Flórida executa condenado com droga nunca antes aplicada
Miami, 24 Ago 2017 (AFP) - A Flórida executou nesta quinta-feira seu primeiro preso em quase dois anos, usando uma injeção letal com uma droga que nunca foi empregada nos Estados Unidos.
"A sentença do estado da Flórida contra o réu Mark Asay foi aplicada às 18H22 (20H22 Brasília)", informou o departamento Correcional do Estado.
Sua última refeição foi às 09H30 da manhã, quando "pediu costeletas de porco, presunto frito, batatas fritas, sorvete de baunilha e uma lata de Coca Cola", disse à AFP um oficial do departamento, acrescentando que não houve "última mensagem".
Mark Asay, 53 anos, foi sentenciado à morte em 1988 por um duplo assassinato com motivação racial em Jacksonville, na Flórida, um ano antes.
No início deste mês, o Supremo Tribunal da Flórida negou a suspensão da execução de Asay. O homem questionou a intenção do estado de usar uma injeção letal que incluiu o etomidato, sedativo nunca antes usado em uma execução nos Estados Unidos.
Ele substituiu outra droga, o midazolam, que tem sido tema de uma importante disputa legal.
A juíza Barbara Pariente disse que o estado tratou Asay "como uma cobaia de seu mais novo protocolo de injeção letal".
Uma porta-voz do Departamento Correcional da Flórida, Ashley Cook, declarou à AFP que o órgão "segue a lei e executa a sentença do tribunal".
"Este é o dever mais solene do Departamento e o objetivo do procedimento de injeção letal é realizar um processo humano e digno", acrescentou.
- Dificuldade de administrar -Janssen, divisão farmacêutica da empresa Johnson & Johnson, desenvolveu o etomidato e se opôs ao seu uso em coquetéis de injeções letais.
"A Janssen descobre e desenvolve inovações em medicamentos para salvar e melhorar vidas", disse o porta-voz Greg Panico ao Washington Post.
"Não aprovamos o uso de nossos medicamentos em injeções letais para a aplicação da pena capital", acrescentou.
O etomidato é difícil de administrar e pode causar irritações e queimaduras severas caso seja usado de maneira incorreta, alertou Jonathan Groner, professor de cirurgia na Ohio State University, que é contra a pena de morte.
Também observou que administrar a droga "pode causar dor ao ser injetada se as veias estiverem danificadas, e muitas pessoas no corredor da morte têm veias danificadas porque são idosas ou têm um histórico de abuso de drogas".
Asay é o primeiro homem executado por matar um negro na Flórida desde que a pena de morte foi restabelecida no Estado, em 1976, segundo o Centro de Informações sobre Pena de Morte.
Mark Asay atirou em Robert Lee Booker, um afro-americano, após fazer comentários racistas, segundo os promotores.
Ele matou a outra vítima, Robert McDowell, que foi identificado como hispânico e aparentemente estava vestido como uma mulher, depois de fazer um acordo para remunerá-lo em troca de sexo.
"A sentença do estado da Flórida contra o réu Mark Asay foi aplicada às 18H22 (20H22 Brasília)", informou o departamento Correcional do Estado.
Sua última refeição foi às 09H30 da manhã, quando "pediu costeletas de porco, presunto frito, batatas fritas, sorvete de baunilha e uma lata de Coca Cola", disse à AFP um oficial do departamento, acrescentando que não houve "última mensagem".
Mark Asay, 53 anos, foi sentenciado à morte em 1988 por um duplo assassinato com motivação racial em Jacksonville, na Flórida, um ano antes.
No início deste mês, o Supremo Tribunal da Flórida negou a suspensão da execução de Asay. O homem questionou a intenção do estado de usar uma injeção letal que incluiu o etomidato, sedativo nunca antes usado em uma execução nos Estados Unidos.
Ele substituiu outra droga, o midazolam, que tem sido tema de uma importante disputa legal.
A juíza Barbara Pariente disse que o estado tratou Asay "como uma cobaia de seu mais novo protocolo de injeção letal".
Uma porta-voz do Departamento Correcional da Flórida, Ashley Cook, declarou à AFP que o órgão "segue a lei e executa a sentença do tribunal".
"Este é o dever mais solene do Departamento e o objetivo do procedimento de injeção letal é realizar um processo humano e digno", acrescentou.
- Dificuldade de administrar -Janssen, divisão farmacêutica da empresa Johnson & Johnson, desenvolveu o etomidato e se opôs ao seu uso em coquetéis de injeções letais.
"A Janssen descobre e desenvolve inovações em medicamentos para salvar e melhorar vidas", disse o porta-voz Greg Panico ao Washington Post.
"Não aprovamos o uso de nossos medicamentos em injeções letais para a aplicação da pena capital", acrescentou.
O etomidato é difícil de administrar e pode causar irritações e queimaduras severas caso seja usado de maneira incorreta, alertou Jonathan Groner, professor de cirurgia na Ohio State University, que é contra a pena de morte.
Também observou que administrar a droga "pode causar dor ao ser injetada se as veias estiverem danificadas, e muitas pessoas no corredor da morte têm veias danificadas porque são idosas ou têm um histórico de abuso de drogas".
Asay é o primeiro homem executado por matar um negro na Flórida desde que a pena de morte foi restabelecida no Estado, em 1976, segundo o Centro de Informações sobre Pena de Morte.
Mark Asay atirou em Robert Lee Booker, um afro-americano, após fazer comentários racistas, segundo os promotores.
Ele matou a outra vítima, Robert McDowell, que foi identificado como hispânico e aparentemente estava vestido como uma mulher, depois de fazer um acordo para remunerá-lo em troca de sexo.
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