Genro de Trump se reúne com israelenses e palestinos
Jerusalém, 24 Ago 2017 (AFP) - Representantes americanos liderados pelo genro do presidente Donald Trump se reuniram novamente nesta quinta-feira com autoridades israelenses e palestinas, sem a existência do menor indício de que é possível resgatar o moribundo processo de paz.
Trump "está determinado a alcançar uma solução que contribua para a paz a todos nesta zona", declarou Jared Kushner, conselheiro de alto escalão do presidente americano, no início de suas reuniões com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv, segundo um vídeo divulgado pela embaixada americana.
Além desta declaração de intenções, Kushner e sua delegação não afirmaram nada sobre o "último" acordo prometido pelo presidente americano.
Tanto Kushner como os outros emissários continuam procurando uma maneira de reativar os diálogos israelense-palestinos suspensos desde 2014. O empenho se anuncia muito complicado.
Embora leve tempo e haja "altos e baixos", trabalhar por um acordo continua sendo uma das "prioridades" de Trump, que permanece "otimista", indicou um responsável da Casa Branca que pediu anonimato.
Para isso, Trump enviou à região o próprio Kushner, Jason Greenblatt, representante especial para negociações internacionais, e Dina Powell, conselheira adjunta de Segurança Nacional.
- "Resposta clara" -Após ter se reunido com autoridades sauditas, árabes e catarianas, com o rei jordaniano Abdullah II e com o presidente egípcio Abdul Fatah Al-Sisi, a delegação americana será recebida por Netanyahu e depois pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Ao fim da reunião, o gabinete de Netanyahu qualificou a conversa de "construtiva e substancial", sem dar mais detalhes, afirmando que isto prosseguiria "nas próximas semanas" e agradecendo a Trump "o seu firme apoio a Israel".
O presidente Abbas elogiou os esforços de Trump e afirmou que "esta delegação [americana] trabalha pela paz [...]. Sabemos que é difícil e complicado, mas não impossível", segundo a agência de notícias palestina Wafa.
Os dirigentes palestinos, que a cada dia veem se distanciar a perspectiva de um Estado independente, escondem menos a sua frustração com a administração Trump.
Antes da visita, os palestinos pediram ao governo Trump um compromisso claro em favor da criação de um Estado palestino, e sua intervenção para deter a colonização israelense na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios palestinos ocupados.
Sem "uma resposta franca e clara" sobre esses temas, os palestinos não esperam "nada de especial deste governo", disse à AFP Ahmed Majdalani, próximo a Abbas.
Washington evitou até agora apoiar a solução de dois Estados, ou seja, a criação de um Estado palestino junto a Israel. Trump inclusive se distanciou deste princípio, assumido pela comunidade internacional.
Sobre a colonização, considerada pela comunidade internacional como ilegal e um obstáculo para a paz, Trump se limitou a pedir "moderação".
- Situação "insustentável" -A direção palestina, desanimada, poderia decidir dissolver a Autoridade, aparelho implementado com os Acordos de Oslo e que supostamente devia prefigurar um Estado independente, advertiu Majdalani.
Segundo os palestinos, em caso de dissolução da Autoridade, corresponderia a Israel, como uma força de ocupação, assumir os serviços dos palestinos, como educação e saúde.
Não é a primeira vez que os palestinos fazem tal ameaça, e os especialistas duvidam que Abbas seja capaz de modificar a posição de Trump.
Ao contrário, as tensões de julho na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém distanciaram ainda mais israelenses e palestinos.
Estes acontecimentos "refletem mais uma vez até que ponto a situação é insustentável" e o quanto é necessária uma solução de dois Estados, afirmou esta semana o subsecretário-geral de Assuntos Políticos da ONU, Miroslav Jenca.
lal-na/tp/me.
Trump "está determinado a alcançar uma solução que contribua para a paz a todos nesta zona", declarou Jared Kushner, conselheiro de alto escalão do presidente americano, no início de suas reuniões com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv, segundo um vídeo divulgado pela embaixada americana.
Além desta declaração de intenções, Kushner e sua delegação não afirmaram nada sobre o "último" acordo prometido pelo presidente americano.
Tanto Kushner como os outros emissários continuam procurando uma maneira de reativar os diálogos israelense-palestinos suspensos desde 2014. O empenho se anuncia muito complicado.
Embora leve tempo e haja "altos e baixos", trabalhar por um acordo continua sendo uma das "prioridades" de Trump, que permanece "otimista", indicou um responsável da Casa Branca que pediu anonimato.
Para isso, Trump enviou à região o próprio Kushner, Jason Greenblatt, representante especial para negociações internacionais, e Dina Powell, conselheira adjunta de Segurança Nacional.
- "Resposta clara" -Após ter se reunido com autoridades sauditas, árabes e catarianas, com o rei jordaniano Abdullah II e com o presidente egípcio Abdul Fatah Al-Sisi, a delegação americana será recebida por Netanyahu e depois pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Ao fim da reunião, o gabinete de Netanyahu qualificou a conversa de "construtiva e substancial", sem dar mais detalhes, afirmando que isto prosseguiria "nas próximas semanas" e agradecendo a Trump "o seu firme apoio a Israel".
O presidente Abbas elogiou os esforços de Trump e afirmou que "esta delegação [americana] trabalha pela paz [...]. Sabemos que é difícil e complicado, mas não impossível", segundo a agência de notícias palestina Wafa.
Os dirigentes palestinos, que a cada dia veem se distanciar a perspectiva de um Estado independente, escondem menos a sua frustração com a administração Trump.
Antes da visita, os palestinos pediram ao governo Trump um compromisso claro em favor da criação de um Estado palestino, e sua intervenção para deter a colonização israelense na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios palestinos ocupados.
Sem "uma resposta franca e clara" sobre esses temas, os palestinos não esperam "nada de especial deste governo", disse à AFP Ahmed Majdalani, próximo a Abbas.
Washington evitou até agora apoiar a solução de dois Estados, ou seja, a criação de um Estado palestino junto a Israel. Trump inclusive se distanciou deste princípio, assumido pela comunidade internacional.
Sobre a colonização, considerada pela comunidade internacional como ilegal e um obstáculo para a paz, Trump se limitou a pedir "moderação".
- Situação "insustentável" -A direção palestina, desanimada, poderia decidir dissolver a Autoridade, aparelho implementado com os Acordos de Oslo e que supostamente devia prefigurar um Estado independente, advertiu Majdalani.
Segundo os palestinos, em caso de dissolução da Autoridade, corresponderia a Israel, como uma força de ocupação, assumir os serviços dos palestinos, como educação e saúde.
Não é a primeira vez que os palestinos fazem tal ameaça, e os especialistas duvidam que Abbas seja capaz de modificar a posição de Trump.
Ao contrário, as tensões de julho na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém distanciaram ainda mais israelenses e palestinos.
Estes acontecimentos "refletem mais uma vez até que ponto a situação é insustentável" e o quanto é necessária uma solução de dois Estados, afirmou esta semana o subsecretário-geral de Assuntos Políticos da ONU, Miroslav Jenca.
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