EI divulga vídeo que mostra dois soldados turcos queimados vivos
Beirute, 23 dez 2016 (AFP) - O grupo extremista Estado Islâmico (EI) divulgou um vídeo que mostra dois supostos soldados turcos queimados vivos, imagens sobre as quais a Turquia mantém silêncio.
A divulgação do vídeo em sites jihadistas acontece em plena batalha entre as tropas turcas e os extremistas no norte da Síria, com muitas baixas nos dois lados. Além disso, 88 civis morreram desde quinta-feira nos bombardeios da aviação turca, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
No vídeo de 19 minutos, gravado na "Província de Aleppo" do EI, no norte da Síria, as imagens mostram os dois homens que afirmam ser soldados turcos, sequestrados pelos extremistas, algemados e queimados vivos.
Desde a divulgação das imagens, muitos internautas turcos têm dificuldades para acessar as redes sociais, sobretudo Twitter, YouTube e Facebook, de acordo com a Turkey Blocks, página especializada em monitorar a censura na internet.
Apesar das dificuldades, os turcos não deixaram de comentar a questão no Twitter. "É um pesadelo", escreveu um, enquanto outro afirma estar "a ponto de perder a cabeça neste país".
A Turquia está traumatizada por vários atentados nos últimos meses (muitos deles atribuídos ao EI), uma tentativa de golpe de Estado e, esta semana, o assassinato do embaixador russo em Ancara.
As autoridades turcas ainda não reagiram, mas o presidente Recep Tayyip Erdogan e o primeiro-ministro devem falar dentro de algumas horas em Izmir, oeste do país.
Mesta sexta-feira, a polícia turca anunciou a detenção de 31 pessoas em Istambul e procurava outras 10, de acordo com a agência pró-governo Anadolu.
A agência não informou se a operação tem relação com o vídeo.
- Macabro -No vídeo, o carrasco, que fala sobretudo em turco, critica o presidente Erdogan, a quem reprova por ter aberto a base aérea de Incirlik (sul) à coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, e pede "que a destruição seja semeada" na Turquia.
As imagens recordam às divulgadas no ano passado pelo EI, quando um piloto jordaniano foi queimado vivo.
Antes da execução, os dois homens se apresentam, em turco, como Fethi Sahin, nascido em Konya (centro da Turquia), e Sefter Tas, de 21 anos, que serviu em Kilis (sudeste).
Segundo a imprensa turca, um militar chamado Sefter Tas foi sequestrado pelo EI no dia 1º de setembro de 2015. Ancara não confirmou a informação.
No mês passado, o Exército turco perdeu o contato com dois soldados na Síria. A agência de notícias ligada ao EI, a Amaq, já havia anunciado o sequestro de ambos os militares.
A publicação do vídeo ocorreu um dia após a morte de 16 soldados turcos em combates nos arredores de Al Bab, bastião do EI no norte da Síria, onde as tropas de Ancara apoiam os rebeldes sírios.
"É verdade, temos que enterrar nossos mártires", admitiu o presidente turco, confirmando entre 14 e 16 mortos. "Mas estamos determinados a manter viva sua memória, a defender seu legado e prosseguir com esta luta".
De acordo com o OSDH, ao menos 88 civis, entre eles 21 crianças, morreram em 24 horas em bombardeios aéreos turcos em Al-Bab.
Ao menos 35 soldados turcos morreram na Síria desde o lançamento, em 24 de agosto, da operação turca "Escudo de Eufrates".
A divulgação do vídeo em sites jihadistas acontece em plena batalha entre as tropas turcas e os extremistas no norte da Síria, com muitas baixas nos dois lados. Além disso, 88 civis morreram desde quinta-feira nos bombardeios da aviação turca, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
No vídeo de 19 minutos, gravado na "Província de Aleppo" do EI, no norte da Síria, as imagens mostram os dois homens que afirmam ser soldados turcos, sequestrados pelos extremistas, algemados e queimados vivos.
Desde a divulgação das imagens, muitos internautas turcos têm dificuldades para acessar as redes sociais, sobretudo Twitter, YouTube e Facebook, de acordo com a Turkey Blocks, página especializada em monitorar a censura na internet.
Apesar das dificuldades, os turcos não deixaram de comentar a questão no Twitter. "É um pesadelo", escreveu um, enquanto outro afirma estar "a ponto de perder a cabeça neste país".
A Turquia está traumatizada por vários atentados nos últimos meses (muitos deles atribuídos ao EI), uma tentativa de golpe de Estado e, esta semana, o assassinato do embaixador russo em Ancara.
As autoridades turcas ainda não reagiram, mas o presidente Recep Tayyip Erdogan e o primeiro-ministro devem falar dentro de algumas horas em Izmir, oeste do país.
Mesta sexta-feira, a polícia turca anunciou a detenção de 31 pessoas em Istambul e procurava outras 10, de acordo com a agência pró-governo Anadolu.
A agência não informou se a operação tem relação com o vídeo.
- Macabro -No vídeo, o carrasco, que fala sobretudo em turco, critica o presidente Erdogan, a quem reprova por ter aberto a base aérea de Incirlik (sul) à coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, e pede "que a destruição seja semeada" na Turquia.
As imagens recordam às divulgadas no ano passado pelo EI, quando um piloto jordaniano foi queimado vivo.
Antes da execução, os dois homens se apresentam, em turco, como Fethi Sahin, nascido em Konya (centro da Turquia), e Sefter Tas, de 21 anos, que serviu em Kilis (sudeste).
Segundo a imprensa turca, um militar chamado Sefter Tas foi sequestrado pelo EI no dia 1º de setembro de 2015. Ancara não confirmou a informação.
No mês passado, o Exército turco perdeu o contato com dois soldados na Síria. A agência de notícias ligada ao EI, a Amaq, já havia anunciado o sequestro de ambos os militares.
A publicação do vídeo ocorreu um dia após a morte de 16 soldados turcos em combates nos arredores de Al Bab, bastião do EI no norte da Síria, onde as tropas de Ancara apoiam os rebeldes sírios.
"É verdade, temos que enterrar nossos mártires", admitiu o presidente turco, confirmando entre 14 e 16 mortos. "Mas estamos determinados a manter viva sua memória, a defender seu legado e prosseguir com esta luta".
De acordo com o OSDH, ao menos 88 civis, entre eles 21 crianças, morreram em 24 horas em bombardeios aéreos turcos em Al-Bab.
Ao menos 35 soldados turcos morreram na Síria desde o lançamento, em 24 de agosto, da operação turca "Escudo de Eufrates".
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