Conselho de Segurança visita Haiti antes de saída dos Capacetes Azuis
Porto Príncipe, 22 Jun 2017 (AFP) - O Conselho de Segurança da ONU inicia nesta quinta-feira uma visita de 48 horas ao Haiti para avaliar a situação do país, três meses antes da saída dos Capacetes Azuis, enviados em 2004.
A delegação deverá se reunir com o presidente Jovenel Moise, assim como com representantes da sociedade civil, do setor privado haitiano e do corpo diplomático.
Esta visita está longe de agradar as vítimas da cólera, epidemia introduzida em 2010 pelos Capacetes Azuis do Nepal causando mais de 9.000 mortes.
"A cólera nos condenou, nos arruinou, além de continuar matando pessoas aqui", lamenta Nanouche François, que ficou doente em 2012.
"As Nações Unidas não fazem nada por nós, não nos dizem nada", afirma, irritada, junto a 200 manifestantes que se reuniram nesta quinta em Porto Príncipe diante da sede da Missão da ONU para a Estabilidade no Haiti (Minustah).
Em dezembro de 2016, o ex-secretário-geral Ban Ki-moon pediu desculpas aos haitianos, mas a ONU considera que, legalmente, não é responsável pela situação.
A ira dos manifestantes aumenta em um momento em que o fundo de ajuda da ONU às vítimas da cólera no Haiti se revela como um fiasco: desde dezembro de 2016 arrecadaram apenas 2,7 milhões de dólares dos 400 milhões necessários.
Embora o contexto social continue sendo difícil, a segurança melhorou e o Conselho votou em abril uma decisão que renova por mais seis meses, pela última vez, o mandato da Minustah.
Quando os soldados estrangeiros se forem, a ONU enviará uma nova missão de manutenção da paz chamada de Missão das Nações Unidas para o Apoio da Justiça no Haiti (Minujusth).
Esta nova força ficará encarregada de formar, ao longo de dois anos, os agentes da polícia nacional haitiana, e contará com 1.275 policiais internacionais.
A Minustah teve início em 2004, após a saída do presidente Jean Bertrand Aristide, para ajudar a conter a violência no país, mas nunca ganhou a confiança da população.
Além das consequências da epidemia de cólera, a Minustah segue marcada pelas acusações de crimes sexuais.
"É uma missão que cometeu muitos erros no Haiti: fico feliz que a Minustah vá embora", estimou Pierre Espérance, diretor da Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos.
A delegação deverá se reunir com o presidente Jovenel Moise, assim como com representantes da sociedade civil, do setor privado haitiano e do corpo diplomático.
Esta visita está longe de agradar as vítimas da cólera, epidemia introduzida em 2010 pelos Capacetes Azuis do Nepal causando mais de 9.000 mortes.
"A cólera nos condenou, nos arruinou, além de continuar matando pessoas aqui", lamenta Nanouche François, que ficou doente em 2012.
"As Nações Unidas não fazem nada por nós, não nos dizem nada", afirma, irritada, junto a 200 manifestantes que se reuniram nesta quinta em Porto Príncipe diante da sede da Missão da ONU para a Estabilidade no Haiti (Minustah).
Em dezembro de 2016, o ex-secretário-geral Ban Ki-moon pediu desculpas aos haitianos, mas a ONU considera que, legalmente, não é responsável pela situação.
A ira dos manifestantes aumenta em um momento em que o fundo de ajuda da ONU às vítimas da cólera no Haiti se revela como um fiasco: desde dezembro de 2016 arrecadaram apenas 2,7 milhões de dólares dos 400 milhões necessários.
Embora o contexto social continue sendo difícil, a segurança melhorou e o Conselho votou em abril uma decisão que renova por mais seis meses, pela última vez, o mandato da Minustah.
Quando os soldados estrangeiros se forem, a ONU enviará uma nova missão de manutenção da paz chamada de Missão das Nações Unidas para o Apoio da Justiça no Haiti (Minujusth).
Esta nova força ficará encarregada de formar, ao longo de dois anos, os agentes da polícia nacional haitiana, e contará com 1.275 policiais internacionais.
A Minustah teve início em 2004, após a saída do presidente Jean Bertrand Aristide, para ajudar a conter a violência no país, mas nunca ganhou a confiança da população.
Além das consequências da epidemia de cólera, a Minustah segue marcada pelas acusações de crimes sexuais.
"É uma missão que cometeu muitos erros no Haiti: fico feliz que a Minustah vá embora", estimou Pierre Espérance, diretor da Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos.
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