Ruanda investiga papel de 20 funcionários franceses em genocídio
Kigali, 29 Nov 2016 (AFP) - Ruanda abriu nesta terça-feira uma investigação judicial sobre o possível envolvimento de 20 funcionários franceses no genocídio de 1994 no país que deixou 800.000 mortos, anunciou o procurador-geral.
"A investigação por enquanto está centrada em 20 indivíduos que, segundo informações coletadas, deverão responder à procuradoria para explicar o esclarecer as acusações contra ele", indicou em um comunicado o procurador-geral, Richard Muhumuza.
A mesma permitirá aos promotores dirimir "se os indivíduos envolvidos deveriam ser acusados formalmente ou não".
Muhumuza disse que tinha contatado as autoridades francesas e que esperavam que a cooperação fosse plena.
O caso poderia piorar ainda mais as já tensas relações diplomáticas que os dois países mantêm e que já atravessaram vários episódios polêmicos nos últimos 22 anos a partir do suposto papel da França no genocídio da etnia tutsi pelas mãos dos extremistas hutus.
A disputa se concentra no papel da França antes do genocídio, como um aliado do regime nacionalista hutu de Juvenal Habyarimana. Em 6 de abril de 1994, o avião de Habyarimana foi derrubado sobre Kigali, o que desencadeou cem dias de um massacre meticulosamente planejado.
A França é acusada de não ter percebido ou de ter ignorado os sinais de alerta e de ter treinado os soldados e as milícias que executaram os assassinatos. Quando o genocídio ocorreu, a França foi acusada de usar suas influências diplomáticas para frear qualquer ação efetiva.
Quando Paris finalmente enviou tropas, através da Operação Turquesa, foi acusada de fazê-lo unicamente para contrabalançar o avanço dos rebeldes tutsi de Kagame e permitir aos executores escapar para o vizinho Zaire, hoje República Democrática do Congo.
A França, no entanto, defende que sua mobilização serviu para acabar com o massacre e que salvou milhares de vidas. Insiste em que qualquer responsabilidade por não ter conseguido impedir o genocídio deve ser compartilhada com a comunidade internacional.
sa-fb/hmw/lmm/jz/mvv
"A investigação por enquanto está centrada em 20 indivíduos que, segundo informações coletadas, deverão responder à procuradoria para explicar o esclarecer as acusações contra ele", indicou em um comunicado o procurador-geral, Richard Muhumuza.
A mesma permitirá aos promotores dirimir "se os indivíduos envolvidos deveriam ser acusados formalmente ou não".
Muhumuza disse que tinha contatado as autoridades francesas e que esperavam que a cooperação fosse plena.
O caso poderia piorar ainda mais as já tensas relações diplomáticas que os dois países mantêm e que já atravessaram vários episódios polêmicos nos últimos 22 anos a partir do suposto papel da França no genocídio da etnia tutsi pelas mãos dos extremistas hutus.
A disputa se concentra no papel da França antes do genocídio, como um aliado do regime nacionalista hutu de Juvenal Habyarimana. Em 6 de abril de 1994, o avião de Habyarimana foi derrubado sobre Kigali, o que desencadeou cem dias de um massacre meticulosamente planejado.
A França é acusada de não ter percebido ou de ter ignorado os sinais de alerta e de ter treinado os soldados e as milícias que executaram os assassinatos. Quando o genocídio ocorreu, a França foi acusada de usar suas influências diplomáticas para frear qualquer ação efetiva.
Quando Paris finalmente enviou tropas, através da Operação Turquesa, foi acusada de fazê-lo unicamente para contrabalançar o avanço dos rebeldes tutsi de Kagame e permitir aos executores escapar para o vizinho Zaire, hoje República Democrática do Congo.
A França, no entanto, defende que sua mobilização serviu para acabar com o massacre e que salvou milhares de vidas. Insiste em que qualquer responsabilidade por não ter conseguido impedir o genocídio deve ser compartilhada com a comunidade internacional.
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