EUA tentam reforçar sanções à Coreia do Norte por míssil intercontinental
Nações Unidas, Estados Unidos, 5 Jul 2017 (AFP) - Os Estados Unidos tentaram convencer nesta quarta-feira o Conselho de Segurança da ONU de reforçar as sanções contra a Coreia do Norte, após o teste de um míssil balístico intercontinental que o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, afirmou ser um presente para os "bastardos americanos".
O Conselho de Segurança fez uma reunião de emergência a pedido de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, depois de Pyongyang lançar um míssil balístico intercontinental (ICBM na sigla em inglês) que, segundo especialistas, é capaz de atingir o Alasca.
"O laçamento da Coreia do Norte de um ICBM (míssil balístico intercontinental, na sigla em inglês) é uma clara e forte escalada militar", disse Nikki Haley, durante a reunião.
"Nos próximos dias apresentaremos ao Conselho de Segurança uma resolução que aumenta a resposta internacional de forma proporcional à nova escalada da Coreia do Norte", declarou.
Haley afirmou ter conversado com o presidente americano, Donald Trump, sobre o uso de restrições comerciais aos países que mantêm relações com a Coreia do Norte.
Afirmou também que os Estados Unidos querem evitar o confronto militar, concentrando-se, portanto, em um endurecimento das sanções. O país considera que o papel da China será determinante.
"Grande parte da carga da aplicação das sanções da ONU corresponde à China. Cerca de 90% do comércio com a Coreia do Norte é da China", explicou.
"Vamos trabalhar com a China, vamos trabalhar com qualquer país que acredite na paz", acrescentou.
- China jogando contra -Nos primeiros meses de seu mandato, Trump tentou convencer a China a controlar as explosões nucleares de seu aliado norte-coreano. Mas com o tempo, se deu conta de que Pequim não trabalharia nesse sentido.
Em um último sinal de sua crescente insatisfação com o gigante asiático, Trump afirmou nessa quarta-feira no Twitter que a China está minando os esforços dos Estados Unidos e que aumentou seu comércio com Pyongyang.
O novo contexto traz um duro desafio de política externa para o magnata republicano.
Os Estados Unidos conseguiram fazer que a França se somasse à sua ideia de reforço às sanções contra a Coreia do Norte, mas a Rússia e a China manifestaram oposição.
Durante uma visita a Moscou, o presidente chinês, Xi Jinping, disse na terça-feira que os dois países são favoráveis a uma "dupla moratória": Pyongyang se comprometeria a interromper seus testes nucleares e Washington a renunciar a novas manobras militares conjuntas com a Coreia do Sul.
"Todos devemos reconhecer que as sanções não resolverão problema", disse o embaixador russo Vladimir Safronkov na reunião, acrescentando que uma solução militar é "inadmissível".
O embaixador chinês na ONU, Liu Jieyi, disse nesta quarta-feira que a resposta militar à crise "não deve ser uma opção".
- "Linha Vermelha" -No começo de seu mandato, Trump acreditava que a Coreia do Norte não conseguiria lançar um ICBM com êxito.
No entanto, especialistas independentes americanos estimaram na terça-feira que Pyongyang pode estar em condições de atingir o Alasca ou até mesmo o território continental dos Estados Unidos.
O Conselho de Segurança adotou no ano passado duas resoluções para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte e impedir que seu líder Kim Jong-Un tivesse acesso ao dinheiro necessário para financiar seus programas militares.
Essas resoluções apontam diretamente para as exportações de carvão norte-coreano, fonte importante de receitas para o regime.
No total, a ONU impôs seis pacotes de sanções contra a Coreia do Norte desde seu primeiro teste atômico em 2006.
O novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, classificou a ação do vizinho de "grave provocação" e se mostrou partidário de "reagir com algo a mais que uma mera declaração".
Moon, que defende uma política de sanções para a Coreia do Norte combinada com esforços para que volte às negociações, advertiu a Pyongyang que há uma "linha vermelha" que não pode ser ultrapassada.
Pyongyang, que já realizou cinco testes nucelares e tem um pequeno arsenal de bombas atômicas, diz que seu novo míssil pode transportar "uma grande ogiva nuclear".
Em resposta ao míssil balístico intercontinental testado na véspera por Pyongyang, Washington e Coreia do Sul dispararam nesta quarta-feira mísseis que simularam um ataque cirúrgico contra o governo norte-coreano.
A agência sul-coreana Yonhap falou em "mensagem de advertência", enquanto o Estado-maior das Forças Armadas de Seul explicou que o exercício "demonstrou a capacidade de golpear com precisão o quartel-general do inimigo em caso de urgência".
