Morales prepara ofensiva para estender mandato presidencial na Bolívia
La Paz, 21 Fev 2017 (AFP) - Um ano depois de que um referendo fechou as portas para sua reeleição, o presidente da Bolívia, Evo Morales, busca outro caminho legal para estender seu mandato até 2025.
Morales afirma que a derrota no referendo de 21 de fevereiro do ano passado foi fruto de um escândalo midiático envolvendo a empresa chinesa CAMC e a sua ex-companheira, Gabriela Zapata, que alegava ter um filho com o governante, embora tenha sido determinado depois que o menor não existe.
O vice-presidente, Álvaro García, acredita que realizar o referendo em 2016 nessa circunstância "foi uma loucura política (...), um erro de cálculo", que atribuiu aos seus aliados sindicais.
Por isso, o partido do presidente, o Movimento Ao Socialismo (MAS), convocou para este 21 de fevereiro mobilizações em todo o país para lembrar o "Dia da Mentira" e lançar uma ofensiva a favor da candidatura de Morales.
Segundo García, o MAS identificou quatro vias - que preferiu manter na reserva - para impor seu critério. Segundo fontes do partido, este poderia propor um novo referendo.
O analista Carlos Cordero disse que o MAS poderia recorrer ao Tribunal Constitucional e consultar o mecanismo do "direito preferente", ou seja, se é possível privilegiar o direito de um cidadão a participar como candidato, acima da limitação constitucional.
Cordero, forte crítico do governo, acredita que o Tribunal poderia decidir que a Constituição "reconhece os direitos políticos e estes direitos são mais importantes que a proibição que está na Constituição, por tanto, Evo Morales pode se candidatar quantas vezes for necessário".
Mas, para consegui-lo, Morales deve reformar o Tribunal Constitucional - um assunto que deve ser avaliado pelo Congresso, onde o governante tem maioria. Neste caso específico, o MAS não seria obrigado a recorrer a um novo referendo nem a fazer modificações na Carta Magna.
Após ganhar três eleições presidenciais, este último ano foi difícil para Morales, já que enfrentou aliados históricos.
Segundo uma pesquisa publicada na primeira semana de fevereiro, 64% dos bolivianos são contrários a que o presidente se candidate pela quarta vez na eleição de 2019, e 33% são a favor.
Morales afirma que a derrota no referendo de 21 de fevereiro do ano passado foi fruto de um escândalo midiático envolvendo a empresa chinesa CAMC e a sua ex-companheira, Gabriela Zapata, que alegava ter um filho com o governante, embora tenha sido determinado depois que o menor não existe.
O vice-presidente, Álvaro García, acredita que realizar o referendo em 2016 nessa circunstância "foi uma loucura política (...), um erro de cálculo", que atribuiu aos seus aliados sindicais.
Por isso, o partido do presidente, o Movimento Ao Socialismo (MAS), convocou para este 21 de fevereiro mobilizações em todo o país para lembrar o "Dia da Mentira" e lançar uma ofensiva a favor da candidatura de Morales.
Segundo García, o MAS identificou quatro vias - que preferiu manter na reserva - para impor seu critério. Segundo fontes do partido, este poderia propor um novo referendo.
O analista Carlos Cordero disse que o MAS poderia recorrer ao Tribunal Constitucional e consultar o mecanismo do "direito preferente", ou seja, se é possível privilegiar o direito de um cidadão a participar como candidato, acima da limitação constitucional.
Cordero, forte crítico do governo, acredita que o Tribunal poderia decidir que a Constituição "reconhece os direitos políticos e estes direitos são mais importantes que a proibição que está na Constituição, por tanto, Evo Morales pode se candidatar quantas vezes for necessário".
Mas, para consegui-lo, Morales deve reformar o Tribunal Constitucional - um assunto que deve ser avaliado pelo Congresso, onde o governante tem maioria. Neste caso específico, o MAS não seria obrigado a recorrer a um novo referendo nem a fazer modificações na Carta Magna.
Após ganhar três eleições presidenciais, este último ano foi difícil para Morales, já que enfrentou aliados históricos.
Segundo uma pesquisa publicada na primeira semana de fevereiro, 64% dos bolivianos são contrários a que o presidente se candidate pela quarta vez na eleição de 2019, e 33% são a favor.
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