroteio conseguiram entrar no prédio da academia", informou Ahmed Bugti.
A Academia de Polícia do Baluchistão está situada 20 km ao sul de Quetta.
"O local está 99% sob controle, vamos terminar isto quando o sol sair", declarou Sarfaraz Bugti ainda de madrugada, acrescentando que o ataque utilizou três homens armados.
Segundo o ministro, o prédio atacado habitualmente abriga cerca de 700 pessoas, mas vários cadetes se graduaram recentemente, o que dificulta uma avaliação.
Imagens de TV mostraram soldados entrando na academia e ambulâncias evacuando feridos, em uma operação apoiada por helicópteros.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque até agora, mas se sabe que os separatistas atuam há vários anos no Baluchistão, província abalada por conflitos intercomunitários frequentes e por atos de violência cometidos por extremistas islâmicos.
O general Sher Afgan, comandante do grupo paramilitar Frontier Corps, encarregado de operações contraofensivas, atribuiu o ataque ao grupo armado Lashkar-e-Jhangvi, aliado aos talibãs. "Estavam em comunicação com efetivos no Afeganistão".
"Vi três homens com roupas camufladas, os rostos cobertos e fuzis Kalashnikov", disse à TV uma testemunha que se identificou como um dos cadetes. "Começaram a atirar e conseguiram entrar nos alojamentos. Eu fugi pulando um muro".
No domingo, um homem armado do Exército de Libertação do Baluchistão em uma motocicleta matou dois guardas e um civil em uma zona remota da costa desta província.
Em agosto, um ataque suicida contra um hospital de Quetta deixou 73 mortos, incluindo vários advogados que protestavam contra a morte de um colega em um tiroteio.
O atentado de agosto foi reivindicado por uma facção talibã, a Jammat-ul-Ahrar (JuA), e depois pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
A província do Baluchistão é uma zona-chave para as ambições regionais da China, que quer completar um corredor que lhe permita acesso ao Mar da Arábia.
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