"A retenção, que é uma escolha, é o que separa o armistício da guerra", disse Vincent Brooks, comandante das Forças americanas na Coreia do Sul, que somam cerca de 28.000 soldados.
cml-are/kal/dg/cc/lr
O Conselho de Segurança fez uma reunião de emergência a pedido de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, depois de Pyongyang lançar um míssil balístico intercontinental (ICBM na sigla em inglês) que, segundo especialistas, é capaz de atingir o Alasca.
"O laçamento da Coreia do Norte de um ICBM (míssil balístico intercontinental, na sigla em inglês) é uma clara e forte escalada militar", disse Nikki Haley, durante a reunião.
"Nos próximos dias apresentaremos ao Conselho de Segurança uma resolução que aumenta a resposta internacional de forma proporcional à nova escalada da Coreia do Norte", declarou.
Haley afirmou ter conversado com o presidente americano, Donald Trump, sobre o uso de restrições comerciais aos países que mantêm relações com a Coreia do Norte.
Afirmou também que os Estados Unidos querem evitar o confronto militar, concentrando-se, portanto, em um endurecimento das sanções. O país considera que o papel da China será determinante.
"Grande parte da carga da aplicação das sanções da ONU corresponde à China. Cerca de 90% do comércio com a Coreia do Norte é da China", explicou.
"Vamos trabalhar com a China, vamos trabalhar com qualquer país que acredite na paz", acrescentou.
- China jogando contra -Nos primeiros meses de seu mandato, Trump tentou convencer a China a controlar as explosões nucleares de seu aliado norte-coreano. Mas com o tempo, se deu conta de que Pequim não trabalharia nesse sentido.
Em um último sinal de sua crescente insatisfação com o gigante asiático, Trump afirmou nessa quarta-feira no Twitter que a China está minando os esforços dos Estados Unidos e que aumentou seu comércio com Pyongyang.
O novo contexto traz um duro desafio de política externa para o magnata republicano.
Os Estados Unidos conseguiram fazer que a França se somasse à sua ideia de reforço às sanções contra a Coreia do Norte, mas a Rússia e a China manifestaram oposição.
Durante uma visita a Moscou, o presidente chinês, Xi Jinping, disse na terça-feira que os dois países são favoráveis a uma "dupla moratória": Pyongyang se comprometeria a interromper seus testes nucleares e Washington a renunciar a novas manobras militares conjuntas com a Coreia do Sul.
"Todos devemos reconhecer que as sanções não resolverão problema", disse o embaixador russo Vladimir Safronkov na reunião, acrescentando que uma solução militar é "inadmissível".
O embaixador chinês na ONU, Liu Jieyi, disse nesta quarta-feira que a resposta militar à crise "não deve ser uma opção".
- "Linha Vermelha" -No começo de seu mandato, Trump acreditava que a Coreia do Norte não conseguiria lançar um ICBM com êxito.
No entanto, especialistas independentes americanos estimaram na terça-feira que Pyongyang pode estar em condições de atingir o Alasca ou até mesmo o território continental dos Estados Unidos.
O Conselho de Segurança adotou no ano passado duas resoluções para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte e impedir que seu líder Kim Jong-Un tivesse acesso ao dinheiro necessário para financiar seus programas militares.
Essas resoluções apontam diretamente para as exportações de carvão norte-coreano, fonte importante de receitas para o regime.
No total, a ONU impôs seis pacotes de sanções contra a Coreia do Norte desde seu primeiro teste atômico em 2006.
O novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, classificou a ação do vizinho de "grave provocação" e se mostrou partidário de "reagir com algo a mais que uma mera declaração".
Moon, que defende uma política de sanções para a Coreia do Norte combinada com esforços para que volte às negociações, advertiu a Pyongyang que há uma "linha vermelha" que não pode ser ultrapassada.
Pyongyang, que já realizou cinco testes nucelares e tem um pequeno arsenal de bombas atômicas, diz que seu novo míssil pode transportar "uma grande ogiva nuclear".
Em resposta ao míssil balístico intercontinental testado na véspera por Pyongyang, Washington e Coreia do Sul dispararam nesta quarta-feira mísseis que simularam um ataque cirúrgico contra o governo norte-coreano.
A agência sul-coreana Yonhap falou em "mensagem de advertência", enquanto o Estado-maior das Forças Armadas de Seul explicou que o exercício "demonstrou a capacidade de golpear com precisão o quartel-general do inimigo em caso de urgência".
"A retenção, que é uma escolha, é o que separa o armistício da guerra", disse Vincent Brooks, comandante das Forças americanas na Coreia do Sul, que somam cerca de 28.000 soldados.
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