Rebeldes sírios em Aleppo pedem cessar-fogo
Os rebeldes sírios da cidade de Aleppo pediram um cessar-fogo imediato de cinco dias e a evacuação dos civis dos bairros do leste para outra região em mãos dos insurgentes, segundo um comunicado de vários grupos rebeldes.
A declaração, feita após a reconquista de 75% dos bairros rebeldes do leste de Aleppo pelas tropas governamentais, pede também negociações sobre o "futuro da cidade", uma vez que seja superada a crise humanitária.
As forças do governo sírio assumiram o controle de toda a área antiga de Aleppo, após a retirada dos rebeldes, informou nesta quarta-feira (7) a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os combatentes rebeldes se retiraram das partes da área antiga que ainda controlavam depois que as tropas do regime de Bashar al-Assad reconquistaram os bairros vizinhos de Bab al-Hadid e Aqyul.
"Recuaram pelo temor de um cerco na área antiga", segundo a ONG.
O exército sírio e seus aliados avançam rapidamente na parte leste de Aleppo e já controlam mais de 75% da área, três semanas depois do início de uma vasta ofensiva para reconquistar toda a cidade.
O regime controla no momento toda a parte ao leste da cidadela histórica.
Durante a noite, o exército realizou intensos bombardeios em áreas ainda controladas pelos rebeldes, como o bairro de Al-Zabdiya, segundo o OSDH.
Ao menos 15 pessoas, incluindo uma criança, morreram na terça-feira (6) na zona leste de Aleppo.
Três crianças também estavam entre as 11 pessoas mortas em ataques dos rebeldes nos bairros da zona oeste de Aleppo, controlados pelo governo.
O OSDH informou que ao menos 80.000 pessoas fugiram do leste de Aleppo desde o início, em 15 de novembro, da ofensiva do regime sírio para reconquistar esta área controlada pelos rebeldes.
Os deslocados buscaram refúgio nos bairros controlados pelo governo na zona oeste da cidade e em áreas controladas pelas forças curdas, explicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
O número não inclui as pessoas que seguiram para bairros ainda sob controle dos rebeldes.
Rahmane afirmou que 250.000 pessoas moravam na zona leste de Aleppo antes do início da ofensiva do governo.
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