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Veja a cronologia do ataque químico na Síria ao bombardeio dos EUA em base aérea

7.abr.2017 - Imagem fornecida pela Marinha norte-americana mostra lançamento de míssil a partir destroyer americano em ataque a base aérea síria - Ford Williams/Marinha dos EUA/AP - Ford Williams/Marinha dos EUA/AP
Imagem fornecida pela Marinha norte-americana mostra lançamento de míssil a partir destroyer americano em ataque a base aérea síria
Imagem: Ford Williams/Marinha dos EUA/AP

Em Beirute

07/04/2017 09h33

A seguir, a cronologia dos acontecimentos desde o suposto ataque químico atribuído ao Exército sírio até a resposta dos Estados Unidos, que lançaram sua primeira operação militar contra o regime sírio nesta sexta-feira (7).

Ataque químico

Suposto ataque químico do regime sírio em 4 de abril foi usado como justificativa para o bombardeio dos EUA contra a base aérea nesta sexta-feira - Qasioun News Agency via AP - Qasioun News Agency via AP
Suposto ataque químico do regime sírio em 4 de abril foi usado como justificativa para o bombardeio dos EUA contra a base aérea nesta sexta-feira
Imagem: Qasioun News Agency via AP

Em 4 de abril, um bombardeio aéreo contra a cidade rebelde de Khan Sheikhun (província de Idleb, norte) causa 86 mortos, entre elas 30 crianças, e mais 160 feridos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). De acordo com o OSDH, foi o "ataque químico" mais mortífero desde o realizado nos arredores de Damasco em 2013, que causou mais de 1.400 mortos.

Ataque químico mata civis na Síria

AFP

Disputa de versões

A oposição síria e o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, acusaram o regime de Bashar al-Assad de ter usado "obuses contendo gás químico", o que Damasco negou. O Exército sírio nega "categoricamente ter usado qualquer substância química ou tóxica".

Em 5 abril, a Rússia sai em defesa do regime de Damasco. O ministério da Defesa diz que a aviação síria bombardeou "perto de Khan Sheikhoun um grande depósito terrorista", que abrigava "uma oficina de fabricação de bombas com substâncias tóxicas".

- A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que certas vítimas do suposto ataque químico apresentam sintomas que sugerem exposição a uma categoria de produtos químicos como "agentes neurotóxicos". A Médicos Sem Fronteiras (MSF) fala de "um agente neurotóxico do tipo gás sarin".

- "Todas as provas que vimos sugerem que foi o regime de Assad... usando armas ilegais contra seu próprio povo", afirma o chanceler britânico Boris Johnson.

Mapa da Síria - ataque Estados Unidos EUA x ataque químico 615x300 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

EUA ameaçam Síria; Rússia defende

O presidente americano Donald Trump, ainda no dia 5, ameaça uma ação concreta. "Estes atos odiosos do regime Assad não podem ser tolerados", afirma o magnata, que admite que sua "atitude ante a Síria e Assad mudou claramente".

Em 6 de abril, a Rússia diz que Washington carece de informação "objetiva, confiável e realista". Vladimir Putin considera "inaceitável" acusar o regime sírio sem provas.

O chanceler sírio Walid Muallem afirma que o Exército sírio "não usou e jamais usará" armas químicas contra seu próprio povo, "nem contra os rebeldes e os jihadistas".

- As necropsias realizadas na Turquia de três vítimas do ataque confirmam a utilização de armas químicas pelo regime, segundo o ministro turco da Justiça.

- O ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, afirma ter 100% de certeza de que o presidente sírio ordenou diretamente o ataque.

- O secretário de Estado americano Rex Tillerson anuncia que Washington "avalia uma resposta apropriada".

O contra-ataque

Na madrugada de sexta-feira (7), os Estados Unidos lançam 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra uma base aérea do centro da Síria, a partir de dois navios americanos posicionados no Mediterrâneo. Trump apela às "nações civilizadas" que trabalhem para acabar com banho de sangue.

A Rússia condena a operação, classificando-a de "agressão contra um Estado soberano", e suspende o acordo firmado com Washington para impedir incidentes entre aviões dos dois países durante operações da coalizão internacional na Síria. (Com agências internacionais)